terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Por qué no te callas, rei Juan Carlos?

Por Altamiro Borges

A decrépita família real espanhola está na berlinda. Na semana passada, ela foi forçada a divulgar, pela primeira vez na sua longa e anacrônica história, que gasta 8,4 milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões) por ano e que a renda dos familiares do rei Juan Carlos subiu nos últimos anos. Enquanto o país afunda na grave crise econômica, com 22% de desempregados, a realeza esbanja opulência.

A "lista suja" do trabalho escravo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Atualizada nesta sexta (30), o cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra análoga à de escravo cresceu com a entrada de 52 novos registros, chegando ao número recorde de 294 nomes. Entre os que entraram na “lista suja” estão grupos sucroalcooleiros, madeireiras, empresários e até uma empreiteira envolvida na construção da usina hidrelétrica de Jirau. A relação inclui também médicos, políticos, famílias poderosas e casos de exploração de trabalho infantil e de trabalho escravo urbano.

Mídia dá (péssimos) conselhos a Dilma

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

Há uma razão a mais para acompanhar atentamente o ataque aos direitos sociais e serviços públicos na Europa, com seus resultados desastrosos. Na virada do ano, voltaram a se manifestar as pressões para que o governo brasileiro adote medidas muito semelhantes às que estão causando retrocessos históricos no Velho Continente. Dois setores, em especial, atuam nesta direção: os grandes aplicadores no mercado financeiro e quase toda a mídia comercial, aliada a eles.

Os EUA contra todo o mundo

Por Immanuel Wallerstein, na revista Fórum:

Era uma vez um tempo em que os Estados Unidos tinham muitos amigos, ou pelo menos seguidores relativamente obedientes. Nos dias de hoje, parecem já não ter outra coisa senão adversários de todas as cores políticas.

Mais ainda, parecem não estar a sair-se bem nas reuniões com os adversários.

Vejam os acontecimentos de novembro de 2011 e da primeira metade de dezembro. Os EUA tiveram conflitos com a China, com o Paquistão, com a Arábia Saudita, com Israel, com o Irã, com a Alemanha e com a América Latina. Não se pode dizer que tenham levado a melhor em qualquer destas controvérsias.

Primeiros frutos da “Ley de Medios”



Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O jornal argentino Pagina12 publica hoje um balanço dos primeiros dois anos de vigência da Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, conhecida como “Ley de Medios”, uma tentativa do governo de Cristina Kirchner de democratizar as comunicações por radiodifusão naquele país. Embora o ponto chave da lei – um cláusula que obriga aos grandes grupos a reduzirem seu poder monopolista e a vender uma parte de suas emissoras, desconcentrando o mercado – esteja suspensa por decisão judicial (um juiz federal recusou-se a estabelecer prazo para isso, alegando que o grupo Clarín, a Globo portenha, não é monopolista, porque tem “só” 57% do mercado), a lei vem dando bons resultados na expansão da produção cultural e artística do país.

As impressionantes mulheres ricas

Por Gustavo Alves, em seu blog:

Eu não tenho nenhum amigo ou pessoa próxima que possa ser considerada rica. Conheço uns poucos remediados, e um ou outro que se acha, mas ninguém rico de verdade.

Talvez por isso eu tenha ficado tão chocado ao ver o show de horrores chamado "Mulheres Ricas" nesta segunda-feira.

Vídeo: A ordem criminosa do mundo

Mídia em parafuso diante da privataria

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O Cafezinho inicia o ano com mudanças. Agora todos os posts têm algum conteúdo livre. A primeira análise de mídia vem mais concisa e publicada cedo, por volta das 7 horas. Os outros posts serão publicados até o meio dia.

Nas últimas semanas do ano passado, os jornais publicaram alguns textos pesadamente oposicionistas, a maior parte deles ainda refletindo as emoções despertadas com a publicação do livro Privataria Tucana. Refiro-me, especificamente, aos textos quase histéricos de Merval Pereira e Marco Antonio Villa, e ao artigo paranóico de José Serra.

Atiram em Cristina para acertar Dilma

Por Darío Pignotti, do jornal argentino Página/12, no sítio Carta Maior:

“A imprensa brasileira, com a Globo na liderança, tem por hábito promover chanchadas para demonizar a presidenta Cristina, criticando as reformas na legislação dos meios de comunicação”. Dizem que Paulo Henrique Amorim, um dos jornalistas mais influentes do Brasil, está entre as pessoas mais detestadas pelos executivos da rede Globo, onde trabalhou por mais de uma década.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Contradições da 6ª economia do mundo

Por Igor Felippe Santos, no blog Escrevinhador:

O maniqueísmo domina as análises sobre o Brasil e o desempenho do governo Lula/Dilma. De um lado, alguns avaliam que o governo é responsável por dádivas de Deus. Do outro, não fez nada que preste e merece as chamas do inferno. A leitura do estudo da consultoria britânica, especializada em análises econômicas, de que o Brasil ocupará o posto de sexta maior economia do mundo seguiu o mesmo padrão.

Boechat escancara roubalheira tucana

Um cúmplice do imperialismo na ONU

Editorial do sítio Vermelho:

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, começou neste domingo (1º) seu segundo período de cinco anos à frente da organização mundial. O mandato vai até 31 de dezembro de 2016.

Eleito em junho de 2011 sem candidato opositor e por recomendação do Conselho de Segurança confirmada pela Assembleia Geral, o ex-chanceler da Coreia do Sul teve como principal promotor de sua candidatura o Departamento de Estado dos Estados Unidos. O próprio presidente Barack Obama apareceu como fiador da sua reeleição e teceu-lhe rasgados elogios.

“Pó pará, Aécio”. A guerra no esgoto

Por Altamiro Borges

Em 28 de fevereiro de 2009, o Estadão publicou um texto que atiçou a guerra de bastidores entre os dois pré-candidatos do PSDB à Presidência da República. Assinado pelo falecido colunista Mauro Chaves, ele recebeu título provocador: “Pó pará, governador”. O objetivo do jornal serrista era pressionar Aécio Neves a desistir da disputa interna e aceitar o papel de vice na chapa tucana.

Boas e más notícias do final do ano

Por Altamiro Borges

O final de 2011 reservou boas e más notícias para os trabalhadores. De positivo, o governo Dilma Rousseff assinou o decreto que reajusta o salário mínimo em 14,13% - que subiu de R$ 545 para RS 622 a partir de 1º de janeiro; e o IBGE registrou o menor taxa de desemprego da história recente do país. De negativo, vários sinais de que este ano será bem mais difícil para os assalariados.

2011: o avanço da onda grevista

Por Altamiro Borges

O Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (Dieese) ainda não concluiu seu balanço sobre o número de greves em 2011, mas tudo indica que o movimento paredista continuou em ascensão no ano passado. Categorias de peso, tanto no setor público como no privado, cruzaram os braços em longas paralisações – como bancários, funcionários dos Correios, trabalhadores da construção civil, metalúrgicos de vários estados, professores, servidores do judiciário, entre outras.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Bomba! Bomba! FHC descobriu a China!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Naquele estilo de gordura saturada, o Farol de Alexandria publica no Globo, na página 10, um texto que vai revolucionar o pensamento Ocidentocêntrico.

Henry Kissinger vai rasgar tudo o que escreveu para debruçar sobre a obra do Farol.

Alckmin eleva impostos. E o "Cansei"?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há quatro anos, a elite paulista lançou o movimento “Cansei”, que tinha como eixo a reclamação contra os impostos. Aliás, a queixa contra a tal carga tributária – a qual FHC diz ser “choradeira” – sempre é personagem da tucanagem e da turma do DEM.

Portanto, se são sinceros, os nossos amigos visitadores do “impostômetro”, como Serra e outros, deveriam promover a expulsão do Governador Geraldo Alckmin. Vamos esperar com ansiedade as colunas dos comentaristas econômicos revoltados.

Mensalão do PT e privataria tucana

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ano novo começa com a promessa de uma disputa dolorosa para o país. O Brasil atravessará 2012 discutindo se quem roubou mais foram os petistas e aliados envolvidos no escândalo do mensalão ou se foram os tucanos envolvidos nas denúncias contra as privatizações de patrimônio público durante o primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Quanto o Brasil vai crescer em 2012?

Por Nivaldo Santana, em seu blog:

"Especialistas" ligados ao setor financeiro afirmam que a economia brasileira tem um teto para crescer. Esse teto chama-se PIB potencial, média móvel ponderada obtida a partir da 1) taxa de emprego da força de trabalho, 2) taxa de utilização da capacidade produtiva da indústria e 3) taxa de crescimento do PIB.

Feliz ano novo. Para quem?

Por Haroldo Ceravolo Sereza, no sítio Opera Mundi:

O ano de 2011 é histórico. Em termos de mobilização, ele talvez seja comparável apenas a 1968 na história recente. Em alguns sentidos, no entanto, ele é ainda mais importante, porque atingiu países em que, na década de 1960, questões como democracia, igualdade e liberdade tinham outro sentido: ainda vivíamos num mundo em processo de descolonização de grandes territórios, sobretudo na África.