domingo, 14 de fevereiro de 2010

Rap para Boris Casoy

Perguntas incômodas para a Folha

Reproduzo abaixo instigante artigo do professor Emir Sader, publicado na Agência Carta Maior com o sugestivo título “Questionário para os jornalistas da FSP (Força Serra Presidente)”:


1- Como se sentem ao trabalhar para um jornal que pregou o golpe de militar de 1964 e saudou sua realização?

2- Como se sentem trabalhando em um jornal que emprestou carros para que a Oban disfarçasse suas ações de seqüestro, tortura, desaparição e morte de opositores?

3- Consideram que Octavio Frias é o jornalista em melhores condições de dirigir o jornal e, por isso, desde que seu pai lhe entregou a direção do jornal, permanece no mesmo cargo? Ou está lá porque é uma empresa familiar e tem que ser dirigida pelos seus proprietários? Foram consultados para sua escolha e manutenção no cargo? Foram consultados sobre a composição do Conselho Editorial da publicação?

4- Consideram que houve ditabranda e não ditadura? Se discordou do editorial do jornal, teve possibilidade de manifestar sua opinião?

5- Se é uma empresa familiar, uma oligarquia familiar, consideram que o jornal tem moral para julgar que é democrático e quem não é?

6- Como se sentiu diante do artigo de um colunista da FSP com acusações sem nenhum fundamento ao Lula?

7- Como se sentiu quando a FSP publicou um artigo de um psicanalista na primeira página, dizendo, já no título, que o governo tinha assassinado mais de 100 pessoas no aeroporto de Congonhas? E depois nem se retratou, quando saiu o relatório final do acidente?

8- Sabe que a FSP teve um tempo glorioso, quando foi dirigida por Claudio Abramo – que hoje se enojaria com o que se tornou o jornal que ele dirigiu?

9- Consegue ler a página 2 – editoriais e artigos tucanos?

10- Não sente vergonha de trabalhar na FSP, por tudo isso e muito mais?