sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Onda Marina arrefeceu, mas não morreu

Por Renato Rovai, em seu blog:

As últimas pesquisas CNT, Datafolha e Ibope mesmo com algumas diferenças apontam para uma recuperação da candidatura da presidenta Dilma e uma pequena queda de Marina no primeiro turno. Em todas elas há um empate técnico entre ambas no segundo turno, mas com se mantendo na frente.

O que se pode concluir disso é que a onda Marina bateu no teto e agora a candidata está retornando ao seu tamanho natural, que ao que tudo indica deve ser o que tinha quando sua Rede Sustentabilidade não foi criada e ela se filiou no PSB. Na ocasião, Marina tinha 26% das intenções de votos no primeiro turno. No Ibope de hoje ela está com 31%.

Ao mesmo tempo que já vai ficando claro que Dilma deve sair em primeiro lugar no dia 5 de outubro, o segundo turno se tornou uma incógnita. É verdade que a diferença que já foi de até dez pontos a favor de Marina, agora está variando de três a um ponto para ela.

Da mesma forma como a campanha de Marina e muitos dos seus assessores já comemoravam a vitória quando a candidata do PSB abriu uma razoável vantagem nas pesquisas anteriores, alguns petistas já estão dando de barato que a estratégia utilizada contra a ex-senadora foi demolidora e que a eleição já estaria no papo.

Isso não é fato. A verdade é que Marina se mostrou resistente aos ataques. Perdeu uma porcentagem natural de votos para quem cresceu muito rapidamente, mas não desabou. E mesmo sob fogo cerrado, conseguiu manter o equilíbrio contra a presidenta no segundo turno.

As últimas pesquisas indicam um segundo turno bastante equilibrado. E praticamente selam que ele será entre duas mulheres. Uma seringueira e uma ex-presa política.

E a disputa não será menos tensa e nem menos dura por conta disso. Pode ser mais ética, o que já seria um grande avanço.

Política também se faz apontando a diferença de projetos e buscando com isso desconstruir a outra candidatura. Ataques a ideias do adversário fazem parte do debate democrático. Querer ganhar eleições sem debater temas espinhosos é que é um problema para a democracia.

Neste sentido o discurso de vítima de Marina é menos democrático do que o de Dilma que está indo direto ao ponto. E não pensem que essas falas de Marina não são calculadas. Elas são baseadas em pesquisas qualitativas que dizem que as pessoas vinculam o PT a um certo radicalismo e que consideram que os ataques aos adversários são parte dessa natureza intolerante.

Não há ingenuidade e nem bom-mocismo nem de um lado e nem do outros. O que há é uma disputa pela presidência da República de um dos maiores países do mundo.

1 comentários:

ESMAEL LEITE disse...

A questão é que Marina mudou, o que é um direito dela, só a questão de renunciar ao controle da politica econômica, com a independência do Banco Central e a diminuição do crédito que hoje são ofertados pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco de Desenvolvimento Econômico Social, é o suficiente para mostrar a aventura desastrosa que ela aponta, sem contar que ela disse que quer governar sem partidos, é um argumento próprio de Imperadores e na era moderna, nem mesmo imperadores tiveram força política para fazerem isto, os que tiveram força para bloquear a oposição contaram com os partidos da elite, A "Nova Política" de Marina Silva é a mais velha do mundo e se tiver sucesso, levará de volta ao poder os Bornhausen e os heráclitos fortes da vida, juntamente com os banqueiros, que irão dilapidar as reservas cambiais, vender nossas riquezas naturais a preço de banana, como fizeram com a Vale do Rio Doce, acabar com as Universidades e Institutos Federais em favor do ensino privado e por ai vai, ela pode ter tido um passado louvável, mas agora anda em péssimas companhias e tem tecidos estranhos planos, mancomunada com eles, o aviso esta dado e está claro, só entra nesta quem quiser.