sexta-feira, 22 de julho de 2011

Por que a oposição não fala de economia?

Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS Urgente:

Subitamente, setores da sociedade brasileira querem que o povo saia às ruas. É preciso qualificar esses “setores da sociedade brasileira”. São aqueles que foram apeados do poder político no início dos anos 2000 e que tiveram sua agenda política e econômica dilacerada pela realidade. A globalização econômica cantada em prosa e verso nos anos 1990 revelou-se um fracasso retumbante. A globalização financeira, a única que houve, afundou em uma crise dramática que drenou bilhões de dólares da economia real, conta que, agora, está sendo paga por quem costuma pagar essas lambanças: o povo trabalhador que vive da renda de seu trabalho.

Auto-regulação da mídia não funciona

Por José Dirceu, em seu blog:

Há pelo menos cinco décadas a Grã Bretanha vive uma experiência de amor e ódio com seus tablóides, os principais infratores do código de conduta dos jornalistas. Suas reportagens de capa estampam detalhes indiscretos, quando não picantes, dos ricos e famosos. E, se por um lado, as tiragens da imprensa marrom superam os dois milhões de exemplares, de outro, o país tentou várias fórmulas para coibir os excessos dessa imprensa, renovando suas fórmulas institucionais para fazê-lo. Apesar das várias tentativas, o assunto mais uma vez vem à tona e suscita a discussão da regulação dos meios de comunicação e a concentração de poderes nas mãos de poucos e poderosos conglomerados do setor.

Mídia aposta em cisão entre Lula e Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A imprensa golpista e tucana trabalha a todo vapor para interromper a distribuição de renda e a inclusão social no Brasil. Nesse processo, dá a impressão de saber de alguma coisa que o resto do país não sabe e, assim, adotou estratégia clara para devolver o poder ao PSDB em 2014 e fragilizar o PT nas eleições municipais do ano que vem.

Governador do DEM massacra professores

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

A cena apareceu, épica. Uma mulher, já de certa idade, rosto vincado, roupas simples, acocorada num cando da Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Chorava. As lágrimas correndo soltas pela cara vermelha e inchada. Num átimo, a câmera captou seu olhar. Era de uma tristeza profunda, infinita, um desespero, uma desesperança, um vazio. Ali, na casa do povo, a professora compreendia que o que menos vale é a vontade das gentes.

Vitória de Humala desfaz planos dos EUA

Por Immanuel Wallerstein, no sítio Carta Maior:

Ollanta Humala foi eleito presidente do Peru em 5 de junho de 2011. O único verdadeiro derrotado nestas eleições foram os Estados Unidos, cuja embaixadora, Rose Likins, mal conseguiu disfarçar o fato de ter feito campanha pela adversária de Humala no segundo turno, Keiko Fujimori. Que estava em jogo nestas cruciais eleições latino-americanas?

América Latina para além dos dados

Por Roberta Traspadini, no jornal Brasil de Fato:

Segundo a Cepal, somos 594 milhões de latinoamericanos. Em nosso fértil território com profundas possibilidades de inclusão e de pertença, vivem 183 milhões de pobres e 74 milhões de indigentes, fruto do histórico modo de produção capitalista.

Na divisão por idade somos compostos por uma maioria jovem: 27,3% (até 14 anos); 33,6% (15 a 34 anos), 19% (35 a 49), 11,8% (50 a 64 anos), e 8,3% com 65 anos para cima.

O golpe de Estado está intacto em Honduras

Por Raúl Fitipaldi, no sítio da Adital:

Qualquer conversa sobre os direitos humanos em Honduras é um tema que não se fecha nunca. A ferida aberta pelo Golpe de Estado e perpetrado em 28 de junho de 2011 pelo trio Oligarquia–Militares-Estados Unidos está sangrando e percorre Nossa América, de norte a sul. Nem só os 18 departamentos territoriais de Honduras, nem seu Departamento 19 (assim se chama os hondurenhos no exterior), como nenhum habitante do continente de Morazán, Bolívar e Artigas, pode ter sentido paz com esta agressão, baseada em um estilo de intervenção que parecia sepultado a mediados dos anos 80 na região.