sábado, 17 de agosto de 2013

O que você quer investigar?

Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Financiar reportagens de fôlego, fomentar o debate democrático e oferecer recursos para a formação de novos comunicadores são os nortes do projeto Reportagem Pública, lançado pela Pública – Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo. A ideia consiste em oferecer 10 bolsas no valor de R$ 6 mil reais cada para viabilizar 10 projetos de pauta eleitos pelo próprio público. Para votar, o interessado deve contribuir com valores que variam de R$20 a R$ 2.000 reais e, de acordo com o valor da doação, outras recompensas são oferecidas, como livros, e-bookcom todas as reportagens do projeto e um workshop sobre jornalismo em rede.

O Reportagem Pública se estrutura tanto no sistema crowdfunding (versão online da famosa 'vaquinha') quanto nomatchfunding – a Fundação Omidyar doará um real para cada real arrecadado na doação colaborativa. Segundo Natalia Viana, diretora da Pública, o projeto segue a proposta da Agência em promover jornalismo de qualidade, com a produção de reportagens profundas sobre temas de interesse público - Copa do Mundo, violência policial, corrupção e direitos humanos. “A filosofia da organização é produzir e disseminar informações úteis ao debate democrático”, define.

Viana avalia que a iniciativa funciona como um verdadeiro laboratório de comunicação: a partir da contribuição, o público poderá integrar o conselho editorial da Pública, decidindo quais pautas serão realizadas. Além disso, “o jornalista desenvolverá seu trabalho integralmente autoral, em parceria com uma Fundação que valoriza o seu trabalho”. Já os estudantes de jornalismo e demais interessados no tema poderão conferir o que é uma boa pauta, do ponto de vista editorial; acompanhar a produção da reportagem; e, ainda, colaborar com os autores.

O projeto, segundo Viana, é uma resposta à tese de que, com a Internet, a grande reportagem morreu. “Sem dúvidas há uma escassez desse tipo de produção no jornalismo, mas a realidade é que há uma crise das empresas tradicionais do setor”, diz. Em sua visão, a Reportagem Pública oferece uma alternativa criativa para suprir a carência de investimento das grandes redações em reportagens autorais de fôlego e sem nenhuma censura. “O Reportagem Pública devolve a autoria ao repórter”, sintetiza.

No ar desde 8 de agosto, o projeto já arrecadou mais de R$ 11 mil reais. A meta é somar R$ 47.500 até a data de encerramento das doações, dia 20 de setembro. “A adesão do público está sendo muito boa, de acordo com o esperado. Há muitos jornalistas participando, como Vanessa Barbara (vencedora do Prêmio Jabuti de 2009 na categoria reportagem) e Eliane Brum”, coloca Viana.

O quadro de demissões em massa, precarização das condições de trabalho e baixos salários do setor vai de encontro com a proposta da Pública. Com esse tipo de iniciativa, a Agência pretende estimular a produção jornalística para além da lógica das empresas tradicionais, promovendo o debate sobre a democratização da comunicação. As diferenças para as mídias tradicionais, segundo Viana, começam na própria definição da Agência: “A Pública não tem fins lucrativos; contamos com uma rede de republicadores que vai do Portal Terra à Carta Capitale, além disso, toda nossa produção recebe o selo Creative Commons, ou seja, é livre para distribuição e reprodução”.

De acordo com a Pública, os repórteres interessados no projeto devem preencher este formulário. Todas as propostas serão pré-selecionadas pela equipe da Agência com base na viabilidade e relevância e, em seguida, apresentadas para a votação do público. Todos os que participarem do crowdfunding terão direito a voto. Confira mais informações na página do Reportagem Pública.

2 comentários:

Anônimo disse...













http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fzsYd5g-k7U


VÍDEO BOMBA: ERRO DE
BARBOSA BENEFICIA DIRCEU
Marco Aurélio (Collor de) Mello percebeu que ia entrar numa fria.

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O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante Nikola (que deve ser financiado pelo Dirceu…):

Nikola

PHA,

Toda a discussão no STF é fruto de um erro crasso, mas induzido por Barbosa ! A questão é a data da morte do presidente do PTB. Ela foi “manipulada” para aumentar a pena de Dirceu e outros. O vídeo (link abaixo) mostra isso com clareza. É curto e vale a pena divulgar.




Navalha

Os “crimes ” de Dirceu – para os quais não há uma ÚNICA prova ! – foram cometidos quando Martinez, presidente do PTB, estava vivo, claro.

Enquanto Martinez esteve vivo, a pena era mais branda.

Por isso, Dirceu não vai em cana.

Um único – dentro oito ! – “crime” do Dirceu foi depois da morte do Martinez.

Interessante, mas, como se sabe, viva o Brasil !

Só no Brasil (ao julgar pobre, preto, p… e petista) a lei retroage para prejudicar o réu !!!

O que faz com que o notável Ataulfo Merval de Paiva (*) considere que houve “um crime continuado” e, portanto, Dirceu tem que ser condenado com as penas mais severas (que vigoraram depois da mortes do Martinez) e devidamente algemado a tempo de o jornal nacional fazer uma edição de 18′, outra vez.
A questão é essa: a Globo quer a cabeça do Dirceu !

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.

Clique aqui para ler “Folha e Ataulfo concordam com Barbosa sobre “chicana”.

A verdade, amigo navegante Nikola, é que a nomeação de Teori Zavascki e Luiz Roberto Barroso mudou a química política do Supremo.

Os dois, com o julgamento do Cassol e o primado do Legislativo sobre o destino dos mandatos parlamentares, e a definição de quadrilha reestabelecem a hegemonia da Constituição.

O Supremo não vai mais poder legislar, como legislou até então.

E legislou, reescreveu os Direitos Fundamentais no julgamento do mensalão (o do PT).

E é por isso que o Ataulfo está aflito.

Porque ele e a Globo Overseas Investment BV não controlam mais TODOS os os votos do Supremo.

Não há como mudar a data da morte do presidente do PTB.

Não é isso, Ministro Marco Aurélio ?






Paulo Henrique Amorim

Anônimo disse...

Muito bom!
Parabéns, todos.