segunda-feira, 7 de maio de 2018

O 1º mês da prisão de Lula e as más notícias

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O balanço do primeiro mês da prisão de Lula é repleto de más notícias - para a direita e seus carcereiros.

Curitiba tornou-se capital da resistência lulista, com três acampamentos montados nas imediações da sede da Polícia Federal.

Na esquina Olga Benário, em frente ao prédio, atos acontecem frequentemente. A saudação “Bom dia, presidente Lula” enlouquece fascistoides. Um deles teve um piti e quebrou o aparelho de som.

Nesta segunda, a praça General Osório, na chamada Boca Maldita, ganhou distribuição de folhetos convocando para a “resistência”.

Leonardo Boff conseguiu finalmente visitar o velho amigo. Emocionou-se ao contar que ele estava indignado com a “injusta condenação”.

Lula lhe garantiu que é “candidatíssimo à presidência da República”.

A juíza Carolina Lebbos autorizou o cadastramento dos dois médicos nominados pela defesa para acompanhamento periódico, liberou esteira ergométrica e um “aparelho reprodutor de música com fone de ouvido (estilo ipod)”.

(Para manter a fama, negou um frigobar e o pedido de vistoria da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados).

Em Londres, o detalhe poético de um bonito cartaz num poste no bairro de Peckham.

Do lado de fora, Lula continua imbatível.

O diretor do Instituto Paraná, Murilo Hidalgo, o definiu como “fenômeno eleitoral”.

“Mesmo estando preso, ele tem uma liderança com folga. É um fato a ser estudado”, disse em entrevista à Jovem Pan.

Da cadeia, coloca seu candidato no segundo turno.

Compare com o poderoso Eduardo Cunha, por exemplo, um lixo que tenta agora emplacar a filha como deputada.

Diretamente de uma cela de 15 metros quadrados, Lula continua o protagonista absoluto da corrida ao Planalto, senhor do noticiário, para desespero de quem o enjaulou.

Não deu certo. Ele se transformou, como falou, numa ideia. Ideia não vai em cana.

Se isso não mudou em 30 dias, não vai mudar em 40 ou 60.

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