sábado, 1 de setembro de 2012

A palhaçada de Clint Eastwood


Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E não se fala de outra coisa nos Estados Unidos: a bizarra conversa entre Clint Eastwood e uma cadeira vazia na convenção republicana que sagrou Mitt Romney como o adversário de Obama em novembro. “Uma das cenas mais estranhas da política americana”, escreveu o Washington Post.

Na cadeira vazia estava, imaginariamente, Obama. Foi o suficiente para que no twitter imediatamente surgisse uma conta chamada “Invisible Obama”, com milhares de seguidores em minutos.

Clint estava dando uma dura em Obama. Ao longo de dez minutos, cobrou a realização das promessas. Disse que quem não entrega tem que ser demitido.

A verdade é que pareceu mais um ato cômico do que político, uma espécie de piada pronta. Poucos parecem acreditar que o monólogo de Clint ajudará Romney. Infelizmente para Clint, seu ato com o Obama Invisível se eternizará, e competirá com momentos extraordinários de sua carreira aos olhos da posteridade.

Não foi a única palhaçada da convenção republicana. O vice de Romney, Paul Ryan, ao criticar Obama, falou no fechamento de uma fábrica da GM. Na verdade, essa fábrica foi fechada na gestão de George W Bush, republicano como Ryan e Romney.

Interpelado por um jornalista da tevê americana sobre o erro, Ryan, ao melhor estilo de Maluf, em nenhum momento respondeu à questão que lhe foi colocada sobre seu erro.

Obama é culpado de muitas coisas. Não mudou na essência os Estados Unidos, e frustrou as esperanças de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.

Mas.

Mas não se pode esquecer que ele herdou uma situação horrorosa. Os Estados Unidos sob Bush se transformaram, para usar uma expressão de Ronald Reagan sobre a União Soviética, num Império do Mal em processo de decomposição.

Imagine um médico a quem é dada a incumbência de salvar um paciente terminal. É mais ou menos isso que aconteceu com Obama.

4 comentários:

RLocatelli Digital disse...

A questão é que Obama compactuou com as políticas da direita. Não fechou Guantánamo, não regulou os bancos e, ainda por cima, nomeou conservadores para lidar com o setor financeiro.

Regina disse...

Ele recebeu um paciente terminal, mas não aplicou nem um sorinho para ver se esse paciente reagiria. Muito pelo contrário, não fez absolutamente nada, a não ser atender os anseios financeiros-sionistas. O fazer de conta que alguma coisa vai mudar com a troca de governo e a mudança do partido, é puro jogo de faz de conta. Só assume quem rezar a cartilha e servir de mandalete dos verdadeiros donos do poder.

Anônimo disse...

e a 'gang' ainda lhe deu um Nobel da Paz... rapaz!?!?!

que mundinho escroto este em que vivemos, hein?

Márccio Campos
rio de janeiro 2016
maravilharemos o mundo!!

Luis disse...

Eu quis acreditar em Obama, mas ele é um engôdo. Os EUA estão sem alternativas.