sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Capitalismo, Uber e a democracia

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

O debate relativo ao aplicativo Uber, atualmente restrito a um embate entre taxistas e os motoristas precarizados dessa empresa de serviços, coloca algumas questões mais amplas e relevantes sobre o atual estágio e os novos mecanismos da acumulação capitalista no mundo e sua incompatibilidade última com a democracia substantiva.

Com efeito, o tema do Uber e dos problemas legais por ele ocasionados em todo o mundo inserem-se na questão maior da mal chamada “economia do compartilhamento” ou da “sociedade em redes”.

A (r)evolução cultural do imperialismo

Por Anderson Bahia, no site da UJS:

Em algumas das conversas frutíferas que tive nos últimos meses, alguém falou que o desenvolvimento do capitalismo, tanto na elaboração política-ideológica-filosófica quanto no salto das forças produtivas, avança tão rápido que ele não sabe o que é projetado primeiro. Se as ideias ou o desenvolvimento. A base filosófica do marxismo indica que as ideias apreendem a posteriori os fenômenos que derivam da atividade econômica, indicando uma resposta à inquietação do amigo. Mas daí não podemos concluir que os processos socioculturais precisam ser secundarizados.

Dossiê Mariana: a infâmia das corporações

Por Mauro Lopes, no site Outras Palavras:

Uma rede internacional de movimentos sociais e 18 organizações católicas, de 16 países, lançou nesta segunda-feira (23/10), em todo o mundo, um dossiê multimídia sob o título A lama da destruição, que apresenta de maneira detalhada a criminosa tragédia do rompimento da barragem do Fundão, Mariana (MG). Prestes a completar dois anos (ocorreu em 5/11/2015), foi o maior desastre ambiental da história brasileira e um dos maiores em todo o planeta.

Uma Nova Canudos no ABC paulista

Foto: Ricardo Stuckert
Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

Em 01 de setembro deste ano, cerca de quinhentas famílias organizadas em torno do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) ocuparam um terreno na zona metropolitana de São Bernardo do Campo. Em dois ou três dias eram mais de novecentas, depois 5 mil, e hoje, com dois meses de ocupação, somam mais de 8 mil famílias. O crescimento é exponencial e não se limita única e exclusivamente a sem tetos há muito esperando uma oportunidade de moradia. Gente que não consegue pagar aluguel, trabalhador muito pobre e sufocado pela recente crise, miseráveis da região e carências dos mais diversos tipos encontram muito mais do que uma lona erguida em torno de alguns pedaços de paus naquele lugar; encontram respeito e, principalmente, solidariedade.

Base aliada diminui, mas livra Temer

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

A votação da segunda denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, à época presidida por Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer foi barrada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. Com o resultado, Temer só poderá ser investigado pelos crimes de formação de organização criminosa e obstrução de justiça, que embasam a denúncia, após o final de seu mandato. No entanto, a votação dada pelos aliados desta vez foi menor que a votação da primeira denúncia, por corrupção passiva, em agosto.

Temer é o mais impopular do mundo

Da revista Fórum:

Michel Temer, depois do feito histórico de se tornar o único presidente da história do país a ser denunciado por um crime em pleno exercício do mandato, bateu um novo recorde: ele é o presidente mais impopular do mundo. Quem diz é a Eurasia, instituto de pesquisa europeu.

De acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (26), Temer tem a aprovação de apenas 3% da população, número que não chega nem perto dos presidentes tidos como mais impopulares do mundo. Para se ter uma ideia, o segundo lugar da lista de impopularidade é ocupado pelo presidente sul-africano Jacob Zuma que, como ele, também enfrenta denúncias de corrupção. Zuma, no entanto, é aprovado por 18% da população.

Lei Kandir: pacto ou pânico federativo?

Por Waldeck Carneiro, no blog Cafezinho:

Em vigor desde 1996, a Lei Kandir desonerou o ICMS incidente sobre exportações de produtos primários e industrializados semielaborados, prejudicando as contas de estados e seus municípios. É mais um exemplo de desequilíbrio na relação entre a União e os entes subnacionais, que desmonta a ideia de “pacto federativo”. A rigor, tem-se, no Brasil, forte submissão dos estados e municípios à União, que concentra a maior parte da arrecadação de tributos e ainda pode emitir moeda.

Leilão do pré-sal agride a soberania

Editorial do site Vermelho:

A festa das multinacionais petroleiras no Brasil será regada a petróleo muito mais barato que uma garrafa de refrigerante, denuncia o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel. O petróleo das áreas do pré-sal que vão a leilão nesta sexta-feira (27) vai custar uma bagatela: cada barril de 159 litros sairá por R$ 150,00, diz a denúncia.

Esta é a imagem mais visível do entreguismo do governo usurpador de Michel Temer e da direção antinacional da Petrobrás, sob o comando do capacho das petroleiras, Pedro Parente.

Defesa de Lula liquida polêmica dos recibos

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se há episódio que simboliza à perfeição como é injusta a guerra que o Ministério Público e o juiz Sergio Moro movem contra Lula desde o segundo semestre 2015, e, diga-se, concomitantemente ao início do processo de impeachment de Dilma Rousseff, esse episódio reside na polêmica desencadeada pela cobrança feita ao ex-presidente pelo juiz Sergio Moro, durante depoimento daquele a este em 13 de setembro, no sentido de que apresentasse recibos do pagamento de aluguel de um apartamento que ocupa em São Bernardo do Campo.

Quem é Carlos Marun, o deputado da dancinha

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Definida a votação em que a Câmara salvou o presidente Michel Temer de uma denúncia por formação de quadrilha e obstrução da Justiça, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) não conseguiu esconder sua alegria na noite de quarta-feira, 25. Em frente a jornalistas, dançou e cantou. "Tudo está no seu lugar. Graças a Deus, graças a Deus. Surramos mais uma vez essa oposição, que não consegue nenhuma ganhar". A música, com sua rima improvisada, foi flagrada pela Folha de S.Paulo.