terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Procon multa o farsante McDonald's

Por Altamiro Borges

Com base numa denúncia do Instituto Alana, organização não-governamental que trata do consumo infantil, a Fundação Procon de São Paulo decidiu multar o McDonald’s, a poderosa multinacional estadunidense de fast-food, em R$ 3,192 milhões pela prática irregular, criminosa, da venda casada de alimentos com brinquedos – no conjunto conhecido como McLanche Feliz.

A "democracia tucana" no Paraná

Por Esmael Morais, em seu blog:

A Assembleia Legislativa do Paraná virou uma ilha nesta terça-feira (6). Ninguém entra ou sai do prédio sem autorização dos capangas à paisana do presidente Valdir Rossoni (PSDB).

A Polícia Militar, que deveria estar fazendo a segurança nos bairros, está ali postada para agredir estudantes e trabalhadores.

Fina Estampa: decadência da civilidade

Por Washington Araújo, no blog Um cidadão do mundo:

O programa de maior audiência da televisão brasileira é uma novela. E não uma novela qualquer, mas aquela novela que ocupa o horário nobre da noite, a novela das 8, que mesmo sendo referida por gerações de brasileiros como a novela das 8, na realidade vai ao ar às 9 da noite, pegando logo de início significativa audiência deixada pelo telejornal mais longevo e mais assistido do Brasil, o Jornal Nacional.

JN: O dia em que o Brasil parou

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Ok, todo mundo vai dizer que é falta de senso de humor minha, coisa de velho ranheta, mas usar 15 minutos do horário nobre para tricotar sobre a troca de apresentadoras é um pouco demais, não acham?

A sobriedade do jornalismo está dando lugar ao entretenimento barato. Os apresentadores passaram a ser mais importantes do que a notícia que veiculam. Preciso que os comentaristas, ocasionais ou não, me ajudem. Será que enlouqueci?

A beleza não é só para os ricos

Por Elaine Tavares, no blog Palavras insurgentes:

Florianópolis é uma cidade que vive da beleza. Esse é o principal “produto” que seus governantes põem à venda para atrair milhares de turistas em todas as temporadas de verão. Não é sem razão que ano após ano as gentes veem subir dezenas de prédios e hotéis, destinados a abrigar aqueles que vêm para a ilha em busca da beleza. E assim, tal qual Hípias na Grécia antiga, os agentes de turismo vendem a beleza de Florianópolis como coisa. “A praia bela, a areia bela, a paisagem bela, a comida bela”. Mas, quem nasceu aqui ou os que aprenderam a amar a cidade como um espaço onde se vive a vida cotidiana, a beleza tem outro sentido. Não é coisa, é ser. Assim, para esses, o que é belo não é a praia, a areia, a paisagem ou a comida, mas sim a ideia que comunica o caráter das coisas. E se beleza é ideia, não pode ser objetivada, nem vendida.

A blogosfera e o "jornalismo heróico"

Por Anselmo Massad, na Rede Brasil Atual:

O jornalista e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) Franklin Martins defende a necessidade de a blogosfera avançar na produção de reportagens. Ele acredita na retomada do que ele chama de "período heróico do jornalismo" com a ampliação do papel da internet como fonte de informação pela sociedade

Regular para democratizar a mídia

Por Venício A. de Lima, na revista Teoria e Debate:

Ao longo de 2011 participei de diversos debates sobre a mídia em diferentes estados brasileiros, e em todos certas questões sempre aparecem. O que significa democratizar a comunicação? Controle social da mídia é censura? A internet democratiza a comunicação? Liberdade de expressão e liberdade de imprensa são a mesma coisa? O que é “marco regulatório das comunicações”?

A Líbia e os escribas do Pentágono

Por Leonardo Wexell Severo:

“Sem Kadafi, Trípoli vive revolução no cotidiano”, é o título da reportagem do New York Times, que comemora “a transformação acelerada” da capital líbia após o assassinato do líder, “com mudanças de hábitos de sua população que antes seriam vistos como uma séria afronta ao regime”.

O tucano das abotoaduras de ouro

Por Altamiro Borges

No palanque eleitoral tucano montado pela Folha/UOL nesta segunda-feira (5), os quatro pré-candidatos do PSDB à prefeitura da capital paulista esbanjaram valentia. Bruno Covas, “queridinho” de Alckmin, o “verde” Ricardo Trípoli, o “canibal” José Aníbal e o “playboy” Andrea Matarazzo concentraram os seus ataques em Fernando Haddad (PT) e livraram a cara do prefeito Gilberto Kassab, chefão do PSD.

Beto Richa ataca e mídia tucana cala

Por Altamiro Borges

Na madrugada desta terça-feira (6), a Assembléia Legislativa do Paraná aprovou, por 40 votos a oito, o projeto que cria a sinistra figura das Organizações Sociais na Saúde (OSs). Copiada dos tucanos paulistas, a medida possibilitará ao governo de Beto Richa privatizar e precarizar vários serviços essenciais à população. Como em São Paulo, ela vai deteriorar ainda mais a saúde no Paraná.

Economia zerada exige mais ousadia

Por Altamiro Borges

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, hoje, um estudo com dados preocupantes sobre a economia. No terceiro trimestre do ano, ela permaneceu quase zerada, sem crescimento, na comparação com o trimestre anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 1,05 trilhão. A expansão no ano é de apenas 3,2%, bem inferior às expectativas iniciais do governo Dilma.

UNE convoca protesto “Ocupe Brasília”

Por Altamiro Borges

A partir desta terça-feira (6), cerca de 300 jovens de várias partes do Brasil iniciam o movimento “Ocupe Brasília”. Inspirados em várias experiências internacionais, eles ficarão acampados na Esplanada dos Ministérios para exigir mais verbas para a educação. O protesto é organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Globo, FMI e a crise do capitalismo

Por Umberto Martins, no sítio Vermelho:

Durante visita ao Brasil na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, concedeu entrevista ao Globo News Painel, na qual, entre outras coisas, previu uma “década perdida” para a Europa, se os impasses na solução da crise perdurar, e procurou justificar os reiterados fracassos e equívocos da instituição que dirige nos diagnósticos, previsões e receitas para os países altamente endividados.

A “fortaleza tucana” está na mira

Por Maurício Dias, na CartaCapital:

A eleição municipal de 2012 tornou-se um pouco mais a preliminar da batalha eleitoral para a Presidência em 2014. Embora a escolha de prefeitos e vereadores tenha impacto reduzido na disputa presidencial, dois competidores, PT e PSDB, travam um confronto iniciado com a vitória de FHC em 1994, que completará duas décadas no fim do atual mandato de Dilma Rousseff.

A crise econômica vem brava

Por Amir Khair, no sítio Carta Maior:

Cada dia aumenta a oscilação no humor dos mercados acompanhando os anúncios do sobe e desce da crise europeia. No último dia 30 veio a notícia que os bancos centrais dos Estados Unidos, Europeu (BCE), Canadá, Grã-Bretanha, Japão e Suíça concordaram em reduzir o custo das linhas existentes em suas operações, a partir do próximo dia 5.

O enigma da crise européia

Por Giovanni Alves, no blog da Boitempo:

A crise financeira de 2008 e seus desdobramentos nas crises das dívidas soberanas dos EUA e União Européia em 2011, tornaram-se meio privilegiado de afirmação daquilo que István Meszáros denominou a “grave tendência socioeconômica da equalização descendente da taxa de exploração diferencial”. Na verdade, a crise das dívidas soberanas tornou-se o “cavalo de Tróia” capaz de destruir efetivamente o Estado social no núcleo orgânico do pólo desenvolvido do capitalismo global. Os mercados financeiros impõem o ajuste neoliberal na União Européia. O Estado de Bem-estar social deve se transformar em Estado de Austeridade Social sob direção da disciplina fiscal a serviço dos interesses do capital financeiro globalizado.

O pior inimigo do governo Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A queda do sexto ministro de Dilma sob acusação de corrupção ocorre no âmbito de um processo kafkiano iniciado em março deste ano. Sabia-se que a imprensa continuaria se opondo ao governo federal caso a candidata de Lula se elegesse, mas os consideráveis esforços dela para distender o clima político tornam o ataque midiático inexplicável, sem razão, daí a alusão à obra de Franz Kafka.

Dilma começou a governar claramente convencida de que se não fizesse provocações à mídia e à oposição não sofreria processo similar ao que acompanhou cada dia da gestão de seu antecessor.

Urgência do marco regulatório da mídia

Por Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos, no Observatório da Imprensa:

Para modificar uma legislação de 1962, totalmente defasada em termos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, quando nem a líder do oligopólio midiático existia, movimentos sociais e pesquisadores vêm travando há algumas décadas batalhas por mais espaço para discussões. A luta, materializada na busca da substituição do Código Brasileiro de Telecomunicações (já revogado quanto à telefonia), visa, ao menos, a uma difusão de informações pelo espectro eletromagnético de modo mais parecido com uma verdadeira comunicação: algo dialógico que permita a pluralidade de tipos de conteúdo e uma maior participação social na produção e distribuição, considerando a diversidade do país.

O teatro de Boni e a crise da Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

A admissão por parte do homem de televisão Boni de que teve sim papel importante ao "preparar" Collor para o último debate contra Lula, em 1989, não surpreende. Nem deveria, afinal, Collor era e é sócio da Globo em Alagoas, assim como Boni ainda o é, agora na condição de afiliado, em São José dos Campos, interior de São Paulo.

Jornalista pensa que não é trabalhador

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

De tempos em tempos, nós – jornalistas – somos surpreendidos com notícias de demissões coletivas em veículos de comunicação. Atos que foram batizados carinhosamente de “passaralhos” (imaginem o porquê). Não vou discutir as razões que levam à dispensa de colegas de profissão – os motivos dos “ajustes” vão desde a justa necessidade de sobrevivência do próprio veículo (fazer bom jornalismo pode ser caro) à maximização de lucros da empresa. Então, para não ser leviano, precisam ser analisadas caso a caso. Vou me ater ao outro lado do balcão, ou seja, como reagimos a isso. Até porque, após a atual leva de demissões, não fiquei sabendo de nenhum ato de solidariedade aos demitidos. Talvez pelo medo de também perder o emprego, talvez pela sensação de impotência que resulta da lenta e contínua acomodação, talvez por algo maior que isso.