quinta-feira, 5 de maio de 2016

Queda de Cunha pode anular impeachment

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Conforme o ministro Teori Zavascki ia explanando as razões pelas quais aceitou (com quase cinco meses de atraso) a moção do procurador-geral da República, feita em dezembro último, pelo afastamento do agora ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, muitos dos que assistiram àquela cena podem ter se surpreendido.

Enquanto os golpistas babam ódio contra Dilma Rousseff e Lula, acusando-os de tudo e mais um pouco, a Casa dos Representantes do Povo jazia paralisada pela ação de Cunha, eximindo-se de votar matérias de interesse da nação em benefício único e exclusivo do agora já defenestrado ex-presidente daquela Casa.

A indiferença nazista da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A entrevista com o professor Wanderley Guilherme, publicada hoje no Cafezinho, traz um alerta importante a todos os brasileiros, em especial à comunidade política: estamos entrando num período de profundas instabilidades, porque o golpe, até o momento, foi apenas político. Para se consumar integralmente, ele precisará ser também um golpe social, ou seja, terá que usar de violência para coagir, intimidar e aniquilar todas as instâncias sociais que não o aceitam como um processo democrático e legítimo.

Alckmin e o fechamento das salas de aula

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Apesar de derrotado pela mobilização estudantil em 2015 e proibido pela Justiça de colocar em prática a chamada reorganização escolar, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), continua fechando escolas por baixo do pano e sob vistas grossas da grande mídia paulista. Ou seja, está em marcha uma reorganização tucana da rede pública de ensino, silenciosa e planejada com fins de reduzir o investimento público.

Pós-Cunha e o destino do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Chegamos ao ponto de o STF afastar um presidente da Câmara porque faltou vergonha na cara à maioria dos deputados, boa parte dela devedora de vassalagem a Eduardo Cunha. É verdade que com 125 dias de atraso em relação ao pedido do procurador-geral apresentado em 15 de dezembro, período em o presidente da Câmara abriu caminho para o impeachment da presidente Dilma num processo que fere a democracia brasileira e desata uma crise de desfecho imprevisível.

Temer repassa "tarefas difíceis" a Cunha

Cunha e o banditismo do impeachment

Por Jeferson Miola

Ganha uma viagem à lua com direito a um passeio sideral quem descobrir algum motivo que não existia em 15 de dezembro de 2015 e que passou a existir neste 5 de maio de 2016 para o juiz do STF Teori Zavascki finalmente determinar o afastamento de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.

Em 15 de dezembro de 2015, o Ministério Público pediu ao STF o afastamento de Cunha, cuja extensa ficha criminal já era de conhecimento público.

João Doria, o “sem vergonha” ficou nu!

Por Altamiro Borges

Na campanha para se tornar o candidato do PSDB à prefeitura paulistana, o empresário-picareta João Doria, o Junior, relembrou a sua conduta fascista na origem do fracassado movimento "Cansei", que reuniu a nata da elite no início do segundo mandato de Lula. Arrogante e agressivo, ele assustou até históricos tucanos, que foram atropelados pelo 'filhote' de Geraldo Alckmin. Em vários discursos, ele se referiu ao ex-presidente como "sem-vergonha", "cara-de-pau", "bandido" e outros adjetivos. Mas a vida é cruel. E agora, com a revelação das suas contas ilegais no exterior, é João Doria - e, de quebra o seu padrinho, o governador paulista - que fica com a pecha de "sem-vergonha" e "bandido".

Depois do golpe, STF "descarta" Cunha

Por Altamiro Borges

Após comandar o golpe no Brasil - com várias trapaças regimentais e as cenas patéticas da aprovação do impeachment de Dilma transmitidas ao vivo -, o correntista suíço Eduardo Cunha parece que está sendo descartado como bagaço pela direita nativa. Nesta quinta-feira (5), o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar suspendendo o seu mandato e, como consequência, afastando-o da presidência da Câmara dos Deputados. A medida ainda será analisada pelo pleno do STF e o lobista, famoso por suas práticas agressivas, já anunciou que resistirá à decisão. O Judas Michel Temer, seu aliado na conspiração, que se cuide com o ventilador no esgoto.

CPI propõe maior controle da internet

Por Étore Medeiros, na Agência Pública:

Depois de quase um ano de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados terminou, nesta quarta-feira (4), com a proposta de ampliar o controle sobre a internet no Brasil. Mais que combater crimes on-line, os projetos de lei apresentados como resultado da CPI colocam em risco a privacidade e a liberdade de expressão dos internautas brasileiros.

A votação do relatório final da CPI aconteceu na mesma semana em que uma ordem judicial suspendeu o WhatsApp por mais de 24 horas, alterando a rotina de milhões de brasileiros. Embora tenham demonstrado preocupação com o efeito dos bloqueios, os deputados preferiram manter no relatório final a possibilidade de suspensão de páginas e aplicativos. Foram excluídos apenas os mensageiros instantâneos.

Você não pode ficar calado!

Monopólio da mídia não é gol; é golpe!

Torcedores do Santa Cruz exibem faixa contra a Globo em partida pela Copa do Nordeste
Por Felipe Bianchi, no site Vermelho:

Esqueça aquele papo de que o futebol é o ópio do povo. No Brasil, as coisas estão esquentando e parece que o golpe em curso contra a democracia, amparado pelos grandes meios de comunicação e, em especial, a Rede Globo, esquentou de vez o clima nas arquibancadas.
Já são incontáveis as manifestações de torcidas e grupos de torcedores nas ruas e nos estádios, e o papel jogado pelo monopólio midiático no processo ilegal de impeachment de Dilma Rousseff deve ser o estopim de uma nova fase de luta e resistência.

Queda de Cunha é mais um lance do golpe

Por Renato Rovai, em seu blog:

Depois de fazer o que se esperava dele, coordenar o processo de impeachment de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi afastado do mandato e do cargo pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.

Antes se assegurou que nada iria dar errado. Esperou-se que o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), um golpista que não se intimida de ter praticado as mesmas ações administrativas que estão levando Dilma ao impeachment quando era governador do seu estado, fizesse um relatório condenando-a.