sábado, 24 de junho de 2017

Greve geral: centrais desmentem a mídia

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, a mídia patronal fez de tudo para estimular a cizânia no sindicalismo com o objetivo de enfraquecer a greve geral marcada para 30 de junho. A revista Época, da famiglia Marinho, foi a primeira a difundir notícias falsas (“fakes”): “Após reabrir conversas com representantes do governo e ouvir apelos, Força Sindical e UGT desistiram de participar da greve geral. Os dirigentes das duas centrais acreditam que a greve se resumiria a um protesto ‘Fora, Temer’ e deixaria de lado questões que consideram importantes, como a reforma trabalhista e a da Previdência”, postou na semana passada.

Na sequência, outros veículos da chamada grande imprensa garantiram que o protesto corria o risco de ser desmarcado. O único sindicalista ouvido foi o deputado Paulinho da Força (SD-SP), que sempre fez jogo duplo diante do covil golpista. As manipulações da mídia privada – nos dois sentidos da palavra – têm motivos óbvios. Segundo levantamento feito pelo site “Repórter Brasil”, ela tem dado total apoio às contrarreformas trabalhista e previdenciária. Na TV Globo, por exemplo, quase 90% da “cobertura jornalística” é favorável às maldades do Judas Michel Temer.

Diante da difusão destes “fakes” patronais, que visam confundir a sociedade, as centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (23) e divulgaram nota conjunta reafirmando a convocação do protesto. Vale conferir:

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30 de junho – Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria

As Centrais Sindicais têm acompanhado cotidianamente os desdobramentos da crise econômica, política e social, bem como a mais ampla e profunda tentativa de retirada dos direitos dos trabalhadores, através da tramitação das Reformas Trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional.

A ação unitária das Centrais Sindicais tem resultado em uma grande mobilização em todos os cantos do país, como vimos nos dias 08 de março, 15 de março, na Greve Geral de 28 de abril e no Ocupa Brasília em 24 de maio. Como resultado do amplo debate com a sociedade e das mobilizações, conseguimos frear a tramitação da Reforma da Previdência e tivemos uma primeira vitória na Reforma trabalhista, com a reprovação na CAS (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).

Mas ainda não enterramos essas duas reformas, e por esse motivo, continuamos em luta.

Nesse contexto, as Centrais Sindicais reunidas no dia de hoje conclamam todas as entidades de trabalhadores a construir o dia 30 de junho de 2017 e o seguinte calendário de luta:

• 27 de junho: audiência dos Presidentes das Centrais Sindicais no Senado;

• 27 a 29 de junho: atividades nos aeroportos, nas bases dos senadores e no senado federal;

• 30 de junho: Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria.

• No dia da Votação da Reforma Trabalhista no Senado: mobilização em Brasília

Estamos certos de que a unidade de ação é crucial na luta sindical sobretudo em momentos conturbados como o que atravessamos.

- CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil

- CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

- CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

- CSP Conlutas – Central Sindical e Popular

- CUT – Central Única dos Trabalhares

- Força Sindical

- Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

- NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

- UGT – União Geral dos Trabalhadores


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