segunda-feira, 4 de maio de 2015

Cadê os black blocs do Beto Richa?

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você já conhece a história fictícia dos PMs do bem do Paraná, que teriam se sublevado contra as ordens superiores e se recusado a bater nos professores grevistas.

Beto Richa precisa explicar, agora, onde está outra tribo perdida, esta inventada por ele: a dos black blocs que, segundo sua imaginação, teriam sido responsáveis pela pancadaria.

Depois das cenas de horror, Richa saiu-se com as seguintes explicações:

- “Partiram para cima dos policiais com as grades de contenção’’

- “Os policiais estavam parados, foi uma reação natural da proteção da vida e revidaram. Tem 20 policiais feridos’’

- “Não dá para negar que temos algumas cenas chocantes, indesejáveis. Mas lamentavelmente [houve] a presença de baderneiros, arruaceiros, black blocs que radicalizaram”

Os únicos soldados que se feriram foram o sujeito que se pintou com canetinha hidrocor e o pitbull que machucou o dente rasgando a coxa de um cinegrafista. O governador do Paraná ainda falou em vídeos mostrando mochilas com pedras e coqueteis molotov e que “sete black bocks foram detidos”.

Doze pessoas foram presas - professores, servidores públicos, estudantes e dois adolescentes. Foram autuados por crimes como resistência, desacato e perturbação do trabalho ou sossego alheio e então liberados.

De acordo com a Defensoria Pública do Estado, ninguém foi detido por dano ao patrimônio ou porte de artefato explosivo.

Os black blocs de Beto Richa são uma cascata a mais de um governador saudado por Aécio Neves como “o mais bem preparado homem público”.

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