quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Meirelles é um "funcionário de banco"

Por Lucas Rohan, no site Sul-21:

O senador Roberto Requião (PMDB) fez duras críticas à política econômica do Governo de Michel Temer chamando o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de “funcionário de banco” e “vendedor de cartão de crédito” durante intervenção na terceira edição do ano do Fórum dos Grandes Debates com o tema “O Papel do Estado e o Desenvolvimento do País”, realizado na noite de quarta-feira (9) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

“Quem governa o Brasil hoje é o Bradesco e o Itaú”, disparou o senador paranaense, que chamou o projeto “Ponte para o Futuro”, apresentado pelo seu partido, de “proposta neoliberal”. “Não se pode servir ao povo e ao capital vadio”, argumentou o senador. Ele participou do evento ao lado do economista Márcio Pochmann e o médico e vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino.

Requião disse ainda que episódios como a negativa da Câmara em aceitar a denúncia contra Temer estão transformando o Brasil em uma “piada” e defendeu a realização de eleições presidenciais seguidas de um referendo revogatório “de todas essas asneiras”, como o senador se referiu às reformas impulsionadas por Temer.

“O Michel nunca se preocupou com economia”, criticou, agregando que a saída para o desenvolvimento do país é fazer “exatamente o contrário” do que está sendo feito por Temer. “E esperem muito pouco do parlamento brasileiro”, completou.

Antes de Requião, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto (PT), também havia feito referência às reformas. “Eu tenho posição diante deste momento: sou contra as ditas reformas impostas por Temer. Ou se é a favor dos trabalhadores, ou contra eles”, disse.

Durante sua fala, o economista Márcio Pochmann disse que vê o atual momento como uma oportunidade “para mudar, de fato, o Brasil” e, após citar casos externos de países que aproveitaram momentos de instabilidade para fazer profundas transformações, defendeu que “a crise profunda do Brasil não será solucionada com saídas tradicionais”.

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