sábado, 30 de agosto de 2014

Marina vai se ajoelhar para Malafaia?

Por Altamiro Borges

A tentativa de Marina Silva de pairar acima das divergências e de agradar a todos, como reza a sua cartilha da “nova política”, promete dar muita dor de cabeça à presidenciável e ao seu partido-carona, o PSB. Nesta sexta-feira (29), a sigla divulgou a sua plataforma eleitoral – redigida por Neca Setubal, uma das herdeiras do Banco Itaú. O programa tem inúmeras lacunas e retrocessos, mas um tema gerou imediata reação. No item sobre os direitos dos homossexuais, ele se comprometia com sensíveis avanços. Mas diante da gritaria histérica do pastor Silas Malafaia, que havia sinalizado dar apoio a também evangélica Marina Silva, a candidata logo vacilou nas propostas e prometeu rever o programa.

Leci Brandão é vitima de racismo

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP), candidata à reeleição, tem sido alvo de uma asquerosa e criminosa ofensiva de ódio racial. Pelas redes sociais, ela tem sido chamada de “macumbeira”, “nojenta”, “verme” e outros adjetivos ainda mais baixos. Conhecida por sua defesa da cultura negra e das religiões de matriz africana, a parlamentar e sambista não se intimidou. Diante da onda racista, ela solicitou à Procuradoria Regional Eleitoral do Estado a imediata retirada das mensagens preconceituosas no Facebook. Na quarta-feira (27), o PRE-SP acatou o pedido e ainda solicitou à Justiça de São Paulo que adote “as providências criminais que entender cabíveis” no caso.

Soninha Francine virou “ficha suja”

Por Altamiro Borges

A mídia tucana não deu qualquer realce para uma curiosa notícia nesta semana. Na quarta-feira (27), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo rejeitou a candidatura à deputada federal de Soninha Francine, do PPS. Ela foi enquadrada na Lei da Ficha Limpa, conforme pedido do Ministério Público. Em 2011, quando ocupava o exótico cargo de diretora-técnica da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), nomeada pelo governador Geraldo Alckmin, a ex-vereadora teve a contabilidade do órgão rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por uso irregular de recursos públicos. A nova “ficha suja” do PPS agora só poderá se candidatar novamente em 2020.

As mil faces de Marina Silva

Por Guilherme Santos Mello, no site Brasil Debate:

Em política, uma imagem vale mais que mil palavras. A construção da imagem política é um processo lento, que exige a repetição contínua de alguns mantras e a obstinação de seus seguidores.

Uma vez construída, a desestruturação da imagem de um partido ou candidato pode se provar difícil de se consumar, mesmo com bons argumentos para isso.

Marina e o Plano Nacional de Educação

Por Theófilo Rodrigues, no blog Conexão Cultura e Política:

O anúncio de que o programa da candidata Marina Silva pretende reduzir os investimentos no pré-sal foi um verdadeiro balde de gelo – para usar uma expressão da moda – nos defensores da educação pública e do Plano Nacional de Educação.

O Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado neste ano é o principal documento norteador das políticas públicas de educação do país. Entre suas 20 metas para os próximos 10 anos consta que o investimento público em educação deverá alcançar 7% do PIB em 2019 e 10% do PIB em 2024. Hoje o investimento público em educação está em aproximadamente 6% do PIB.

Até quando vai durar a Marinamania?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O dia começou ruim para Dilma e terminou pior.

O primeiro golpe veio com a publicação, na Folha, de um texto de acordo com o qual Dirceu já estaria considerando “iminente” a derrota de Dilma para Marina, a “Lula de saias”.

O artigo, de Fernando Rodrigues, viralizou. Poucas horas depois de publicado, Dirceu desmentiu tudo, pelo blog de Paulo Moreira Leite.

Há um novo Collor na praça

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há menos de um ano, Marina Silva não conseguia reunir meio milhão de assinaturas para formar sua Rede Sustentabilidade.

Hoje, diz o Datafolha, ela teria 100 vezes mais pessoas – 51 milhões de brasileiros – dispostos a entregar-lhe não o comando de um partido, mas o comando de suas vidas e seu destino.

O racismo contra o goleiro do Santos

Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

O jogo Grêmio e Santos, no dia 28 de agosto, no Estádio Olímpico, foi palco de mais uma manifestação racista. Desta vez, a vítima foi o goleiro santista Aranha, chamado de “macaco” e “preto fedido” por torcedores gremistas na partida vencida pelo alvinegro praiano por 2 a 0.

A única certeza: o PSDB acabou

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Aécio Neves parece já ter jogado a toalha. Aliás, começou a parecer já no debate da Band, quando, em vez de atacar Marina Silva, que lhe tomou o segundo lugar na corrida eleitoral, centrou fogo em Dilma. Aliás, já se fala até em ele desistir e disputar o governo de Minas.

Na última sexta-feira, enquanto até o Datafolha – que o “segurou” o quanto pôde com mais intenções de voto do que realmente tinha – trazia ao tucano a péssima notícia de que estava caminhando rapidamente para terminar a eleição como “nanico”, ele dizia que o governo Dilma teria “acabado antes da hora”.

A irresponsabilidade da direita nativa

Do blog de Zé Dirceu:

Os opositores dos governos do PT, seus assessores e conselheiros – alguns com décadas de poder sem resolver os problemas que agora apontam com um dedo acusador – apresentam fórmulas triviais para resolver as grandes questões do Brasil na atual conjuntura e etapa histórica.

Para alguns, basta a confiança imposta pela presença de um novo presidente da República, que respeitará as leis do mercado e tudo estará resolvido. Para outros, é suficiente vontade de um novo gestor no Planalto, que governará sem alianças e sem coalizões com partidos, e sim com a sociedade. Para ambos, basta respeitar o tripé macroeconômico, juros, câmbio e superávit. E ter responsabilidade fiscal e conceder independência para o Banco Central (BC).

A luta pela constituinte exclusiva

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Nesse momento, apesar do bloqueio da mídia conservadora, diversos movimentos populares, partidos e entidades da sociedade brasileira estão engajados num grande mutirão para mudar o atual sistema político.

A contradição que impulsiona esta mobilização é o abismo que existe entre os interesses do povo brasileiro e as instituições da republica. Esta contradição é potencializada pela forma arcaica e elitista de se fazer a política institucional no Brasil. O financiamento privado das campanhas eleitorais aprofunda a descrença do povo na política e dissolve a delimitação entre os interesses públicos e privados. Ou seja, transforma nossa jovem democracia num balcão de negócios.

Marina e o mito do cavaleiro solitário

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Todo fim de ciclo político abre espaço para os outsiders da política.

São períodos em que ocorre um aumento da inclusão, da participação popular e os mecanismos políticos tradicionais não mais dão conta da nova demanda. Há o descrédito em relação à política e, no seu rastro, o cavaleiro solitário, cavalgando o discurso moralista e trazendo a esperança da grande freada de arrumação.

Fazem parte dessa mitologia políticos como Jânio Quadros, Fernando Collor e, agora, Marina Silva.

O desafio de desmascarar Marina

Editorial do site Vermelho:

A pesquisa Datafolha divulgada na noite desta sexta-feira (29) confirma a ocorrência de brusca movimentação no quadro pré-eleitoral, com o empate nos índices de intenção de votos entre a presidenta da República, Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e Marina Silva, ambas com 34%.

Com Marina, as hienas exultam

Por Valter Pomar, em seu blog:

Como já foi dito noutro lugar, para a oposição de direita, a morte de Eduardo Campos foi uma grande oportunidade.

Com a morte de Eduardo Campos e a escolha de Marina, a direita percebeu a possibilidade de resolver uma contradição expressa nas pesquisas até 13 de agosto: por um lado, um eleitorado desejoso de mudanças; por outro lado, a vitória de Dilma no primeiro turno.

Os dilemas do PT: esquerda, vou ver?

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Nunca acreditei que essa eleição seria decidida num turno único. O grau de insatisfação e a onda anti-petista no Brasil deixavam claro que – mesmo com Aécio e Eduardo no páreo, dois candidatos que tinham dificuldade evidente para representar a “mudança” – Dilma teria que enfrentar um turno final para conseguir o segundo mandato.