sábado, 17 de março de 2012

O terrorismo contra a greve de Jirau

Por Altamiro Borges

Os operários da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, que entraram em greve nesta semana por melhores salários e condições de trabalho, estão sendo vítimas de brutal e implacável perseguição. A mídia os trata como “bandidos” e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decretou a ilegalidade do movimento. Apesar do cerco, em assembleia realizada ontem (16), os peões decidiram manter a greve.

O TRT ordenou o retorno imediato ao trabalho e fixou multa diária de R$ 200 mil para o Sindicato dos Empregados da Construção Civil do Estado de Rondônia no caso do descumprimento da sentença. As reivindicações dos operários – entre elas, aumento de 30% nos salários, cinco dias de folga a cada 70 dias trabalhados e plano de saúde – sequer foram consideradas pela “Justiça”.

Arrogância da Camargo Corrêa

Além do Judiciário, o governo estadual também faz terrorismo contra os grevistas. A Secretaria de Segurança de Rondônia pediu, inclusive, à presidenta Dilma o envio de soldados da Força Nacional para “evitar distúrbios”. O clima no canteiro de obras da usina de Jirau é de forte tensão e pode resultar em violentos confrontos – a exemplo do que ocorreu em março do ano passado.

Amparada pelo Judiciário, pelo governo estadual e pela mídia patronal, a bilionária Camargo Corrêa, responsável pela construção, ainda provoca os grevistas. Em comunicado, ela afirmou que a greve é culpa “de um pequeno grupo de agitadores”, disse que as condições de trabalho são excelentes e ainda pediu a imediata ilegalidade do movimento. Pura arrogância patronal!

Os 15 mil peões da Camargo Corrêa que cruzaram os braços criticam exatamente as péssimas condições de trabalho e os míseros salários. A greve teve início numa das empresas terceirizadas, Enesa, e ganhou a adesão dos operários da poderosa empreiteira. Segundo a direção estadual da CUT, as condições de trabalho na obras da hidrelétrica de Jirau são desumanas, degradantes e inseguras.

6 comentários:

Rita Casaro disse...

É preciso resistir à "tentação da exploração desenfreada", apontada pelo analista sindical João Guilherme Varga Netto em entrevista recente (http://www.fne.org.br/fne/index.php/fne/jornal/edicao_118_mar_12/sindicalismo_mostra_forca_e_maturidade). A retomada do crescimento econômico no Brasil e as grandes obras que funcionam como vitrine dessa guinada positiva (à parte, o debate sobre a correção ambiental dos empreendimentos)não podem se estabelecer sem o mínimo de compromisso com os direitos sociais básicos.

"(...)Outra situação de desequilíbrio é a resistência de setores patronais a se adaptarem a tudo aquilo que chamamos de trabalho decente. Nesse aspecto, um grande exemplo é o esforço que foi feito pelo movimento sindical para regularizar e garantir os direitos dos trabalhadores nas grandes obras de construção civil. Há um ano, houve verdadeiras explosões sociais de milhares de trabalhadores. O movimento sindical, que num primeiro momento foi até surpreendido pela violência das manifestações, soube recuperar as suas posições e conseguiu junto ao governo e empresários o estabelecimento de protocolos que garantissem o respeito aos direitos desses operários. Vale destacar que isso tem se dado à base da resistência continuada nos setores em que há a tentação da exploração desenfreada. (...)"

Anônimo disse...

No Brasil , parece q fazer greve nao é um direito legitimo da trabalhador! Ora, se a única coisa q ele tem , é exatamente a forca do seu trabalho! Os trabalhadores têm sim, de fazer greve, os salários no Brasil são,baixíssimos , dá muito bem para pagar mais com melhores condições demtrabalho

Anônimo disse...

Esta greve não é a vontade da maioria como ficou provado na ultima sexta-feira , quando a maioria dos empregados estavam na assembleia a minoria impediu sua realização e criou um clima de terror , quando os trabalhadores foram embora eles realizaram a assembleia e decidiram continuar a greve. Isto foi manipulação da minoria baderneira que não quer negociar e sim aterrorizar os pais de familia que querem trabalhar e são impedidos por estes baderneiros.

Anônimo disse...

A policia tem mias e que mandar bala nesses peões! Não bala de borracha mas sim chumbo grosso!
Só quem estava dentro da obra sabe a forma que eles fizeram essas manifestações.

Carlos disse...

"Anônimo disse...
A policia tem mias e que mandar bala nesses peões! Não bala de borracha mas sim chumbo grosso!
Só quem estava dentro da obra sabe a forma que eles fizeram essas manifestações."

Vc só prova que é mesmo um pobre ignorante fazendo tal comentário!!!
O que aconteceu no ano passado não tem nada a ver com a greve desse ano que é totalmente pacífica. Eu estava dentro da obra na greve do ano passado e trabalho lá até hoje, sei bem o que está acontecendo lá dentro hoje. Por outro lado a maioria dos jornais e sites só divulgam o que a camargo correa pede pra eles divulgarem para convencer idiotas como vc. Felizmente ainda temos sites como esse, interessados em divulgar o que de fato ocorre com o trabalhador.

cleciane disse...

Nem todos os funcionarios estao d acordo com essa greve,e nao tem nada de misero salario nem de mas condiçoes d trabalho,esse povo e de mas,so fala besteira por nao ta bem informado e por nao saber direito nem o pq da greve mesmo.Em torno so d uns 100 nao querem voltar a trabalha e empedindo os 15.900 q estao doido p normalizar e volta p seus trabalho,pq todos q vieram p ca sabia onde e de que ia trabalhar.