segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Globo, FMI e a crise do capitalismo

Por Umberto Martins, no sítio Vermelho:

Durante visita ao Brasil na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, concedeu entrevista ao Globo News Painel, na qual, entre outras coisas, previu uma “década perdida” para a Europa, se os impasses na solução da crise perdurar, e procurou justificar os reiterados fracassos e equívocos da instituição que dirige nos diagnósticos, previsões e receitas para os países altamente endividados.

A “fortaleza tucana” está na mira

Por Maurício Dias, na CartaCapital:

A eleição municipal de 2012 tornou-se um pouco mais a preliminar da batalha eleitoral para a Presidência em 2014. Embora a escolha de prefeitos e vereadores tenha impacto reduzido na disputa presidencial, dois competidores, PT e PSDB, travam um confronto iniciado com a vitória de FHC em 1994, que completará duas décadas no fim do atual mandato de Dilma Rousseff.

A crise econômica vem brava

Por Amir Khair, no sítio Carta Maior:

Cada dia aumenta a oscilação no humor dos mercados acompanhando os anúncios do sobe e desce da crise europeia. No último dia 30 veio a notícia que os bancos centrais dos Estados Unidos, Europeu (BCE), Canadá, Grã-Bretanha, Japão e Suíça concordaram em reduzir o custo das linhas existentes em suas operações, a partir do próximo dia 5.

O enigma da crise européia

Por Giovanni Alves, no blog da Boitempo:

A crise financeira de 2008 e seus desdobramentos nas crises das dívidas soberanas dos EUA e União Européia em 2011, tornaram-se meio privilegiado de afirmação daquilo que István Meszáros denominou a “grave tendência socioeconômica da equalização descendente da taxa de exploração diferencial”. Na verdade, a crise das dívidas soberanas tornou-se o “cavalo de Tróia” capaz de destruir efetivamente o Estado social no núcleo orgânico do pólo desenvolvido do capitalismo global. Os mercados financeiros impõem o ajuste neoliberal na União Européia. O Estado de Bem-estar social deve se transformar em Estado de Austeridade Social sob direção da disciplina fiscal a serviço dos interesses do capital financeiro globalizado.

O pior inimigo do governo Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A queda do sexto ministro de Dilma sob acusação de corrupção ocorre no âmbito de um processo kafkiano iniciado em março deste ano. Sabia-se que a imprensa continuaria se opondo ao governo federal caso a candidata de Lula se elegesse, mas os consideráveis esforços dela para distender o clima político tornam o ataque midiático inexplicável, sem razão, daí a alusão à obra de Franz Kafka.

Dilma começou a governar claramente convencida de que se não fizesse provocações à mídia e à oposição não sofreria processo similar ao que acompanhou cada dia da gestão de seu antecessor.

Urgência do marco regulatório da mídia

Por Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos, no Observatório da Imprensa:

Para modificar uma legislação de 1962, totalmente defasada em termos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, quando nem a líder do oligopólio midiático existia, movimentos sociais e pesquisadores vêm travando há algumas décadas batalhas por mais espaço para discussões. A luta, materializada na busca da substituição do Código Brasileiro de Telecomunicações (já revogado quanto à telefonia), visa, ao menos, a uma difusão de informações pelo espectro eletromagnético de modo mais parecido com uma verdadeira comunicação: algo dialógico que permita a pluralidade de tipos de conteúdo e uma maior participação social na produção e distribuição, considerando a diversidade do país.

O teatro de Boni e a crise da Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

A admissão por parte do homem de televisão Boni de que teve sim papel importante ao "preparar" Collor para o último debate contra Lula, em 1989, não surpreende. Nem deveria, afinal, Collor era e é sócio da Globo em Alagoas, assim como Boni ainda o é, agora na condição de afiliado, em São José dos Campos, interior de São Paulo.

Jornalista pensa que não é trabalhador

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

De tempos em tempos, nós – jornalistas – somos surpreendidos com notícias de demissões coletivas em veículos de comunicação. Atos que foram batizados carinhosamente de “passaralhos” (imaginem o porquê). Não vou discutir as razões que levam à dispensa de colegas de profissão – os motivos dos “ajustes” vão desde a justa necessidade de sobrevivência do próprio veículo (fazer bom jornalismo pode ser caro) à maximização de lucros da empresa. Então, para não ser leviano, precisam ser analisadas caso a caso. Vou me ater ao outro lado do balcão, ou seja, como reagimos a isso. Até porque, após a atual leva de demissões, não fiquei sabendo de nenhum ato de solidariedade aos demitidos. Talvez pelo medo de também perder o emprego, talvez pela sensação de impotência que resulta da lenta e contínua acomodação, talvez por algo maior que isso.

Muito além da bancada do JN

Por Eliakim Araujo, no sítio Direto da Redação:

Na Globo, nem sempre as coisas são como parecem. Quem conhece as entranhas do Jardim Botânico tem fortes razões para desconfiar que há outra motivação por trás da troca de apresentadoras na bancada do Jornal Nacional. Razões profissionais e políticas.

Para começar, a pergunta que não foi feita por nenhum dos jornalistas presentes à coletiva que comunicou a mudança: “o que leva uma apresentadora a deixar espontaneamente uma posição de prestígio, como é a bancada do principal – apesar de tudo – telejornal da televisão brasileira em troca da promessa de um programa que só vai entrar no ar depois da metade de 2012?”. Se tudo ocorrer como, dizem, está planejado.

O canto do cisne da mídia

Por Izaías Almada, no blog Escrevinhador:

A vida já me concedeu, como imagino que a muitos dos leitores também, ser testemunha de alguns fatos políticos importantes no Brasil e no mundo. Testemunhei, por exemplo, como outros milhares de compatriotas, e ainda menino, parte da campanha “O Petróleo é Nosso”, o suicídio de Vargas e a comoção nacional de seu suicídio, o governo desenvolvimentista e ousado de Juscelino Kubitscheck, o golpe civil/militar de 1964 contra o governo legal de João Goulart, o AI-5, a luta armada da esquerda revolucionária contra a ditadura, da qual participei.

O Globo já mira no ministro Pimentel

Por José Dirceu, em seu blog:

Começou de novo. Agora é contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. O Globo se prestou a este papel em sua edição do domingo e a oposição veio na esteira da "denúncia", já falando em convocação do ministro para depor.

Em sua edição de ontem, O Globo apresentou como suspeitos contratos, pagamentos e remuneração que seriam de R$ 2 milhões firmados e recebidos pela P-21, Consultoria e Projetos Ltda - empresa do ministro - entre 2009, quando ele deixou a Prefeitura de Belo Horizonte, e 2010, quando deixou a Consultoria para assumir o ministério. O Estadão, hoje, afirma que a presidenta Dilma Rousseff determinou ao ministro que dê todas as explicações.

A herança maldita da ditadura militar

Por Alipio Freire, no jornal Brasil de Fato:

“Memória/sem presente ou futuro/é nostalgia./Ou narcisismo”.

Para que levemos essa constatação em frente, é fundamental que, tendo em vista os trabalhos da Comissão da Verdade, nos organizemos todos para esclarecer os trabalhadores e povo (povo=os explorados e oprimidos) – sobretudo os mais jovens, a respeito do golpe civil-militar de 1964; seus sujeitos políticos; a real ‘natureza’ de classe do programa e dos projetos dos golpistas; o sentido das violências desencadeadas contra os trabalhadores e o povo, enquanto ponto programático dos golpistas; e todas as formas e propostas de resistência e/ou revolução que se levantaram contra o regime instaurado. Algumas dessas questões estão respondidas em cartilha do Núcleo de Preservação da Memória Política (www.nucleomemoria.org.br), ainda que muito mais necessite ser tratado.

Os cem anos de Carlos Marighella

Editorial do sítio Vermelho:

“É preciso não ter medo,/ é preciso ter a coragem de dizer./O homem deve ser livre...” – estes versos do poema “Rondó a Liberdade” exprimem com perfeição a personalidade heroica e destemida de seu autor, o revolucionário comunista Carlos Marighella, cujo centenário é comemorado hoje, 5 de dezembro.

Carlos Marighella deixou uma marca indelével na luta do povo brasileiro ao longo do século 20. Teórico marxista, militante da luta popular, dirigente partidário, deputado Constituinte em 1946, ele foi também um poeta notável que, nos bancos escolares, costumava escrever suas provas em versos.

José Serra e as prévias no PSDB

Por Rodrigo Vianna, no sítio SPressoSP:

O PT costumava ser o partido “das bases”. E, por extensão, o partido das prévias. Em 88, Plinio de Arruda Sampaio (hoje no PSOL) tinha apoio das principais lideranças petistas, mas foi Erundina (com apoio das “bases”) quem ganhou a prévia pra saber quem seria o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Ao longo das últimas décadas, disputas duras (feitas de forma aberta) no PT também aconteceram no Rio Grande do Sul, Minas, Rio de Janeiro…

Dilma encara o inquisidor do DEM



A foto é da jovem Dilma Rousseff diante do tribunal dos militares. Os algozes escondem covardemente seus rostos. O áudio é da resposta da ex-ministra ao inquisidor do DEM, o senador Agripino Maia. A música é "Cálice", de Chico Buarque, cantada por ele e Milton. Retirado do blog Tijolaço.

.

Boni confessa crime da Globo. E agora?

Por Antônio Mello, em seu blog:

O ex-todo-poderoso da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, confessou que cúpula da emissora trabalhou em favor de Collor no último debate da eleição presidencial de 1989:

"Todo aquele debate - não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo - mas a parte, vamos dizer assim, formal, nós é que fizemos".

Zara, arrogante, está pedindo boicote

Do sítio da Agência Sindical:

A grife espanhola Zara se recusou a assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho. O acordo visava regularizar a cadeia produtiva da empresa, depois de identificado trabalho degradante, semelhante ao de escravo, em confecções contratadas pela marca.

O TAC prevê que a Zara invista R$ 20 milhões em ações de combate ao trabalho degradante, reduza a subcontratação dentro da cadeia produtiva e se responsabilize pelas condições de trabalho nas confecções contratadas.

Crise mundial e fascismo de mercado

Por Gilson Caroni Filho, no sítio Carta Maior:

A crise econômica capitalista, em especial nos Estados Unidos e na zona do euro, começa a dar lugar a golpes e contra-golpes entre os seus principais atores. Entre eles o receituário apresentado liturgicamente desde os anos 1990. As reuniões de cúpula que os chefes de governo ocidentais realizam não se caracterizam pelos seus aspectos resolutivos, mas pelo vazio de suas proposições.