domingo, 13 de novembro de 2016

Lava-Jato e a destruição da economia

Janelas fechadas para regulação da mídia

Por Giovana Teodoro, no site Manchetômetro:

A sessão “Tendências e Debates” do jornal Folha de S. Paulo do último dia 23 publicou o artigo “A janela não responde pela paisagem”, escrito por Pierre Manigault, presidente do jornal norte-americano The Post and Courier. Para Manigault, as críticas à performance da mídia brasileira nos últimos tempos são uma grande injustiça – são críticas cujo único fundamento seria o inconformismo com o “livre exercício do jornalismo profissional”. O texto vai além, e ataca diretamente iniciativas de regulação da mídia no continente latino-americano como a Lei de Meios argentina – segundo Manigault, a Lei de Meios seria um exemplo de líderes latino-americanos atuando com o “desejo de intimidar e controlar a mídia independente”.

Temer é pior que Trump

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Enquanto os analistas se engasgam em explicações sobre vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, o mundo parece viver um pesadelo antecipado. Afinal, se o futuro presidente norte-americano for apenas a ínfima parte do que se arroga, o mundo tem um deserto a atravessar nos próximos anos. Preconceito, machismo, xenofobia, racismo, indigência intelectual, belicismo como política de afirmação nacional, demagogia, oportunismo, homofobia, desrespeito aos direitos humanos, ausência de solidariedade, fanatismo e uma série interminável de defeitos de alma.

Alexandre Garcia, o inimigo das ocupações

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando os cientistas conseguirem criar um híbrido de Arnaldo Jabor e Doutor Cuca Belludo, o resultado será Alexandre Garcia.

Garcia é o rei do comentário pedestre, óbvio, o senso comum corporificado numa barba bem aparada e numa fala soporífera. Exceto quando se trata de emitir opinião sobre estudantes, cotistas, médicos cubanos - aí sua segunda natureza aflora.

PEC do Teto: Brasil e o consenso do atraso

Por Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo, na revista CartaCapital:

No Brasil do teto para os sem-teto, a vulgaridade escapou dos salões dos bem-nascidos para escalavrar as casinholas dos esquecidos. Veja o caro leitor: a proposta de congelamento por 20 anos das despesas primárias domina o debate econômico. O assunto é discutido à sombra do “consenso” nascido nos escombros da super-recessão deflagrada entre o fim de 2014 e o início de 2015. A ladainha reza que o governo central expandiu as despesas como nunca, produziu déficits primários, ampliou a dívida, provocou inflação, derrubou a confiança e atolou a economia na recessão.

Cabeça do ovo e a piscina do Alvorada

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Surreal e kafquiana, para dizer o mínimo, a nova investigação em curso para saber se a Odebrecht teria "beneficiado" Lula fazendo, de graça, consertos na piscina do Palácio do Alvorada.
 
"Beneficiado", como? Lula, agora, virou dono do Palácio do Alvorada? Se a construtora consertou a piscina do palácio, ótimo. Ela arrumou e valorizou o patrimônio público. Nesse caso, qual foi o prejuízo para o erário?
 
Ou o Sr. Luis Inácio, já acusado antes - sem provas - de "roubar" crucifixos, faqueiros "fakes", cujas fotos foram tiradas de um site de leilões dos EUA, etc, saiu com a piscina debaixo do braço, quando deixou de ser Presidente da República?
 

Os estudantes querem um outro Brasil

Estudantes e educadores de Capitão Enéas/MG. Foto: Mídia Ninja
Por Leonardo Boff, em seu blog:

Seria ingênuo pensar que o movimento dos estudantes ocupando escolas e universidades se esgota na crítica de um dos mais vergonhosos projetos já havidos, da reforma do ensino médio ou no protesto contra a PEC 241 da Câmara e agora PEC 55 do Senado, PEC da brutalização contra os mais vulneráveis da nação. O que se esconde atrás das críticas é algo mais profundo: a rejeição do tipo de Brasil que até agora construímos e de política, corrupta feita por parlamentares em proveito próprio. Junto vem o lado mais positivo: a demanda por uma outra forma de construir o Brasil e de reinventar uma democracia, não de costas para o povo, mas com ele participando nas discussões e decisões das grandes questões nacionais.


A piscina do Lula e a filha do Alckmin

Por Renato Rovai, em seu blog:

A manchete do dia da Folha de S. Paulo e o principal destaque do UOL, que é verdadeiramente o que importa, é a suspeita de que a Odebrecht pode ter feito uma pequena reforma na piscina do Palácio do Alvorada quando Lula era presidente da República, em 2008.

E que essa reforma não teria sido paga pelo dinheiro do contribuinte. Ou seja, não teria sido feita uma licitação pra realizar a obra.

O caso está sendo apurado pela Polícia Federal, segundo a matéria. E pode ser utilizado como prova de que o ex-presidente foi beneficiado pela Odebrecht quando no exercício do poder.

Temer, o misógino exterminador do futuro

Por Manoel Fonseca, no site Vermelho:

O ódio pelos trabalhadores e pelos pobres, especialmente pelas mulheres e crianças pobres, de que o governo Temer é possuído, é avassalador. Os projetos de reforma trabalhista e da previdência social têm o objetivo de retirar, reduzir ou dificultar o acesso a direitos já adquiridos pela classe trabalhadora, como férias remuneradas, 13º salário, licença paternidade e licença maternidade antes de dez meses de contribuição previdenciária. Reduz o acesso à licença maternidade remunerada para quem não contribuiu, pelo menos, durante dez meses para a previdência, afeta jovens mulheres ou trabalhadoras incorporadas ao mercado de trabalho a menos de dez meses do parto. Esta proposta se reveste de uma maldade ímpar e se enquadra como uma perversão misógina e pedófoba.

Justiça inocenta Alckmin e Doria. Outra vez!

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Se depender do Poder Judiciário de São Paulo, que parece um poleiro de tucanos, Geraldo Alckmin nunca será incomodado. Afinal, ele é um “santo” – não aquele que aparece na planilha de propina da Odebrecht. Nesta quarta-feira (9), a Justiça Eleitoral negou a denúncia contra o governador por abuso de poder político para favorecer o seu filhote, João Doria, na disputa pela prefeitura da capital paulista. A acusação foi feita inclusive por dirigentes do próprio PSDB, como o ex-vice-governador Alberto Goldman, que deflagraram sangrentas guerras no ninho para se contrapor à postura truculenta do “picolé de chuchu”, que tenta viabilizar a sua candidatura presidencial pela sigla em 2018.

Crivella suspenderá as parcerias com a Globo?

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A realidade é sempre contraditória. Por incrível que pareça, o novo prefeito do Rio de Janeiro, o fundamentalista Marcelo Crivella, pode causar uma baita dor de cabeça à famiglia Marinho, dona da poderosa Rede Globo. Nas eleições de outubro, o império midiático fez de tudo para demonizar a campanha do bispo, que é dos chefões da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), proprietária da rival TV Record. Agora, eleito, ele pode partir para a “guerra divina” contra a famiglia Marinho, que se considera dona da cidade maravilhosa. Caso não ocorra um pacto diabólico, a Rede Globo poderá sofrer graves prejuízos, como atesta reportagem da Folha publicada nesta quarta-feira (9).