quinta-feira, 5 de junho de 2014

Até os notívagos abandonam a TV aberta

Por Altamiro Borges

“Os telespectadores notívagos também estão deixando a TV aberta. Medição de audiência na Grande São Paulo mostra que o número de televisores ligados durante a madrugada permanece igual, mas, mesmo com os investimentos das emissoras na faixa horária, o público está buscando outro tipo de entretenimento. Em 2012, a Globo registrou da meia-noite às 6h média de 5,7 pontos de audiência. Caiu para 5,3 pontos em 2013, e vem marcando, neste ano, 5,2 pontos”. A notícia foi publicada nesta quinta-feira (5) por Keila Jimenez, da Folha. Ela confirma o inferno astral das tevês privadas, que afundam na crise – o que não significa a redução de lucros de seus bilionários proprietários.

Metrô de SP: a greve e caos tucano

Por Altamiro Borges

Os metroviários de São Paulo mais uma vez demonstram a sua força organizativa. A greve iniciada nesta quinta-feira (5) obteve ampla adesão e afetou quase todo o sistema, responsável pelo transporte de milhões de paulistanos. Uma parte da mídia até tenta vincular a paralisação à Copa Mundo, no seu esforço de desgaste da presidenta Dilma. A Folha tucana incluiu a mobilização na retranca “A Copa como ela é”. Haja caradura! A motivação da greve é econômica e decorre da intransigência de Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Além de afundar a empresa num mar de corrupção, no “trensalão tucano”, e de deteriorar os seus serviços, o governo paulista esbanja arrogância na relação com os metroviários.

Blogueiros reagirão ao ataque tucano

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A ofensiva do PSDB e de seu pré-candidato Aécio Neves contra blogueiros e ativistas digitais diz muito sobre o que poderia ser a vitória do neoconservadorismo na eleição presidencial de 2014. Mais do que a reversão das políticas econômicas e sociais hoje em curso no Brasil – responsáveis pelo soerguimento de milhões da pobreza e da miséria –, o projeto tucano envolve censura a vozes dissonantes, destruição da organização sindical e social e pressão econômica contra países latino-americanos nos quais vigem projetos políticos de esquerda.

Oposição teme participação social

Por Vagner Freitas

O ataque de setores da oposição ao decreto presidencial que institui uma estrutura para a sociedade civil organizada poder participar, debater e apresentar propostas ao governo federal - a chamada Política Nacional de Participação Social - expõe as diferenças de concepção entre um projeto democrático e popular e a velha ideia de que é exclusividade de “especialistas” sem mandato eletivo o papel de assessorar os governos na gestão, planejamento, uso dos recursos financeiros do Estado e na definição de políticas públicas.

Visto para Snowden: Não é tão simples!

Por Leandro Lima, no blog Pé de Página:

Recentemente a revista semanal Fantástico da rede Globo fez uma grande reportagem com Edward Snowden, foragido dos Estados Unidos, provisoriamente residindo na Rússia até agosto, quando seu visto de permanência nesse país termina.

Entendo que a reportagem, apesar de ser um furo, um trabalho bem feito, tem um objetivo: endossar o suposto pedido de Snowden por asilo no Brasil. Suposto por que o Itamaraty informa que nunca recebeu qualquer pedido oficial do senhor Snowden e este, por sua vez, disse à repórter Sônia Bridi que sim, que havia enviado o pedido.


A disputa complicada no Rio de Janeiro

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A pesquisa eleitoral sobre a eleição para governador (e também para presidente) no Rio de Janeiro, divulgada pelo jornal “O Dia”, mostra um quadro curioso – de muita pulverização e incerteza.

Garotinho (PR) e Crivela (PRB) seguem na frente –  empatados, com 19% cada um. Pezão (PMDB) e Lindberg (PT) disputam a terceira colocação, com 11,7% e 10,5% dos votos, respectivamente. Cesar Maia (DEM) com 7% e Miro Teixeira (PROS) com 3% estão mais atrás.

A tentativa de queimar a 'marca-Brasil'

Por Antonio Barbosa Filho

Estudiosos de marketing em todo o mundo dedicam-se a um campo relativamente novo nesta área, que é a criação e as características da chamada “nation brand” ou “marca-país”. Já em 1965, pesquisas aplicadas mostraram que o consumidor dá avaliações diferentes a um mesmo produto que lhe é oferecido, dependendo do rótulo “fabricado em…”, ou seja, ele leva em consideração a localidade de origem na hora de decidir uma compra.

Vai começar a Copa das Copas

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Rogério Correia, em seu site:

Estamos a poucos dias do início da Copa do Mundo no Brasil: a Copa das Copas.

Antes mesmo do início da maior competição de futebol do mundo, o nosso país já começou a ganhar muita coisa na infraestrutura, e agora chegou o momento de todos nós nos unirmos para torcer pela melhor seleção de futebol, o Brasil. Rumo ao Hexa!

São muitas as informações divulgadas sobre a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Muitas delas, entretanto, são publicadas com distorções para confundir a população. O fato é que o Mundial é muito bom para o País. Conheça alguns motivos:

O jogo geopolítico de Moscou e Pequim

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Os governos, os políticos e a mídia do mundo “ocidental” parecem incapazes de compreender os jogos políticos representados por outros atores, em outros lugares. Sua análise do acordo recém-proclamado entre Rússia e China é um exemplo espantoso disso.

Guia sobre mídia e direitos humanos

Do site do Coletivo Intervozes:

O Guia Mídia e Direitos Humanos, produzido pelo Intervozes, pretende ser instrumento de difusão dos Direitos Humanos junto a comunicadores/as e será lançado este mês em Fortaleza, Salvador e Curitiba.

O material é uma das ações do Ciclo de Formação em Mídia e Educação em Direitos Humanos, projeto do Intervozes em convenio com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que culminou na realização de formações em cinco capitais brasileiras com comunicadores e/ou jornalistas e na produção de um Seminário Nacional, realizado em Brasília, em março deste ano.

O “submundo” de Aécio Neves

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O submundo a que gosta de se referir Aécio Neves - responsável, segundo ele, pela disseminação de boatos acerca de sua pessoa - é uma resposta padrão a tudo o que ele não controla.

Não que Aécio não esteja acostumado a operar num submundo. O fogo cruzado entre ele e Serra, através de dossiês, tráfico de influência e outras práticas, gerou alguns dos capítulos mais sujos da vida pública nacional.

As manifestações pelo "volta FMI"

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Quem viveu a política do final do século passado e início deste se lembra que não havia manifestação, não havia protesto, sem faixas e gritos "Fora FMI". Desde 2004, o Fundo Monetário Internacional está fora do Brasil, e as pautas de reivindicações dos movimentos sociais passaram a ser outras.

Se a direita ganhar no Brasil

Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil enfrenta, nas eleições presidenciais deste ano, o risco de um brutal retrocesso político, com o eventual retorno das forças de direita – representadas, principalmente, pelo candidato tucano Aécio Neves – ao governo federal. Nesse caso, teremos uma guinada rumo a um país mais desigual, mais autoritário, mais conservador. Engana-se quem imagina apenas uma reprise do que foram os tempos de FHC. Para entender o que pode vir por aí, é melhor pensar no Tea Party estadunidense, no uribismo colombiano, na direita ucraniana.

Nova fase da luta pelas 40 horas

Por Márcia Xavier, no site Vermelho:

O lançamento do Movimento “Pró 40 horas”, que defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, inaugura um momento novo na luta dos trabalhadores. A avaliação é da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), que participou, junto com demais parlamentares do seu Partido, da iniciativa do Ministério Público do Trabalho, reunindo centrais sindicais e setores da sociedade civil organizada na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (4).

A mercantilização da USP

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A descoberta de que duas décadas de gestão tucana levou a USP a descer a ladeira nas avaliações acadêmicas levou nossos coxinhas e playboys a acionar sua ideia fixa: privatizar a maior, mais tradicional e mais influente universidade do país.

O professor Wanderley Guilherme escreveu certa vez que a elite brasileira só tem um ponto de convergência política: revogar a CLT.

O velho complexo de vira-latas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa brasileira reproduz, na quarta-feira (4/6), resultado de pesquisa feita pelo Pew Research Center, um dos mais conceituados centros de pesquisa dos Estados Unidos. Cada um dos três principais diários de circulação nacional priorizou um subtema do estudo, dividido em quatro campos: a Copa do Mundo, a situação econômica do país, a reputação dos principais líderes políticos e o lugar do Brasil no mundo.

A mídia e o combate à corrupção

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Desde o início do governo Lula e durante o governo Dilma, os grandes meios de comunicação empresarial do país têm praticado uma implacável e sistemática censura no plano editorial, opinativo e informativo sobre o amplo, contínuo e inovador trabalho de construção de um sistema de combate à corrupção no Estado brasileiro. Esta censura absurda e implacável ao maior esforço republicano anti-corrupção da história do país serve na medida ao discurso da oposição neoliberal de que nunca houve tanta corrupção no Brasil e que o PT é o partido mais corrupto. Este ensaio é dedicado a todos os brasileiros que nestes anos foram e continuam sendo injustamente caluniados como corruptos.

Os gols da Copa

Por Jandira Feghali, no Jornal do Brasil:

“Uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade”.

É este lema da propaganda nazista, ecoado por Goebbels na década de 30, que devemos combater ao enfrentar o diálogo sobre o legado da Copa do Mundo. Mais de mil vezes se repete que os investimentos para o Mundial colidem com os necessários gastos nas áreas sociais. Que esses recursos fazem falta em hospitais ou escolas. Mas, ao analisar o orçamento federal, vemos que o argumento não prospera, apesar de ter ganho o status de verdade. Isso porque os investimentos em infraestrutura não concorrem com os gastos em saúde e educação, todos importantes.