quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cuba e a marcha ré dos EUA

Charge: Alfredo Martirena/Rebelión
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

O presidente Donald Trump deu marcha a ré em tudo o que vinha sendo feito pelo seu antecessor, Barack Obama, nas relações dos Estados Unidos com Cuba. Já era pouco, embora com clareza, num bom caminho.

Era um processo em marcha lenta, mas é inegável que bons avanços haviam sido realizados pra encurtar as distâncias diplomáticas entre os dois países, que geograficamente estão praticamente colados.

A posição de Trump sobre o assunto já era por demais conhecida, mas ele deixou pra fazer o anúncio oficial no reduto anticubano de Maiami, um foco de contrarrevolucionários fugidos da Ilha desde a época da gloriosa tomada do poder pelo povo, em 1959.


As provas de que o triplex não é de Lula

Do site Lula:

A Defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou suas alegações finais nesta terça-feira (20) no processo que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba referente a um edifício triplex no Guarujá. Na peça processual, estão anexados documentos que mostram que o imóvel objeto da ação judicial tem, desde 2010, seus direitos econômicos vinculados a um fundo de investimentos controlado pela Caixa Econômica Federal. Isso significa que a OAS, proprietária do bem na escritura registrada em cartório, não poderia fazer qualquer movimentação sem que a Caixa fosse informada, anuísse e recebesse por isso.

Nas trapalhadas do Planalto, a CIA e a URSS

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em meio ao clima de barata voa reinante em Brasília, duas siglas emblemáticas da Guerra Fria se juntaram nesta segunda-feira no pacote de trapalhadas do Palácio do Planalto.

A extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) ressuscitou na agenda presidencial e o chefe da CIA, a central de inteligência americana, teve sua identidade revelada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Antes da partida do voo para Moscou, com três horas de atraso, o site oficial do Palácio do Planalto anunciou a viagem do presidente Michel Temer para a República Socialista Federativa Soviética da Rússia, a antiga denominação do país durante o regime comunista, que durou de 1917 a 1991.

A recessão brasileira acabou?

Por Ricardo Carneiro, na revista CartaCapital:

Instigados por alguns indicadores positivos da economia brasileira nos últimos meses, a mídia especializada e várias associações patronais decretaram o fim da recessão econômica no País. Uma análise mais equilibrada mostra contudo uma alta ambiguidade desses indicadores, dos quais se pode inferir apenas que a velocidade da queda do PIB tem diminuído.

Concluir diferentemente e enxergar indícios de recuperação parece ser excesso de otimismo. Ou seja, não há respostas para a pergunta se a economia brasileira caminha para a recuperação ou à estagnação, examinando-se exclusivamente os dados estatísticos. Eles têm que ser interpretados por princípios analíticos mais sólidos para conduzir a uma conclusão mais robusta.

Globo decide combater a blogosfera

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Conversa Afiada separou o trecho do discurso de Roberto Irineu Marinho, presidente do grupo Globo, em que ele praticamente admite que a preocupação central da Globo é com os seguintes temas: “guerra da contrainformação”, “fatos alternativos”, “teorias da conspiração” e o “mar de mentiras que nos assola, principalmente através da internet e das redes sociais”.

Segue abaixo, o trecho. Eu volto em seguida para comentar.

(…) A principal característica dessa crise política não é apenas a imprevisibilidade e o alto grau de incerteza, pois isso já aconteceu antes, é a guerra da contrainformação, dos fatos alternativos, das teorias da conspiração e, porque não dizer, do mar de mentiras que nos assola, principalmente através da internet e das redes sociais.

CTB-SP debate os desafios da conjuntura

Do site da CTB-SP:

No próximo final de semana, dias 24 e 25 de junho, a CTB-SP realizará seu 4º Congresso Estadual. A Central reunirá cerca de 250 delegados (as) e dirigentes sindicais para debater a conjuntura política nacional e estadual, aprovar o plano de lutas para o próximo período e a direção que conduzirá a entidade pelos próximos quatro anos.

Segundo Onofre Gonçalves, presidente estadual da CTB, o Congresso acontece em meio ao recrudescimento da luta de classes no país. “É um momento muito difícil da história do país, repleto de crises, desemprego e ameaças aos direitos dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, é um período de tomada de consciência e de mobilização da classe trabalhadora, que tem feito uma luta sem trégua contra o governo Temer e suas reformas”.

A missão de um rato é ser um rato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer caminha, a passos largos, para deixar de ter uma minúscula biografia para ter um extenso prontuário.

Não se pode, claro, dar crédito imediato a todas as acusações, até porque os acusadores são criminosos confessos: Joesley Batista e Lúcio Funaro.

Mas elas vieram acompanhadas de gravações, malas e flagrantes que não são pequenos.

E, ainda mais convincentes por isso, encaixaram-se perfeitamente ao caráter miúdo e às práticas de vida dos acusados.

Shakespeare e a crise brasileira

Por Chico Whitaker, no site da Fundação Maurício Grabois:

Shakespeare, se vivesse no Brasil destes últimos dois anos, teria muita matéria para escrever mais algumas boas peças sobre intrigas e conspirações palacianas. Seguramente cunharia frases mais fortes do que a do príncipe Hamlet, um dos seus mais conhecidos personagens, ao lhe serem reveladas umas tantas coisas que se passavam na corte de que fazia parte: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Mas não deixaria escapar coincidências que até agora, aqui em nossas terras, não chamaram muita atenção. Como as que surgem automaticamente em nossas cabeças ao se ler artigo do jornalista Mauro Lopes, recém publicado no site Outras Palavras: “Meirelles era o presidente do JBS e não sabia de nada”.

Previdência: Excluir para crescer?

Por Bráulio Santiago Cerqueira, no site Brasil Debate:

Muito se discute sobre a proposta de reforma da previdência (PEC no 287/2016) enviada pelo governo ao Congresso em dezembro de 2016, e agora em fase de votação na da Câmara (Substitutivo do relator). Pouco se fala, no entanto, da excepcionalidade da conjuntura econômica atual e dos pressupostos ortodoxos da reforma. Trazer estas questões à baila permite compreender que a proposta governamental não constitui exigência fiscal ou demográfica incontornável, muito menos escolha socialmente promissora.

A excepcionalidade do contexto econômico da reforma: recessão e colapso da receita previdenciária

A economia brasileira encontra-se em recessão desde fins de 2014. A retração média do PIB entre 2014 e 2016 chegou a – 2,3% a.a., queda superior às experimentadas no auge da crise da dívida externa no período 1981-1983 e na sequência do Plano Collor entre 1990 e 1992 [1].

A derrota dos golpistas no Senado

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                            
O governo ilegítimo continua dispondo de ampla maioria, tanto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) como no plenário do Senado, para aprovar a reforma trabalhista. Ainda mais por tratar-se de projeto de lei, cuja aprovação depende de maioria simples.

No entanto, a vitória da oposição por 10 votos a 9, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, nesta terça-feira, 20 de junho, vai além do aspecto meramente simbólico. Ela pode ser um fator de fortalecimento da luta contra as reformas, pelo Fora Temer e Diretas Já.