sábado, 14 de abril de 2018

Banda larga: retrocessos e desafios

Foto: Bia Barbosa
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os desafios para a universalização do acesso à banda larga, o retrocessos nas políticas para o setor e o próprio modelo de Internet vigente no país e no mundo foram temas de debate nesta sexta-feira (13), em São Paulo. A discussão abriu o Seminário Internet, liberdade de expressão e democracia: desafios regulatórios para a garantia de direitos, promovido pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

O massacre midiático contra Lula

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O ódio a Lula, hoje divisor dos brasileiros estabelecido pela elite política e social, é extensão do preconceito a um metalúrgico que, após três derrotas eleitorais, tirou do poder um partido debilitado, cujo líder é um sociólogo da classe média, o dito FHC.

Lula tornou-se presidente da República com uma inédita agenda de programas sociais em um país onde 10% da população concentra quase a metade da renda, como atesta o IBGE em informação recentíssima.

Corrupção na Lava-Jato e na Procuradoria

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“Eu não queria mais falar sobre isso mais uma vez, doutora Raquel, mas a corrupção já entrou na Lava Jato, na Procuradoria”.

Esta denúncia é de extrema gravidade:

1- foi feita por ninguém menos que Gilmar Mendes, juiz da suprema corte do país;

2- foi formalizada no próprio stf, durante a sessão plenária de 11 de abril de 2018, diante da presença de todos/as integrantes da suprema corte e da procuradora-geral da república;

3- implica agentes do ministério público e do judiciário;

A vida de Lula e o futuro do PT

Por Renato Rovai, em seu blog:

O PT está diante do seu maior desafio histórico. Tem que lutar contra uma perseguição kafkiana da justiça e dos aparelhos de força do Estado, denunciar a prisão e lutar pela liberdade do seu maior líder e se organizar para disputar (se ela vier a ocorrer, claro) as eleições deste ano que serão entendidas como um tira teima do Golpe 16.

Não seria tarefa fácil para qualquer partido do mundo. E por isso é covardia destacar os defeitos do PT ao invés de abordar a perseguição que tem sofrido. Que o faz ter uma vida muito diferente, por exemplo, da que leva o PSDB. Que mesmo tendo inúmeros de seus líderes denunciados, não é acossado pela justiça.

‘O Mecanismo’ e sua leitura da corrupção

Por Henrique Braga e Caroline Tresoldi, no site Brasil Debate:

Lançada em março com oito episódios em sua primeira temporada, O Mecanismo, série da Netflix assinada por José Padilha, tem causado um razoável debate em torno de sua forma e de seu conteúdo. Por um lado, alguns sugerem que os assinantes boicotem a provedora do seriado, uma vez que a série não é fidedigna aos “fatos” que são narrados, colocando a culpa dos males do país em um partido e, mais especificamente, em um político. Outros afirmam, por outro lado, que estórias são produtos da ficção, de modo que a dramatização estar “baseada em fatos reais” não implica segui-los à risca, pois os produtores têm “liberdade” para criar.

Desafios da esquerda após a prisão de Lula

Por Renato Rabelo, no site da Fundação Maurício Grabois:

Lula está preso. O eco de Lula Livre, Lula liberdade se dissemina em todos os Estados da Federação, ultrapassando fronteiras nacionais e repercutindo em muitos países de vários continentes. Agora, a sua ausência repõe com imensa força a sua presença, o seu legado, as suas ideias e projeta mais o simbolismo da sua existência fecunda.

A força da narrativa de que Lula foi arrebatado do âmago e dos braços do povo ganha maior dimensão. A “Liberdade para Lula” é o lema que deve mover o espírito democrático e o anseio de liberdade política em ondas mais largas reforçando a luta pela democracia. Volta à tona o que relembra de forma luminosa o jornalista Wilson Gomes: “O cárcere nunca significou fim, perda ou morte da esquerda. Ao contrário, representou batismo de sangue e fogo, coerência e autenticidade”. Ou a imagem revelada pela história afirmada por Lula antes de sua prisão: “Eu não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia. E uma ideia não vai para prisão”.

Para 73%, elite quer tirar Lula das eleições

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quem ainda tem dúvidas sobre a perda de credibilidade da Lava Jato e a crescimento da visão de que ela realiza um trabalho seletivo contra Lula precisa prestar atenção aos números recentes de um levantamento do Instituto Ipsos. Pelos ângulos relativo ou absoluto, os números falam por si.

Para 55% dos entrevistados "a Lava Jato faz perseguição política contra Lula". Para 73%, "os poderosos querem tirar Lula da eleição". Enquanto 41% acham que a Lava Jato "está investigando todos os políticos", 52% dizem o contrário.

Joaquim Barbosa e o 'novo' na praça

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Com Lula preso e fora do páreo, o tucano Geraldo Alckmin e outros candidatos de direita empacados e Ciro Gomes tamponado, como ele diz, pelo drama do PT, Jair Bolsonaro nada de braçadas. A candidatura do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa pelo PSB pode finalmente tornar-se a variável tão buscada pelos caçadores do “novo”. “Ele só não será candidato se não quiser, porque 98% dos problemas internos já foram superados”, garante o deputado Júlio Delgado, líder do PSB, ao qual Barbosa se filiou no dia 7. Compreendendo isso, ontem o ex-deputado Aldo Rebelo anunciou sua desfiliação do partido, onde passou sete meses tentando se viabilizar como alternativa. Os mais entusiasmados com a candidatura de Barbosa sonham ainda com uma aliança que faria de Marina Silva sua vice.

Síria: Mas míssil não mata igual?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

John Reed, em seu fantástico “Mexico Rebelde” conta que Pancho Villa, durante a Revolução Mexicana, no início do século 20, foi informado por um oficial norte-americano de que convenções internacionais proibiam o uso de balas de ponta oca (as dum-dum, criadas pelos ingleses para conter rebeliões na Índia) . Villa, espantado, perguntou: mas qual é a diferença, se as outras matam do mesmo jeito?

O “ataque humanitário” dos EUA a Síria, conquanto tenha casusado menos danos do que seria de esperar, dada a presença de baterias antimísseis russas ao redor de damasco e outras cidades, lembra essa perplexidade de Villa.

"Só eleições livres pacificam o Brasil"

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“Vivemos uma situação muito difícil. Mas o povo brasileiro, o Brasil é maior do que isso”, diz o jornalista Franklin Martins, ministro da Comunicação no governo Lula, em entrevista ao Tutaméia.

Ao longo de pouco mais de uma hora de conversa, Franklin analisou as motivações do golpe que derrubou a presidenta Dilma e a perseguição sem tréguas a Lula. Denunciou o oligopólio da mídia no país, demonstrou a falência da política golpista e apontou caminhos para a reconstrução nacional.

“Existe um sentimento crescente de que nada funciona e que não há saída. Isso é um equívoco”, disse ele. E continuou: “Nada funciona no país, a primeira parte está correta. Mas que não tem saída, não, está errado. A saída está na realização de eleições livres para que o povo, através do voto e do debate público, defina o rumo para o país”.

Trump, o homem-bomba, cria a guerra

Por Haroldo Lima

O espírito belicoso acompanha a história americana desde que os Estados Unidos surgiram no século XVIII. Nenhum país usou tão intensamente a força militar em todos os cantos do mundo. A razão mais alegada sempre foi a defesa da democracia. Na verdade, razões geopolíticas eram determinantes. Tratava-se de aumentar a influência imperialista americana e atender sua indústria armamentista, sedenta por usar armas, produzir armas, vender armas.

Estudos dão conta de que somente depois da II Guerra Mundial os americanos fizeram ou participaram de 201 guerras, uma média de três guerras por ano durante 70 anos ininterruptos. Átila, Rei dos Hunos, o Flagelo de Deus, ficaria envergonhado com suas duas décadas de guerras.


Quando o comando de guerra vem pelo Twitter

Por Ana Prestes

Um governo americano eleito em grande medida via fraudes sobre dados de usuários de redes sociais (caso Cambridge Analytica) usa as mesmas redes para colocar o mundo em grande risco. Alia-se a outro governo, do Reino Unido, que transita na instabilidade de um Brexit referendado por um processo igualmente desmoralizado pelo escândalo de vazamento de dados. O outro aliado dos ataques bélicos é a França comandada por um outsider que veio mais do mundo empresarial do que do político/diplomático. O aliado informal é Israel.