segunda-feira, 26 de março de 2018

Economia afunda, mas a mídia esconde

Por Altamiro Borges

Apesar da falsa euforia da mídia chapa-branca, corrompida com milhões em publicidade oficial, a economia brasileira segue patinando. Na semana passada, o Banco Central divulgou que ela encolheu 0,56% em janeiro, o que jogou um balde de água fria nas previsões otimistas de Henrique Meirelles, o “sinistro” da Fazenda do covil golpista de Michel Temer. O estudo não virou manchete nos jornalões e nem foi motivo de comentários ácidos dos ex-urubólogos da imprensa. O IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) apontou a contração em vários setores – com exceção do agronegócio. A produção industrial mostrou a mais forte retração nos últimos dois anos ao encolher 2,4% em janeiro, na comparação com dezembro. Já o volume de serviços recuou 1,9% no mesmo período, no pior resultado para janeiro em seis anos.

Como Pablo Villaça, cancelei a Netflix

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

Não há muito o que escrever sobre esse assunto, pois é uma questão totalmente objetiva.

A Netflix Brasil decidiu dar eco ao neofascismo brasileiro e tal atitude, na conjuntura complexa que nos cerca, não há espaço algum para a contemporização com essa estirpe.

Devemos ter certa noção do nosso papel social, inclusive, sobre a possibilidade de nossas ações poderem mudar o rumo de uma nação. Nesse sentido, podemos inferir a grande importância que tem o papel de uma corporação que difunde arte para todo o país e o mundo.

A proteção contra capitalismo de vigilância

Por Rafael A. F. Zanatta, no site Outras Palavras:

Existe um erro muito comum na discussão sobre proteção de dados pessoais. Muitos confundem-no com o “direito à privacidade”, utilizando conceitos do século passado, como o ideal burguês de uma esfera privada e o “direito de ser deixado a sós”.

Toda uma geração de juristas e ativistas tem lutado contra essa visão, evidenciando que se trata muito mais de uma batalha pela dignidade humana em uma economia constantemente digitalizada e baseada na extração de “inteligência” e “valor” de nossas próprias relações sociais (uma economia que Soshana Zuboff nomeou de forma precisa como “capitalismo de vigilância”).

Só tem um caminho, estar junto ao povo

Foto: Dino Santos
Por Fernando Rosa, no site da Fundação Perseu Abramo:

O golpe está fazendo água por todos os lados, mantendo-se apenas por força da ação externa, como sempre foi desde o início, e da falência e/ou covardia das instituições nacionais. A economia não mostra sinais de recuperação como imaginavam, o desemprego é brutal, a informalidade compromete o PIB e a falta de qualquer perspectiva se torna visível para a população. O que está em curso é apenas um assalto criminoso e sem precedentes à economia, ao patrimônio e às riquezas naturais de um país.

Intervenção no RJ: Basta aplicar a lei

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Cruza agora, passadas mais de quatro semanas, a decisão tomada bruscamente para justificar a intervenção federal no Rio de Janeiro. Além de forçado, sobretudo sobre o governador do estado, o emprego do Exército ainda não foi explicado concretamente a que veio.

Fala-se, de forma vaga, que foi para restabelecer a lei e a ordem. Regra prevista na Constituição. Os cariocas, principalmente, seriam vítimas dos traficantes. A mídia estimulou a divulgação da violência. Será verdade?

Servidores na semana de resistência a Doria

Foto: Roberto Parizotti
Do site Vermelho:

Em greve desde o dia 8 deste mês, o funcionalismo público municipal de São Paulo enfrenta as investidas do prefeito João Doria (PSDB) contra os trabalhadores. O tucano tenta aprovar, às pressas, o Projeto de Lei (PL 621), que aumenta a alíquota previdenciária dos servidores de 11% para 14%, podendo chegar a até 19% com a criação da previdência suplementar, o Sampaprev. Doria tem pressa, pois deixará o cargo no dia 6 de abril para concorrer ao governo do estado.

Será o começo do fim do Facebook?

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

O título é mais uma provocação do que um prognóstico. Seria precipitado afirmar que o Facebook está com os dias contados. Mas é fundamental entender os motivos e o que representa essa que talvez seja a primeira grande crise da plataforma que, em 2017, ocupou o 4º lugar no ranking das empresas de internet mais valiosas do mundo, atrás apenas da Apple, Alphabetic (Google) e Microsoft. Em dezembro de 2017, a rede social de Zuckerberg alcançou a marca dos U$ 520 bilhões de dólares, mantendo-se à frente de outra gigante, a Amazon, segundo dados da Forbes.

Governadores do Sul afagam os fascistas

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A violência que marca a caravana de Lula pelo Sul do país não pode esconder um ponto essencial: a adesão popular tem sido imensa, os comícios são um sucesso e confirmam o gigantesco apoio popular a Lula. São uma prova - a mais - de que uma imensa parcela da população deseja votar em seu nome para presidente e rejeita o jogo sujo para impedir que participe do pleito.

Mas a violência contra a caravana atingiu um limite a partir do qual não pode ser ignorada. Tornou-se uma questão política a ser enfrentada com urgência e rigor.

Ana Amélia e a escalada do fascismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A disputa política no Brasil a cada dia escala degraus mais altos na escada que leva ao fascismo.

O reacionarismo medieval dos latifundiários do Rio Grande do Sul [classe parasitária da terra, do clima, do trabalho escravo e de empréstimos públicos a custos generosos] à caravana do Lula confirma a contaminação da disputa política por componentes fascistas.

O grave é que a violência, o ódio e o preconceito de classe é estimulado pelas lideranças desta classe reacionária com o silêncio conivente da mídia e com a inação das Polícias Militar e Federal e dos Ministérios Públicos, que não reprimem tais práticas.

Um raio de luz na vida dos sem-terra

Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual:

Palmeira das Missões – Sepé Tiaraju foi um líder guarani. Viveu na região Sul do Brasil entre 1723 e 1756, famoso por sua coragem na luta pela terra e pela resistência aos ataques militares espanhóis e portugueses. “Me disseram que Tiaraju significa raio de luz”, responde sorrindo o médico Marcos Tiaraju, 32 anos, sobre se considerar uma pessoa iluminada.

O profissional atende os casos que surgem na trajetória da Caravana Lula pelo Sul do Brasil. Marcos é supervisor do programa Mais Médicos – lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff –, e sua história se confunde com a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no país.

O fascismo com a complacência nacional

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

O assassinato da vereadora Marielle Franco e os ataques à caravana de Lula pelo Sul do país não deixam dúvidas de que o Brasil vive um contexto político no qual há a presença de grupos fascistas organizados, violentos e que adotam táticas terroristas para se imporem. Não resta dúvida também que os eixos articuladores desses grupos terroristas são os apoiadores da candidatura de Bolsonaro, da candidatura de Flávio Rocha, de grupos de ruralistas, de movimentos como o MBL e o Vem pra Rua e que contam com apoio institucional em setores do Judiciário e em setores dos partidos políticos governistas e de parlamentares e até de senadores, como é o caso de Ana Amélia Lemos.

Quem organizou os ataques a Lula no Sul

Por Vinícius Segalla, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Caravana Lula pelo Brasil, em sua atual passagem pela região Sul, tem sido marcada pelas características que a acompanham por todo país: a aproximação ao ponto do contato físico intenso de Lula com apoiadores, o franco diálogo e troca de carinho entre o ex-presidente e aqueles que vão a praças, auditórios, universidades e parques para ouvi-lo, tocá-lo, tirar foto, abraçar, beijar.

Em cada município por que passa Lula, a cena se repete.

Um fato novo, porém, surgiu no Rio Grande do Sul, no município de Bagé, na fronteira com o Uruguai: ação orquestrada e violenta de grupos milicianos de extrema-direita, organizados em torno de sindicatos e associações ruralistas e do MBL, grupelho de jovens de direita que lança mão da proliferação de notícias falsas, perseguição em redes sociais e na vida real e campanha difamatórias como forma de fazer política.