quarta-feira, 1 de julho de 2015

Aloysio Nunes mentiu? Será cassado?

Por Altamiro Borges

Na sua obsessão por desgastar a presidenta Dilma Rousseff, a mídia venal deu enorme destaque nesta semana à "delação premiada" do empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. No processo de vazamento seletivo da midiática Operação Lava-Jato, o delator vigarista afirmou que fez doações para dois ministros do atual governo e para políticos de 18 partidos. A mídia seletiva fez questão de ofuscar que as doações para a campanha do cambaleante Aécio Neves foram bem maiores do que as feitas para a candidata petista. Pior ainda: ela está escondendo uma grave suspeita que pesa contra o senador paulista Aloysio Nunes, o velhaco que foi vice na chapa derrotada do tucano no ano passado.

'Veja' acionada por capa contra jovens

Por Altamiro Borges

Em plena ofensiva reacionária da "bancada do BBB" - bala, boi e bispo - pela redução da maioridade penal, a "Veja" exibiu na semana passada uma capa sensacionalista com quatro menores e a manchete terrorista: "Eles estupraram, torturaram, desfiguraram e mataram. Vão ficar impunes". Nesta terça-feira (30), porém, a edição criminosa sofreu um baque. A Defensoria Pública de São Paulo moveu ação contra a Editora Abril por "violar os direitos dos adolescentes à inviolabilidade de imagem e à privacidade" e por "facilitar a identificação dos rapazes", estimulando represálias e linchamentos.

Sobre a popularidade negativa de Dilma

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Antes de iniciar a análise dos números do Ibope sobre a aprovação do governo, façamos uma ressalva.

A pesquisa mais importante numa democracia, a única que não erra, para o bem ou para mal, é o sufrágio.

No entanto, é evidente que um governo democrático, num país com instituições ainda frágeis, e com uma cultura política traumatizada por 21 anos de ditadura, precisa de bons índices de aprovação para manter a estabilidade política.

Obama e os que não confiam no Brasil

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Na entrevista coletiva que Dilma Rousseff e Barack Obama concediam após o encontro dos dois na Casa Branca, na manhã desta terça-feira, uma repórter brasileira perguntou ao presidente americano se ele considerava o Brasil uma potência regional parceira dos EUA.

Diante da sabujice da pergunta, Obama deu uma lição a ela e aos brasileiros que estão deixando de acreditar no nosso país:

Enfrentar sem trégua a onda conservadora

Editorial do site Vermelho:

Estamos em meio a uma revigorada ofensiva da direita.

A receita de desmoralizar o PT e a esquerda, ao mesmo tempo em que se aposta no agravamento da crise econômica é o mote que unifica os inimigos do povo, protegidos por uma avalanche incessante de mentiras e distorções veiculadas pelos jornais, TVs, rádios e portais da mídia empresarial.

Desafio de Dilma será reagir à crise

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A presidente Dilma cumpre hoje a última etapa de sua viagem aos Estados Unidos, visitando o Vale do Silício na Califórnia. Foi prestigiada por Barack Obama, restaurou os laços bilaterais abalados há dois anos e teve contatos importantes com investidores. Uma viagem exitosa cujo brilho só foi tisnado pelo tanto que ela falou sobre Lava Jato e delações. Poderia ter recorrido ao velho chavão de presidentes em viagem: “não falo sobre assuntos domésticos fora do Brasil”. De volta, ela encontrará a crise política em outro patamar e terá de estar preparada para o avanço da ofensiva adversária, que só pode ser detido por uma reação muito vigorosa. É disso que se ocupa Lula neste momento.

Brasil entre a desesperança e a inclusão

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Poucas vezes um diálogo tão breve, transmito direto pela TV, revelou de forma tão significativa os dilemas e as interpretações contraditórias sobre o Brasil. Faustão no seu papel de propagandista do sentimento que a direita tenta impor ao país, tentou condicionar a resposta da Marieta Severo, com a palavra chave da oposição: desesperança.

O que ainda mantém Cardozo no governo?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

A atuação do ministro José Eduardo Cardozo à frente do Ministério da Justiça é um daqueles enigmas capazes de devorar quem não for capaz de decifrá-lo. Se a Polícia Federal se transformou num monstro antirrepublicano completamente fora de controle, como todas as evidências apontam, o ministro a quem a PF deve obediência e subordinação tem de ser demitido em nome da preservação da hierarquia. No seu lugar, deve entrar alguém com capacidade para pôr o guizo no gato, freando as ações pirotécnicas e midiáticas da PF contra o PT, enquanto poupa adversários do governo.Contudo, permanece o mistério : por que será que o ministro Cardozo ainda não foi afastado pela presidenta Dilma?

Enfrentar a grave crise política

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A instabilidade política em nosso país se agrava. A autoridade presidencial é questionada e vive-se uma descontrolada e selvagem situação institucional. Os partidos da oposição – tendo o PSDB à frente – são instrumentos da mídia hegemônica e de seus patrões na guerra aberta e camuflada para derrotar a esquerda, sendo o PT sua expressão principal, com o objetivo de desacreditar e derrubar a presidenta Dilma Rousseff e criminalizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


A corrida para entregar o pré-sal

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Da Agência Senado, agora há pouco:

Ao chegar ao Senado nesta quarta-feira (1º), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que os senadores vão priorizar a apreciação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora exclusiva e possuir participação mínima de 30% nos consórcios de empresas que venham a ser contratados, mediante licitação, para exploração e produção de petróleo no pré-sal e em áreas estratégicas.

Obama e o complexo de vira-lata da Globo

Por Altamiro Borges

A jornalista Sandra Coutinho, correspondente da GloboNews nos EUA, não vive bons momentos. Na semana passada, ela foi multada por ultrapassar um sinal com a sua bicicleta. Já nesta terça-feira (30), ela passou o maior vexame em plena Casa Branca ao replicar o complexo de vira-lata de seus patrões - os três filhos de Roberto Marinho, que não têm nome próprio, segundo o blogueiro Paulo Henrique Amorim. Diante dos holofotes do mundo inteiro, a repórter tentou emparedar a presidenta Dilma: "O Brasil se vê como ator global e liderança no cenário mundial, mas os EUA nos veem como potência regional. Como você concilia essas duas visões?", indagou. De imediato, o presidente Barack Obama tomou a palavra e deu um chega para lá na correspondente colonizada da Rede Globo:

'Folha' ama delatores desde a ditadura

Por Altamiro Borges

O jornal "Folha de S.Paulo" - o mesmo que ajudou a criar o clima fascista para o golpe de 1964 e que apoiou os setores mais truculentos da ditadura militar, com suas torturas e assassinatos - não gostou das respostas de Dilma Rousseff durante sua visita aos EUA. Perguntada sobre a midiática Operação Lava-Jato - com suas "delações premiadas" e premeditadas, seus vazamentos seletivos e suas prisões e métodos ilegais de obter confissões -, a presidenta foi enfática: "Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas e garanto a vocês que resisti bravamente".

Idade penal: como votou cada deputado

Por Altamiro Borges

A campanha de ódio difundida diariamente pelos programas policialescos de rádio e televisão não foi suficiente para garantir a redução da idade penal. Numa votação apertada e histórica, que varou a madrugada desta quarta-feira (1), a Câmara Federal rejeitou a proposta que reduziria a maioridade de 18 para 16 anos para os crimes graves. O placar final: 303 deputados votaram a favor, 184 contra e 3 se abstiveram. Por se tratar de um projeto de emenda à Constituição, sua aprovação exigia no mínimo 308 votos favoráveis. A "bancada do BBB" - bala, boi e bispo - foi a principal derrotada na votação. O presidente lobista Eduardo Cunha, que acelerou a tramitação do projeto, também sentiu o baque.