terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O ataque dos privatistas à Petrobras

Por Rubem Gonzalez, no blog Viomundo:

O objetivo é claro: existe uma grande força - nem tão oculta assim - querendo destruir e reduzir a pó a Petrobras e para isso não mede esforços, nem gastos.

É uma operação de guerra dia e noite, uma verdadeira blitzkrieg que já dura 60 dias de bombardeio diário, sistemático e ininterrupto.

A explicação é simples demais, quase simplória e pena que o governo federal não queira enxergar o que está límpido e cristalino para qualquer um que seja menos leigo ver: a Petrobras detém as maiores reservas mundiais individuais de petróleo.

São campos trilionários, reservas comprovadas e ainda por cima num país plenamente desenvolvido, sem brigas étnicas ou religiosas e com uma “democracia” funcionando, totalmente estruturado e o melhor de tudo: com um mídia totalmente venal e uma categoria política inteira no mesmo padrão moral.

As seis irmãs, que eram sete quando Enrico Mattei apelidou as vampiras internacionais de hidrocabonetos, hoje, depois de processos autofágicos e para driblar governos e legislações, se tornaram quatro, a saber ExxonMobil, Chevron, Shell e BP.

Matam, destituem governos, compram políticos e principalmente jornalistas há mais de um século.

O próprio Enrico Mattei morreu num acidente aéreo que comprovadamente foi um atentado. O grande herói do PETRÓLEO LIVRE do mundo morreu por enfrentar essa gangue de patifes internacionais que hoje assenta suas baterias contra o Brasil e em especial contra a Petrobras.

O seu objetivo é claro: ataques midiáticos e judiciais diuturnos com apoio irrestrito da mídia para que a empresa fique num patamar insustentável e seja de uma vez por todas privatizada, ou melhor, doada a eles.

Pois ninguém está disposto a investir dezenas de anos e dezenas de bilhões de dólares para construir todo o “hardware” da Petrobras, que são suas malhas, ramais, terminais, dutos, refinarias, plataformas, navios. Muito melhor ganhar tudo de graça.

Ora, fui funcionário de carreira por 23 anos ininterruptos na empresa. Ela tem dezenas de milhares de trabalhadores, um corpo tecnico inigualável, simples técnicos que colocam engenheiros do mercado no bolso, é reconhecida internacionalmente como líder de produção, prospecção e perfuração em águas profundas.

Dá lucro e emprega milhões entre diretos e indiretos, uma rentabilidade por funcionário que é uma das maiores do setor, tem aumento de produção e de reservas ano a ano ininterruptamente há mais de 10 anos. E, apesar disso tudo, ela é julgada pela conduta criminosa de alguns poucos funcionários corruptos?

O que vemos hoje na realidade é o Plano “B” dessa corja, pois o Plano “A” era a eleição do Aécio Neves e muito disso não seria necessário, pois ele doaria a empresa à pirataria internacional usando como pano de fundo essa ópera bufa capitaneada pela Operação Lava Jato, totalmente manipulada, seletiva e sincronizada, como apoio logístico ao bombardeio midiático.

A hora do governo resistir já passou. O que deve ser feito agora é ele contra atacar. Ir para Wall Street com a mala cheia - yes, nós temos 370 bilhões de dólares de reservas, quem tem isso por aí? - recomprar tudo o que puder de volta, até as ações explodirem de novo no mercado. Afinal, elas não resistem nem cinco minutos a um viés comprador insaciável.

Ato contínuo a Petrobras - que não precisa de propaganda, ela vende uma commoditie de mercado, seu produto não encalha, não estraga, não deteriora, é energia - deveria fazer uma assembleia e declarar uma moratória de 50 anos na publicidade em TODA a mídia nacional, pois ela, com seus ataques criminosos, seletivos e eletivos, surrupiou 100 bilhões da empresa no mercado de capitais.

E como diz o papa dos liberais: não existe almoço grátis. Então, já passou a hora da mídia pagar a conta da churrascaria. Daqui a 50 anos a gente conversa…

Com a bola agora Dona Dilma e o governo progressista do Brasil.




PS do Viomundo: O Globo (reproduções acima), dos irmãos Marinho, já perdeu completamente a vergonha e assumiu o entreguismo da Petrobras, com editoriais e uma verdadeira campanha contra a estatal…

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