quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ferguson: A explosão da revolta nos EUA

Do site Opera Mundi:

A Justiça dos Estados Unidos decidiu na noite desta segunda-feira (24/11) não indiciar o policial que matou o jovem negro Michael Brown no mês de agosto em Ferguson, Missouri. Após ouvir 60 testemunhas, o júri anunciou que não existe "causa provável" para acusar o oficial Darren Wilson - que, no dia 9 de agosto, disparou seis vezes contra o adolescente de 18 anos, que estava desarmado na ocasião.

A absolvição do policial gerou uma onda de revolta em Ferguson e se espalhou por outras regiões do país. De acordo com o jornal Washington Post, milhares de pessoas revoltadas com o desfecho do caso incendiaram carros, depredaram prédios e saquearam supermercados. Até o momento, mais de 80 pessoas foram detidas

A polícia usou gás lacrimogêneo para frear os protestos na Avenida West Florissant - local em Ferguson onde se concentraram as principais manifestações em agosto pela morte de Brown. Em Nova York, Chicago, Los Angeles, Washington D.C. e Oakland, os manifestantes fecharam avenidas durante toda noite.

A cidade de Ferguson está em alerta máximo, com o FBI e a Guarda Nacional preparados para intervir. Em agosto, dias após o assassinato de Brown, uma onda de violência tomou conta da cidade em represália à morte do jovem.

Entenda o caso

A morte de Michael Brown em agosto reacendeu a discussão em torno do racismo em forma de violência policial nos Estados Unidos e provocou uma série de protestos em Ferguson. Devido à situação na cidade, o presidente do país, Barack Obama, anunciou uma investigação profunda e independente.

A autópsia feita a pedido da família de Brown revelou que o jovem foi executado com pelo menos seis tiros, sendo dois na cabeça. A confirmação contrasta com a tese apresentada pelos policiais de que Brown teria resistido à prisão. Até o momento, não há informações oficiais de quais circunstâncias motivaram Darren Wilson atirar contra o jovem.

1 comentários:

Anônimo disse...

É o mesmo que acontece em São Paulo, com o extermínio dos meninos negros da periferia. Usam as drogas e a polícia para exterminar, desestruturar e amedrontar famílias, juntamente com aqueles programas fajutos de televisão que mostram os pequenos traficantes sendo presos. Os grandes, ninguém conhece nem chega perto. Estranho, não? É a mídia do terror a serviço do Estado.