segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Naji Nahas e o crime no Pinheirinho

Por Altamiro Borges

A mídia burguesa, que historicamente sempre criminalizou os movimentos sociais, não fugiu à regra na cobertura da desocupação do Pinheirinho, promovida de forma covarde e ilegal neste domingo. A maior parte dela, inclusive numa abjeta reportagem da TV Record, tratou os ocupantes como “invasores” e culpados pelas cenas de violência no carente bairro de São José dos Campos (SP).

Abertura do Fórum Social-2012

Por Marcel Gomes, no sítio Carta Maior:

A cinco meses do início da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável marcada para o Rio de Janeiro, as organizações envolvidas com o processo do Fórum Social Mundial darão início, nesta terça-feira (24), a uma edição do encontro especialmente voltada para as discussões sobre a crise financeira e o debate ambiental.

OAB: "houve mortos no Pinheirinho"

Por Bruno Bocchini e Flávia Albuquerque, na Agência Brasil:

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos, Aristeu César Pinto Neto, disse hoje (23) que houve mortos na operação de reintegração de posse do terreno conhecido como Pinheirinho, na periferia da cidade. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas.

“O que se viu aqui é a violência do Estado típica do autoritarismo brasileiro, que resolve problemas sociais com a força da polícia. Ou seja, não os resolve. Nós vimos isso o dia inteiro. Há mortes, inclusive de crianças. Nós estamos fazendo um levantamento no Instituto Médico-Legal [IML], e tomando as providências para responsabilizar os governantes que fizeram essa barbárie”, disse, em entrevista à TV Brasil.

Pinheirinho, Cracolândia, USP...

Por Raquel Rolnik, no jornal Brasil de Fato:

Domingo, 22 de janeiro de 2012, 6h da manhã, São José dos Campos (SP). Milhares de homens, mulheres, crianças e idosos moradores da ocupação Pinheirinho são surpreendidos por um cerco formado por helicópteros, carros blindados e mais de 1.800 homens armados da Polícia Militar. Além de terem sido interditadas as saídas da ocupação, foram cortados água, luz e telefone, e a ordem era que famílias se recolhessem para dar início ao processo de retirada.

Que há por trás da ação no Pinheirinho

Do sítio Outras Palavras:

Será preciso, nas próximas horas, processar todos os dados. Mas ao que tudo indica, acaba de ocorrer, em São José dos Campos, um massacre e algo mais. O desalojamento de centenas de famílias, que constituíram um bairro vivo, num latifúndio urbano (1 milhão de m²) antes reduzido à especulação imobiliária. seria, por si mesmo, um escândalo.

Ato em solidariedade ao Pinheirinho

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Fui a segunda pessoa a chegar ao Masp para o ato público na tarde deste domingo, onde e quando haveria o protesto contra a desocupação traiçoeira e violenta que a Polícia Militar de São Paulo cometeu no bairro do Pinheirinho pela manhã. A manifestação fecharia a avenida Paulista, no sentido bairro-centro, das 17 horas até por volta das 19 horas.

O torturante método de São Paulo

Por Wálter Maierovitch, na CartaCapital:

Os historiadores contam que Tomás de Torquemada, torturador-mor da Inquisição e falecido em 1498, era muito vaidoso. Numa pintura encomendada a um artista famoso, Torquemada aparece em genuflexão entre os adoradores de um Menino Jesus a brincar. Essa pintura está exposta na igreja romana de Santa Maria Sopra Minerva.

O Plano de Ação Integrada Centro Legal executado pelo prefeito Gilberto Kassab e pelo governador Geraldo Alckmin na Cracolândia paulistana inspira-se no torturante método de Torquemada. A tortura para se alcançar uma meta predeterminada. A propósito, revelou um agente da autoridade de Alckmin, com aval de Kassab: “Como você consegue fazer com que as pessoas busquem tratamento? Não é pela razão, é pelo sofrimento. Dor e sofrimento fazem a pessoa pedir ajuda”.

Estupro no BBB e Luíza no Canadá

Por Sylvio Micelli, em seu blog:

O primeiro mês do ano em que o mundo acabará teria tudo para ser algo insosso, comum aos janeiros. Entretanto, este janeiro ratifica que o fim do mundo está próximo ou é bem possível que o mundo já tenha até acabado e nós não nos demos conta disso.

Após Michel Teló ter sido elevado ao panteão da cultura brasileira pela revista Época, a sociedade tupiniquim passou a semana discutindo dois assuntos de suma importância para o crescimento e a soberania nacionais.