terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Foi do "angorá" a ideia da intervenção no RJ

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Quem deu ao presidente Michel Temer a ideia de botar fogo no circo para tentar a reeleição com seus índices indigentes de popularidade?

Sai a natimorta reforma da Previdência, a impopular obsessão do governo, e entra em seu lugar a intervenção militar no Rio, uma jogada de alto risco que ninguém sabe no que vai dar.

Este cavalo de pau na agenda presidencial só pode ter saído da cabeça de um gênio da estratégia. Quem seria o Golbery de Temer?

Tudo isso tem um nome: candidatura Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Michel Temer e sua turma não vão largar o poder assim facilmente, depois de tê-lo tomado com um golpe de mão parlamentar. Para isso, o que precisar ser feito eles farão, sem a menor hesitação. A intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro e a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública são medidas improvisadas, que não foram planejadas e não têm a menor chance de produzir o resultado prometido, a derrota do crime organizado no Rio e a contenção da violência no país. Não importa, não se trata de políticas públicas mas de fazer política com um objetivo central não declarado, a viabilização da candidatura de Temer à reeleição. Objetivos secundários também são atendidos, como a redução do desgaste com a não-votação da reforma previdenciária, derrotada de antemão.

Censura acentua ilegitimidade de Temer

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A censura ao vampiro neoliberalista no desfile das campeãs do carnaval representa novo flerte do golpe com o arbítrio. É uma medida que confirma, uma vez mais, uma possibilidade que não pode ser menosprezada, de evolução autoritária do regime de exceção – caso o judiciário atenda ao governo Temer e conceda ao exército o direito de cumprir mandados coletivos de prisão, busca e apreensão – dirigidos ao povo pobre nas favelas – a escalada arbitrária ganhará forte impulso.