domingo, 11 de fevereiro de 2018

Bancos lucram e fecham 1,5 mil agências

Por Altamiro Borges

Os abutres financeiros participaram ativamente do golpe que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Executivos de grandes bancos e das tais “consultorias” deram declarações entusiásticas em defesa do impeachment. Entidades patronais, como a Febraban (dos banqueiros), ajudaram o covil golpista a elaborar seus projetos regressivos e destrutivos – como o das contrarreformas trabalhista e previdenciária. O saldo desta conspiração, que iludiu muitos “midiotas”, é que os bancos ficaram ainda mais ricos – só o Itaú-Unibanco obteve um lucro de R$ 24,9 bilhões em 2017, um ganho de 12,3% acima do ano anterior –, demitiram milhares de trabalhadores e prejudicaram a sociedade com o fechamento de milhares de agências.

Blocos: "resistência à mercantilice da vida"

Da Rede Brasil Atual:

Os blocos e cordões carnavalescos são encarados com viés preconceituoso e historicamente perseguidos implacavelmente pela polícia, que sempre se esforçou para coibir os atos de “baderna”. Mesmo assim, resistiram e, como “massa de pão”, aumentaram após muita pancada. A avaliação foi feita pelo professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e autor do livro A Geografia do Samba na Cidade de São Paulo (Fundação Polisber), Alessandro Dozena.

Carnaval: irreverência e organização

Editorial do site Vermelho:

Carnaval é coisa séria. A festa, milenar na Europa, foi trazida para cá ligada às comemorações católicas. Aqui, foi apropriada pelo povo pobre, formado por negros e mestiços do “morro” – em linguagem contemporânea, da “periferia”. E se tornou a maior festa profana e popular do planeta.

Como festa popular, nasceu nas ruas, onde o povo, nos blocos, comemorava sua alegria e apresentava seus protestos e reivindicações. Blocos de carnaval que surgiram muito antes das escolas de samba que, nas últimas décadas, dão o tom do carnaval.

Davos e o desastre da globalização

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Há alguns poucos anos, o Fórum Econômico Mundial abriu seus sesquipedais salões em Davos para simular o acolhimento de dúvidas e questionamentos a respeito da globalização, dúvidas que afligem os desglobalizados.

Nos anos 1990, os mesmos salões fervilhavam em orgiásticas celebrações do caráter benfazejo da globalização: 1. A homogeneização do espaço econômico e a submissão crescente das malfeitorias da política à racionalidade imposta pelo mercado. 2. A aproximação entre formas jurídicas, os estilos de vida e os padrões culturais dos povos.

O golpe e o desemprego, tudo a ver

Por Umberto Martins, no site da CTB:

As estatísticas do IBGE sobre a evolução do emprego em 2017 desenham um quadro sombrio e desolador do mercado de trabalho no Brasil. A taxa média de desocupação avançou para 12,7%, a maior desde 2012. São mais de 12 milhões de pessoas condenadas ao ócio involuntário e a perambular pelas ruas procurando um posto de trabalho. Se a este contingente acrescentarmos os que já nem se animam a ir atrás de emprego (desemprego oculto por desalento, na linguagem dos economistas) somaremos mais de 20 milhões.

O pacto do orçamento de 2018 nos EUA

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Em cerca de um ano de nova administração, os EUA de D. Trump parecem dar os primeiros passos em estratégia nacional-desenvolvimentista inspirada em keynesianismo bélico dentro e fora do território pátrio. Em um ano, D. Trump visitou pouquíssimos países, sempre com propósito de anunciar a nova doutrina de segurança dos EUA. E de vender armas. Os campeões foram sistemas de mísseis-antimísseis e caças F-35 (nem Rússia, nem Inglaterra incluídos).

Segóvia é o comissário de polícia do Temer?

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Comissário de Polícia era o cargo da autoridade policial designada pelos então intendentes do império português no Brasil no início do século 19, em seguida ao desembarque da família imperial em solo brasileiro.

Além das funções policiais e de polícia judiciária, o Comissário de Polícia gozava de enorme autoridade política e grande prestígio social, derivado do poder intimidatório e discricionário que detinha.

Bolsonaro diz que "metralharia" a Rocinha

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Rocinha tem mais de 70 mil habitantes. É a maior favela do país. Lá residem, naturalmente, dezenas de milhares de crianças, mulheres e idosos. 99,99% da comunidade é composta por trabalhadores.
Pois bem, Bolsonaro, em palestra para aproximadamente mil executivos do mercado financeiro, num evento promovido pelo BTG Pactual, disse que tinha uma receita infalível para resolver o problema de violência da Rocinha.

A sombra de Watergate mais perto de Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Desde que foi empossado, no vergonhoso golpe de Estado que derrubou Dilma Rousseff, Michel Temer é acompanhado pelo fantasma de Richard Nixon, o presidente norte-americano forçado a renunciar em 1974, quando as investigações sobre o escândalo Watergate não puderam ser escondidas sob o espesso tapete de amigos influentes da Casa Branca.

A entrada em cena do ministro Luiz Roberto Barroso, do STF - responsável pela investigação sobre Porto de Santos na qual Temer aparece bem enrolado - permite analogias novas com Watergate. Indica um agravamento óbvio de uma situação que dia a dia torna-se mais difícil de sustentar, ainda que, no Planalto, Temer possua menos de um ano de vida útil pela frente.

Segóvia tenta esconder os podres de Temer

Do blog Viomundo:

Pela primeira vez desde o início da Operação Lava Jato, um diretor da Polícia Federal “arquiva” um inquérito em declarações à mídia.

Fernando Segóvia, indicado por Michel Temer, anunciou pela imprensa o provável arquivamento do único inquérito contra Michel Temer que ainda tramita no STF: aquele em que o usurpador é acusado de assinar decreto em troca de benefícios da empresa Rodrimar.

[Temer sustenta que não é usurpador, mas informações encontradas em bloco de anotações do homem da mala, Rodrigo Rocha Loures, à época assessor dele no Palácio Jaburu, indicam que o vice-presidente pode ter tramado o impeachment de Dilma de maneira muito mais efetiva do que revelado até agora]

O grito surdo nas urnas

Por Margarida Salomão, no site Mídia Ninja:

A análise de Mauro Paulino e Alessandro Janoni, sobre o Datafolha divulgado no último dia 31 de janeiro, é de uma profundidade raras vezes vista na mídia convencional. Os pesquisadores acertam ao pontuar que o principal dado do levantamento está no inconformismo daqueles e daquelas ante a uma eventual ausência de Lula nas eleições presidenciais de 2018.

Pudera, os números da pesquisa são bastante eloquentes. Mesmo enfrentando sucessivos ataques, Lula lidera, e com folga, em qualquer cenário. Ratifica-se a força do ex-presidente enquanto desmistifica-se a cruzada legal/moral que enfrenta, movida pela Lava-Jato. Mesmo a encenação do julgamento de Porto Alegre não foi capaz de alterar a convicção da população sobre sua inocência.

Bolsa Juiz x Bolsa Família: os dois Brasis

Por Mauro Lopes, em seu blog:

A diarista Selma Patrícia da Silva, de 42 anos, já foi beneficiária de programas de transferência de renda do governo, mas voluntariamente abriu mão depois que melhorou de vida. Selma diz ter recebido dinheiro do Auxílio Gás, do Bolsa Escola e do Bolsa Família na época em que ela e o marido faziam bicos como doméstica e pedreiro para sustentar os cinco filhos. Após construir a casa onde vive, em Formosa (GO), a diarista decidiu devolver o cartão, em 2013. “Pensei assim: da mesma forma que serviu para os meus filhos, vai ajudar outras pessoas. Acho muita covardia a pessoa não necessitar e ficar recebendo”, relembra Selma.

Direita comanda difusão de notícias falsas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Matérias da Folha de São Paulo de 8 de fevereiro de 2018 permitem ver quem são os grandes produtores de notícias falsas no Brasil depois, evidentemente, dos grandes meios de comunicação, que divulgam suas opiniões na forma de “notícias”.

O jornal não abordou notícias falsas produzidas pela mídia como no caso da invenção da Veja e do Estadão de que Lula iria à Etiópia no mês passado para fugir da Justiça e usando como base notícia falsa divulgada em sites de extrema-direita. Depois, a revista e o jornalão tiraram a matéria do ar por conta de ter sido desmascarada.