quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mentira da Veja sobre médicas cubanas

Do Jornal GGN:

Nesta segunda-feira (17), um jornal regional de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, “O Correio do Povo”, divulgou uma reportagem da colunista e editora de política Patricia Moraes, desmentindo a matéria da Veja que denunciava suposta pressão do governo cubano e do Ministério da Saúde em manter os médicos da ilha no Brasil.

A matéria da Veja afirmava que Vivian Isabel Chávez Pérez, uma “capataz”, teria ameaçado duas médicas cubanas e conseguiu mantê-las em Jaraguá do Sul. Uma das médicas citadas pela revista é Yamile Mari Min.

A colunista visitou Yamile, que está no posto de saúde do Bairro Santa Luzina, na cidade. Ela disse que foi procurada por Veja, mas que se negou a falar por já saber que parte da mídia está tratando o assunto com direcionamento político.

“Eu e todos os médicos cubanos sabíamos quanto iríamos ganhar ao vir ao Brasil. Ninguém é obrigado a nada, a gente se inscreve sabendo de tudo. Eu estou aqui para ajudar o meu país”, disse Yamile Mari Min um pouco mais a vontade, depois do temor e desconfiança que a reportagem da Veja gerou na médica.

Outra profissional que desmentiu a matéria para o jornal de Jaraguá do Sul foi Nádia Silva, a coordenadora de Atenção Básica da cidade, que segundo a reportagem da Veja, teria dito: “(elas) sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento (salário). Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui”.

Nádia contestou a publicação. “Na verdade saiu tudo diferente do que a gente falou. Não sei se eles tinham um interesse com a matéria, mas estamos muito chateados”. Ela admitiu que, em dezembro, duas médicas pensaram em deixar o município, mas acredita que por dificuldade e estar longe da família e amigos.

Também o secretário de Saúde, Ademar Possamai (DEM), desmentiu o caso. Ele disse que, em dezembro, as médicas estavam com dificuldades de adaptação e quase chegaram a se desligar, mas o problema foi solucionado depois que o Ministério da Saúde entrou em contato com elas.

Leia a coluna na íntegra de “O Correio do Povo”.

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