segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O “kit gay” e as baixarias de Serra

Por Altamiro Borges

Em entrevista à rádio Jovem Pan, na quinta-feira passada, o tucano José Serra exibiu uma de suas peças de campanha para a prefeitura de São Paulo. Ele voltou a falar sobre o chamado “kit gay”, deixando explícito que apostará novamente na baixaria e no preconceito – como fez nas eleições presidenciais de 2010. “Não quero nem entrar em detalhes, porque vão dizer que eu estou introduzindo o tema na campanha, mas [o "kit gay"] tinha aspectos ridículos e impróprios para passar para as crianças pequenas”, alfinetou.

Apesar de acossado pelo midiático Celso Russomanno (PRB), com quem está empatado nas pesquisas e até perde nas sondagens para o segundo turno, o eterno candidato tucano verteu o seu veneno contra Fernando Haddad. Na prática, o comando do PSDB avalia que a eleição paulistana será novamente polarizada e já concentra a sua artilharia obscurantista contra o candidato petista. Para Serra, o ex-ministro da Educação “é quem tem que se explicar... É natural que cobrem isso na campanha”.

Comitê evangélico e périplo por igrejas

Segundo o jornal Estadão, que não esconde sua simpatia pelo eterno candidato, “Serra tem dirigido críticas ao candidato petista nos últimos dias, apesar de dividir a primeira colocação nas pesquisas de intenção de voto com o candidato do PRB, Celso Russomanno. Na terça-feira passada, Serra fez referência ao julgamento do mensalão. O escândalo tem petistas como alvo principal. Nos bastidores, a campanha de Serra acredita que Haddad vai subir nas pesquisas com o início do horário eleitoral de TV no dia 21 de agosto”.

Temendo mais uma derrota eleitoral e o fim da sua “carreira” política, o tucano nem sequer esconde mais os seus vínculos com setores conservadores e obscurantistas. Segundo a Folha, outro jornal serrista de carteirinha, o candidato tem se empenhado ao máximo para conquistar o apoio de líderes evangélicos conhecidos por suas posições homofóbicas e reacionárias. “Serra monta comitê evangélico e faz périplo por igrejas”, destacou a Folha na semana passada, sem apresentar qualquer leitura crítica sobre estes apoios.

Desde abril, após ter sido escolhido como candidato pelo PSDB, o tucano já visitou nove grupos religiosos. Os encontros são feitos às escondidas, sem divulgação na sua agenda política. Nestes estranhos contatos, Serra já recebeu a adesão da igreja Renascer em Cristo, liderada pelo casal Estevam e Sônia Hernandes, preso nos EUA em 2007; as “bênçãos” de Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus; e um “conte comigo” do midiático Marcelo Rossi. “Eu sou um admirador dele. Somos amigos”, afirmou o padre.

1 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com o Serra.Os Gays tem um nivel de QI mais alto que a maioria (cientificamente provado)do povo e poderiam ter pensado em algo melhor do que um Kit Gay.Talvez fazer palestras e seminários anti-homofobia nas escolas.Claro que para um público de uma idade maior tipo 10 anos para cima.