sexta-feira, 22 de julho de 2016

A falácia do rombo na Previdência

Por Paulo Paim e Vilson Antonio Romero, na revista Teoria e Debate:

Chega de mentiras. É preciso passar a limpo a atual discussão sobre reforma da Previdência Social. Aliás, falar em “atual discussão” parece até brincadeira, já que é público o fato de que sucessivos governos espalham aos quatro ventos, há anos, o discurso de que o sistema é deficitário e o usam como desculpa para novas alterações. É mentira! Não há déficit e vamos comprovar.

Primeiramente, a Previdência faz parte de algo maior. Ela integra o sistema de proteção criado na Constituição Cidadã de 1988, chamado de Seguridade Social, que inclui o tripé previdência, saúde e assistência social. Pela Carta Magna, a previdência tem caráter contributivo e filiação obrigatória, a saúde é um direito de todos, e assistência social, destinada a quem dela precisar.

Médicos exigem saída do ministro da Saúde

11 perguntas sobre Temer e o Porto de Santos

Por Marcelo Auler, no blog Diário do Centro do Mundo:

1 – Qual o envolvimento de Michel Temer com o Porto de Santos?

A partir de meados dos anos 90, depois de ter exercido os cargos de Procurador Geral do Estado e de Secretaria de Segurança, ambos os cargos nos governos de Franco Monto e Luiz Antônio Fleury, exerceu mandatos por duas vezes (1987 e 1990) como suplente de deputado federal. Foi conquistar seu próprio mandato em 1995, tornando-se líder da bancada do PMDB apoiado pelo grupo quercista.

Nessas condições, passou a indicar os presidentes da Companhia de Docas do estado de São Paulo, tais como Marcelo de Azeredo (junho de 1995 a maio de 1998), Paulo Fernandes do Carmo (maio de 1998 a abril de 1999) sendo sucedido por outro peemedebista indicado por Temer: Wagner Rossi (1999/2000, por um ano e sete meses).


João Santana e o objetivo único da mídia

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Aproxima-se a votação final do impeachment no Senado e a Lava Jato volta a exercer o seu papel no golpe: subsidiar a mídia cartelizada com manchetes envolvendo o PT para manter a mobilização da opinião pública contra o partido e assim pressionar os senadores a não se atreverem a sair do script golpista.

Aqui cabe um parêntese: uma das muitas evidências de que esse impeachment é uma grande farsa é o fato de que ele não tem nada a ver com a Lava Jato. A operação é usada para mobilizar a população e os parlamentares contra o PT porque é impossível mobilizar alguém para derrubar a presidenta eleita com a justificativa oficial do impeachment - operações contábeis que não causaram prejuízo aos cofres públicos e foram realizadas sem qualquer questionamento por FHC, Lula, vários governadores e inclusive por Michel Temer no seu mandato interino, claro que agora com o aval do "órgão técnico" TCU -.

Rodrigo Maia, um neoliberal convicto!

Por Marcos Verlaine, no site Vermelho:

Sob o novo comando político na Câmara, a agenda anti-trabalhador, com o redirecionamento do papel do Estado brasileiro, ganha impulso e condições de ser levada a cabo.

As crises política, econômica e ético-moral, que colapsaram o governo Dilma, e tiveram como desdobramento a autorização da Câmara para o impedimento do mandato da presidente Dilma Rousseff, em grande medida, têm o seu desfecho consumado com a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara. Em síntese, o projeto neoliberal acaba de ser ressuscitado/resgatado, com Maia no comando da Casa.

Temer receia ter sido gravado por Cunha

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O presidente interino Michel Temer anda tenso às vésperas de uma decisão final do Senado sobre o impeachment. Desconfia que pode ter sido gravado pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu por corrupção na Justiça e à beira da cassação na Câmara.

A suspeita de Temer surgiu em um encontro recente com Cunha no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. O réu teria encaminhado a conversa de modo estranho, ao “lembrar” o interino de certas parcerias deles no passado. Histórias pouco republicanas, presumivelmente.

Sindicalismo e mídia em tempos de golpe

A Folha, o sapo e o escorpião

Por Bepe Damasco, em seu blog:                

A escancarada fraude estatística do Datafolha, que, para influenciar a decisão definitiva do Senado sobre o golpe contra a presidenta Dilma, minguou o contingente da população que vê a eleição antecipada como a saída para a crise de 62% para 3% remete à trajetória dos institutos de pesquisa no Brasil.

Examinar a atuação do Datafolha e do Ibope nas campanhas eleitorais nos últimos 30 anos é deparar com um sem número de erros e manipulações grosseiras. Não por acaso a maioria esmagadora das falhas graves acontece em desfavor dos candidatos do campo da esquerda.

Internet sob ataque do governo golpista

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O anúncio de que o governo interino de Michel Temer vai trocar a diretoria da Telebras, substituindo na presidência da empresa o petista Jorge Bittar pelo executivo Antônio Loss, que já prestou serviços à Oi, entre outras alterações, não é uma medida isolada. “Faz parte de um contexto”, diz o sociólogo Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC). “Faz parte do desmonte das políticas públicas de inclusão digital e de telecomunicação. Faz parte da privatização extrema que os golpistas vêm para fazer.”

Olimpíada e a isenção fiscal da TV Globo

Por Altamiro Borges

Em seu blog hospedado no UOL, o jornalista Rodrigo Mattos revelou nesta semana que “a Olimpíada do Rio-2016 dará isenção fiscal para um total de 780 entidades e empresas. Entre elas, estão gigantes como a Globo, a Odebrecht, o Bradesco, a Coca-Cola e a Nike. Além disso, firmas de pessoas ligadas ao presidente do Comitê Organizador do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, também são favorecidas. A Receita Federal confirmou o benefício aos integrantes da lista, mas não informou a parte de cada um no bolo”. O total das isenções é de R$ 3,8 bilhões – e, logicamente, as “gigantes” são as maiores beneficiadas.