sábado, 12 de março de 2011

EUA aceleram intervenção na Líbia

Reproduzo matéria publicada hoje no sítio Vermelho:

Sob a liderança dos EUA, as potências capitalistas intensificam as pressões e manobras para intervir na Líbia contra o regime de Muammar Kadafi, que ainda ontem era considerado um aliado do “Ocidente”. O pretexto, alardeado pela mídia, é a defesa os direitos humanos e a democracia, mas a verdade é outra: o controle imperialista da região e das ricas minas de petróleo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira (11) que os Estados Unidos e seus aliados estão lentamente "apertando o laço" em torno do líder líbio Muammar Kadafi, e que uma zona de exclusão aérea continua sendo uma opção para pressioná-lo a deixar o poder.

Obama disse acreditar que as sanções internacionais, um embargo de armas e outras medidas impostas contra o governo de Kadafi estejam tendo impacto e reiterou que todas as outras opções permanecem sobre a mesa.

Liga Árabe

Por sua vez, a Liga Árabe pediu neste sábado que o Conselho de Segurança da ONU imponha uma zona de exclusão aérea na Líbia, segundo reportagem da televisão estatal egípcia, uma decisão que sinaliza um apoio da organização aos planos imperialistas esboçados por Obama. A zona de exclusão aérea é o primeiro passo de uma intervenção que tende a ser seguida pela ocupação imperialista do país.

A televisão estatal também disse que a Liga Árabe decidiu abrir canais de comunicação com um conselho rebelde da Líbia, em Benghazi. A Liga afirmou que o conselho representa o povo líbio, segundo o canal. Fontes oficiais da Liga disseram que a entidade já estava em contato com os rebeldes sobre a situação na Líbia.

Líbia vai resistir

A Líbia anunciou na sexta-feira (11) a suspensão das relações diplomáticas com a França, primeiro país ocidental a reconhecer oficialmente o conselho rebelde que luta para tirar Muammar Kadafi do poder. O governo líbio também avisou que vai resistir com todas as armas a uma eventual invasão imperialista e responderá à altura se a zona de exclusão aérea for estabelecida.

É muito pouco provável que os EUA obtenham o aval do Conselho de Segurança da ONU para a intervenção, onde Rússia e China que possuem direito a veto já anunciaram discordância com a proposta do império, mas isto não parece suficiente para deter Washington, que procura envolver a Otan numa nova e perigosa aventura militar no Oriente Médio.

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