quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O falso moralismo do juiz pança-cheia

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

O país se vê assaltado, neste fim de ano, de recomendações políticas inapropriadas daquele que deveria evitar a política partidária e se concentrar na interpretação equidistante, imparcial e equilibrada das leis. Sérgio Moro, o juiz de sempre.

Viaja a nossas custas para cima e para baixo, mexe e se remexe, para proselitar contra os legítimos interesses da maioria da população. Ganha, para isso, fartas diárias, prêmios, sem contar que deixa de jurisdicionar e ganha subsídios muito acima do razoável para uma massa de brasileiras e brasileiros cada vez mais desprovida de meios e de direitos.

UFMG teme a perseguição política

Por Marianna Dias

É um ultraje. A Polícia Federal extrapolou da provocação para a indignidade ao nomear a operação que conduziu coercitivamente os reitores da UFMG nesta quarta-feira (06/12) de “Esperança Equilibrista” nome da música de João Bosco & Aldir Blanc, hino do Brasil na época da ditadura e da anistia. Pior do que utilizar uma letra simbólica em uma operação que ameaça uma obra que homenageia os perseguidos políticos é fazer referência aos cartazes que defenderam o ex-reitor da UFSC, professor Luiz Carlos Cancelier que depois de ser levado ao escárnio público, não conseguiu lidar com a situação de injustiça e acabou se suicidando em Outubro.

A mídia e o voo de galinha da economia

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

A mídia e o governo tentam disfarçar, mas o resultado pífio do terceiro trimestre de 2017 desapontou todo o mundo.

O crescimento foi de apenas 0,1% sobre o trimestre anterior, quando a prévia do Banco Central era de 0,58%.

Na prática, isso significa economia estagnada. Mais que “pibinho”, é PIB microscópico, um “nanopib”.

O “nanopib” do Golpe foi aferido após o IBGE revisar a sua série e dessazonalizá-la.

UFMG e UFSC: Por que te calas, Raquel?

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os dois principais órgãos de repressão do país, Polícia Federal e Ministério Público Federal, têm novos chefes: o delegado-geral Fernando Segóvia e a Procuradoria Geral da República Raquel Dodge.

Delegados e procuradores recorrem abusivamente a uma prática inconstitucional: a condução coercitiva.

Houve um episódio trágico com o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancelier. Era o momento de uma afirmação de respeito às leis e de fim desses abusos. Era o momento de se posicionarem sobre o tema e mostrarem a que vieram.

Parceria de Doria é questionada no TCM

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A vereadora paulistana Juliana Cardoso (PT) protocolou nesta terça-feira (5) representação no Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM). A parlamentar, que integra a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal, solicita ao órgão o detalhamento dos gastos do contrato de gestão 05/2014 com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), cujo aditivo aprovado pela gestão de João Doria (PSDB) não discrimina as despesas.

Caos social à vista e retomada distante

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

À vontade com a nova lei trabalhista sancionada por Michel Temer, o grupo universitário privado Estácio de Sá demitiu no início da semana 1.200 professores em um cenário nacional que soma 12,74 milhões de desempregados.

Em entrevista ao Portal Vermelho, Clemente Ganz, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) afirmou que o momento confirma a previsão do órgão de que a reforma trabalhista geraria caos social, com o trabalhador refém do empregador e também pode se confirmar um tiro no pé de qualquer retomada do crescimento.

O combate à contrarreforma da Previdência

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Trava-se uma intensa disputa política no país em torno da reforma da Previdência Social. De um lado, estão o Executivo e sua base parlamentar no Congresso, os agentes do mercado, capitaneados pelos investidores financeiros, e a grande mídia. De outro lado, estão a maioria dos eleitores, principalmente os trabalhadores do setor privado, os servidores públicos, os atuais aposentados e os pobres que recebem benefícios da seguridade social.

O capitalismo é compatível com a democracia?

Ilustração: Maram Heshan
Por Alejandro Nadal, no site Carta Maior:

A estabilidade social e econômica dentro do sistema capitalista enfrenta dois problemas essenciais. Por um lado, as contínuas crises e a feroz competição intercapitalista fazem da acumulação de capital um processo inseguro. Por outro, o conflito na distribuição de renda constitui uma permanente ameaça de ruptura social. A democracia está no coração destas duas fontes de tensão sistêmicas.

Para introduzir algumas definições operativas é preciso vamos definir que consideramos democracia o sistema no qual todos os cidadãos adultos têm direito a voto (sufrágio universal), há eleições livres e são protegidos os direitos humanos a partir de um bem estabelecido Estado de direito. O capitalismo é um sistema onde uma classe dominante se apropria do excedente do produto social não através da violência e sim do mercado.

Por Israel, Trump atropela todos

"Eu não sou a capital de Israel, Trump"
Ilustração: Rasha Mahdi
Por Mouin Rabbani, no site Outras Palavras:

Por setenta anos, os EUA, pelo menos formalmente, alinharam sua posição sobre Jerusalém com a da comunidade internacional e o direito internacional. De acordo com a Resolução 181 da ONU, que recomenda a divisão da Palestina, aprovada pela Assembléia Geral em 29 de novembro de 1947, a Cidade Santa ficou “estabelecida como um corpus separatum sob um regime internacional especial”. A conquista de Jerusalém Oriental por Israel durante a guerra árabe-israelense de 1948 e, sem seguida, a anexação pela Jordânia a em 1950 nunca foram reconhecidas. Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967; em 1980, o Knesset [parlamento israelense] aprovou uma lei afirmando que “Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel”. A Resolução 478 do Conselho de Segurança declarou a medida “nula e sem efeito”.

As compras de Natal de Michel Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nas capas do Estadão e da Folha, a temporada de compra de votos de Michel Temer para tentar aprovar a tunga dos direitos previdenciários segue solta, sem causar – seria possível mais? – uma onda de protestos dos que defendem a austeridade quando se trata de tirar verbas da saúde, da educação e da assistência social.

Na CBN, a conta é mais generosa, falando que Temer autorizou a anistia e parcelamentos de dívidas, que significam um prejuízo de R$ 30 bilhões.

João Bosco repudia violência na UFMG

João Bosco. Foto: Leo Zulluh/Cultura Niterói
Do compositor e cantor João Bosco, em sua página no Facebook:

Nota de repúdio à operação "Esperança equilibrista" 

Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania.