terça-feira, 21 de junho de 2011

Nem amor nem revolução no SBT

Por Urariano Motta, no sítio Direto da Redação:


Eu havia prometido não escrever nada sobre a telenovela “Amor e Revolução” enquanto o poeta e ex-preso político Alípio Freire não me antecedesse. Isso porque ele foi um dos primeiros a perceber em que o folhetim do SBT ia dar. Mas não pude mais me conter, depois de ler isto na Folha de São Paulo:

O insensato coração de madame Cantanhêde

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Chega a ser difícil eleger o adjetivo mais adequado para a forma como a grande imprensa trata a blogosfera em detrimento das demais redes sociais. Pode-se discordar dos blogs, mas não há mais quem lhes subestime a importância. Sobretudo depois do último fim de semana…

Participe do tuitaço pela banda larga

Por Altamiro Borges

Hoje é dia de um grande tuitaço em defesa da internet de alta velocidade, barata e acessível a todos os brasileiros. A mobilização virtual é organizada pela campanha “Banda larga é um direito seu”, que reúne cerca de 60 entidades que lutam pela democratização da comunicação no país. O objetivo é que os internautas pressionem o governo com o mote “minha internet caiu... nas mãos das teles”.

Lula destaca o papel dos blogueiros

Do sítio Comunique-se:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do II Encontro de Blogueiros Progressistas, em Brasília, e criticou a atuação da mídia na América Latina, dizendo que o comportamento dela em relação a todos os países pelos quais ele viajou é “quase lamentável”.

Blogueiro é assassinado no RN

Por Rogério Tomaz Jr., no blog Conexão Brasília-Maranhão:

Durante o 2º Encontro Nacional de Blogueir@s Progressistas tomei conhecimento de um caso surreal de assassinato com possível motivação política.

Os trabalhadores na blogosfera

Por Maria Mello, no blog da Reforma Agrária:

A abordagem estigmatizada da mídia corporativa sobre as ações do movimento sindical, que crescem na medida em que o país se desenvolve economicamente, e do movimento social, com destaque negativo para as ações organizadas em torno da luta por reforma agrária, alerta a classe trabalhadora para a urgência do avanço na consolidação de formas de comunicação próprias, que encontram cada vez mais espaço e respaldo na blogosfera.

Sardenberg e as manhãs da mesmice

Por Marco Piva

À primeira vista, uma vastidão de informações e números que surpreendem. Apresentados de forma coloquial, animam o ouvinte a se aproximar de assunto tão árido. Mas, ali, no pentefino, um reprodutor de notícias feitas e mesmice de interpretação. Todos os dias, na CBN, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg destila suas opiniões com um único objetivo: atender aquela parcela do mercado que nasceu na frente de tudo e de todos e agora não tolera caminhar ao lado de tudo e de todos, malfadando a economia que distribui riqueza e gera novas oportunidades.

A opinião é livre, ora pois. A Constituição assim o garante. Mas, pensando bem, aqui encontramos a mesma opinião, todo santo dia. E aí a famosa dúvida filosófica aparece na forma de um biscoito. Inflação descontrolada é a bola da vez. Dia sim, dia sim, o tema aparece como um assustador leão que está prestes a invadir a nossa casa. E o domador do bicho nada faz porque dele nada entende; apenas é o seu dono.

Dito assim, parece que o pessoal da Fazenda acorda tarde, faz uma esteira e depois se manda para o cabeleireiro arrumar as madeixas. Lá no salão mesmo toma importantes decisões: onde almoçar, quem convidar e, de quebra, assina enfadonhos decretos, leis e por aí afora.

Enquanto isso, paladino da moral econômica de mercado, Sardenberg segue triunfante sua saga ideológica. Reza ao deus-mercado como quem cita trechos decorados da bíblia para os fiéis. Não estima ele a possibilidade de que, do outro lado da linha, estejam presentes mentes inquietas e curiosas por outras versões possíveis do mundo da economia. Mas, como disso saber se a principal voz da emissora nessa seara diz sem parar que as autoridades estão erradas, que não aprenderam como se dirige um país! Sardenberg para ministro da Fazenda é a conclusão.

Talvez o Brasil seja um pouco maior do que os raciocínios principistas da economia de livre mercado que o colunista defende ardorosamente e quem sabe com quais resultados pessoais. O fato é que, no fundo, no fundo, só queremos outras vozes, outras opiniões. Para isso, a luta escorre para outro campo: a democratização da comunicação.

* Marco Piva é jornalista e dirigente da Associação Brasileira de Empresários e Empreendedores da Comunicação (Altercom).