domingo, 4 de outubro de 2015

As exigências da Frente Brasil Popular

Foto: Jornalistas Livres
Da Rede Brasil Atual:

O Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e contra o Ajuste Fiscal movimentou mais de 20 estados e o Distrito Federal, neste sábado (3), informaram os organizadores.

Organizados pela Frente Brasil Popular, os atos contam com a adesão de centrais sindicais, movimentos sociais e populares, entre eles, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Conselho de Entidades Negras (Conem), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE) e Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conan).

"Queremos tomar as ruas do Brasil inteiro em defesa da Petrobras, em defesa da democracia, contra o golpismo, contra a política econômica e pelas reformas de base que sempre propusemos”, ressaltou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Em São Paulo (SP), a concentração começou por volta das 14h, na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Petrobras, e seguiu até a Praça da Sé.

O ato também marcou o aniversário de 62 anos da Petrobras, com manifesto contra as investidas de parte da oposição que quer tirar a exclusividade da empresa, tornar inoperante o regime de partilha e restabelecer o regime de concessões.

Além da defesa da Petrobras, os manifestantes exigiraem mudanças na política econômica, com medidas que garantam a retomada do crescimento, com distribuição de renda e empregos. Os atos condenaram também a agenda golpista da direita.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi realizada ontem (2) e reuniu cerca de 800 pessoas na Praça da Candelária. A Federação Única dos Petroleitos (FUP) e os sindicatos de petroleiros do estado marcaram presença no ato, com faixas e cartazes em defesa da estatal e da companhia em benefício do povo brasileiro.

Os manifestantes também condenaram as tentativas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e as campanhas de ódio de classe e intolerância.

Em Porto Alegre (RS), manifestantes ligados à centrais sindicais movimentaram o centro da capital gaúcha, na manhã de hoje. O ato também lembrou os 62 anos da estatal. Uma caminhada foi realizada entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Praça da Alfândega, com a presença da CUT, CTB e outras entidades do setor.

A Região Metropolitana de João Pessoa (PB), também aderiu aos atos de hoje. Na cidade de Cabedelo, cerca de 500 manifestantes realizaram um protesto em defesa da Petrobras e da democracia, na manhã de hoje, de acordo com a organização.

O ato é nacional, mas a adesão da Paraíba tem um significado especial. O estado possui um porto essencial para a região, que produz uma série de recursos, e está ameaçado, segundo informou o presidente da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), Paulo Marcelo, ao portal G1.

"Não queremos deixar que o porto de Cabedelo morra, nem que a Petrobras saia daqui do estado, pois isso acarretaria prejuízos para a Paraíba", disse.

Em Fortaleza (CE), a manifestação em defesa da Petrobras, da democracia e contra o ajuste fiscal começou por volta das 9h, na Praça da Lagoinha. O ato foi marcado pela apresentação de uma pequena peça que parodiava políticos do PSDB, como os senadores Jose Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE). A apresentação mostrou os tucanos atuando para tirar Dilma da Presidência para poder entregar a Petrobras aos interesses estrangeiros.

Segundo afirmou o presidente do Sindicato dos Professores do Ceará(Apeoc), Anizio Melo, ao jornal "Estado de São Paulo", os recursos dos royalties e do Fundo do Pré-Sal "estão sob ataque das empresas americanas e de setores entreguistas no Congresso Nacional".

Em discurso, representantes das centrais pediram que a presidente Dilma Rousseff dê atenção especial para a classe trabalhadora e taxe as grandes fortunas.

De acordo com o presidente do PT Ceará, Diassis Diniz, cerca de 2 mil pessoas participaram do ato, a maioria de trabalhadores rurais vindos em caravanas do interior cearense.

1 comentários:

Luiz Mattos disse...

Valeu Miro!
Somente a participação popular nas ruas manterá a legitimidade do Governo eleito e realinha-rá a agenda progressista.