quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mundo e Brasil: Tensões no horizonte

Por Pedro Pomar, no blog Escrevinhador:

Nada a ver com a profecia de final dos tempos, mas é óbvio que 2012 será um ano dos mais turbulentos no Brasil e no mundo. Aqui, nem tanto por causa da crise econômica, embora a América Latina eventualmente venha a sofrer os seus reflexos. O tempero da crise política brasileira tem mais a ver com o descompasso entre o governo federal e os movimentos sociais. Ou, se quisermos ver por outro prisma, existem tensões crescentes no horizonte imediato, no Brasil, que se relacionam ao modo desigual de distribuição das riquezas geradas pelo crescimento econômico.

A greve de fome que a TV não mostra

Por Ronald Sanson Stresser Junior, no Observatório da Imprensa:

Se o cineasta Pedro Rios Leão – hoje ativista –, em greve de fome de fronte à maior central de jornalismo da maior emissora de TV do Brasil, fosse cubano, chinês ou monge tibetano estaria na capa dos jornais de maior circulação do país. Quem sabe se não fosse um brasileiro, em greve de fome por injustiça social e violação de direitos humanos, ele seria chamado de mártir pela “grande mídia”. Seria matéria de destaque nos principais telejornais e provocaria lágrimas de solidariedade nos leitores de teleprompter. Talvez seu ato virasse até poesia na boca de apresentador de reality show e tema de documentários jornalísticos.

Greve da PM: Muito além da Bahia

Marcello Casal Jr./ABr
Por Matheus Pichonelli, na CartaCapital:

Em pouco mais de uma semana de mobilização, a crise da Segurança Pública na Bahia colocou policiais estaduais contra forças federais, cercou o coração do sistema político local (a Assembleia Legislativa), levou insegurança às ruas e, sobretudo, mais do que dobrou as taxas de homicídio da região. São mais de 130 mortos desde o início da paralisação da Polícia Militar.

Pipa, Sopa, Acta e liberdade na rede

Por Venício A. de Lima, na revista Teoria e Debate:

Os recentes debates em torno de dois projetos de lei que tramitam no Congresso dos Estados Unidos sobre a regulação da internet têm tudo a ver com as esperanças democratizadoras centradas nas novas tecnologias de comunicação.

As siglas Pipa (Project IP Action, ou Preventing Real Online Threats to Economic Creativity and Theft of Intellectual Property Act) e Sopa (Stop Online Piracy Act) identificam iniciativas legislativas que, apesar de se apresentarem apenas como propostas contra “ciber-crimes” e contra a pirataria, na verdade têm implicações importantíssimas no controle de tudo o que possa circular no espaço virtual.

A "defesa do direito ao aborto"

Por Leonardo Sakamato, em seu blog:

É com esperança que recebi a notícia de que a professora Eleonora Menicucci assume como ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, não apenas por conta de sua trajetória como militante política durante os anos de chumbo e como respeitada acadêmica, mas também por sua forte atuação no movimento feminista.

Servil aos EUA, México morre de fome

Por Laura Carlsen, no sítio da Adital:

Desde que o México aprovou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Tlcan), milhões de mexicanos uniram-se às filas dos famintos. Enquanto a violência e o sangue da guerra contra as drogas se apoderam das manchetes dos jornais, muitos mexicanos, sobretudo mulheres e crianças, enfrentam a silenciosa e violenta sorte da fome.

O criminoso bloqueio dos EUA a Cuba

Por Daniella Cambaúva e Breno Altman, no sítio Opera Mundi:

Quando amanheceu o dia 7 de fevereiro de 1962, uma ordem executiva do presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, assinada quatro dias antes, mudava drasticamente a vida dos cubanos. Como retaliação às nacionalizações de empresas norte-americanas e às crescentes relações com a União Soviética, a Casa Branca praticamente baniu vínculos comerciais com a ilha caribenha, além de proibir linhas de crédito e vários outros tipos de intercâmbio. Tinha início um dos mais duradouros e drásticos bloqueios econômicos da história moderna.

Sem sexo e álcool, BBB perde força

Por Altamiro Borges

O título acima não é de minha autoria. É da reportagem de Cecília Ritto, publicada na insuspeita revista Veja. Segundo a repórter, desde o suposto estupro no BBB-12, “a produção limita bebidas e os participantes se afastam do edredom. Resultado é um reality show pacato e com audiência em queda”. Ou seja: o apelo às baixarias é que garantia o “sucesso” do programa da TV Globo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Brasileiros não confiam na TV

Por José Dirceu, em seu blog:

Uma pesquisa que como se vê pelo nome - Índice de Confiança na Justiça Brasileira - tinha outro foco central, uma avaliação do judiciário brasileiro, terminou revelando o descrédito da população em relação as nossas emissoras de TV abertas. E elas, a poderosa TV Globo à frente, imaginam que o povo não percebe seus jogos tendenciosos, manipulações e desinformações de seu noticiário...

O "teste" de Aecinho é a ruína tucana

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A política sempre teve um que de intriga e perversidade, mas os tucanos, reconheça-se, levam este desvio ao “estado da arte”.

Fernando Henrique, há tempos, aproveitando-se do "emparedamento" de José Serra, que vê se esfarelar sua base de apoio em São Paulo, está reconstruindo seu papel no partido e, sobretudo, lustrando seu ego ferido pelo tratamento de "lazarento" que teve nas últimas campanhas presidenciais.

Yoani Sánchez é do Instituto Millenium

Do sítio Carta Maior:

A blogueira cubana Yoani Sánchez é colaboradora do Insituto Millenium, entidade financiada por um grupo de grandes empresas de comunicação (Estado de São Paulo, Abril e RBS) e de outros setores (Gerdau, Vale, Suzano, entre outras), para defender os valores liberais no Brasil. Entre eles, segundo informa o site da entidade, destacam-se a eficiência, a economia de mercado, a responsabilidade individual, a propriedade privada e a meritocracia.

Tucanos sabotam CPI do Pinheirinho

Por Raoni Scandiuzzi, na Rede Brasil Atual:

O governo do estado de São Paulo tem pressionado os parlamentares que compõem a base governista na Assembleia Legislativa a não colaborarem com as investigações do chamado "massacre do Pinheirinho", em São José dos Campos, a 97 quilômetros da capital paulista. A informação é do deputado Marco Aurélio (PT), autor do pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os abusos ocorridos na reintegração de posse do dia 22 de janeiro.

Mídia quer sangue na greve da Bahia

Por Altamiro Borges

Finalmente, o governo da Bahia decidiu reabrir as negociações com os policiais militares, que estão em greve desde 31 de janeiro. Jaques Wagner, que pode ter subestimado a duração e a extensão do movimento, passou a adotar um tom mais ameno nas suas declarações públicas. Ele ainda insiste em rotular os líderes grevistas de “bandidos”, mas agora já aceita dialogar. Menos mal!

Grécia: 15 mil demissões e arrocho

Por Altamiro Borges

Na semana passada, alguns “analistas econômicos”, que mais parecem porta-vozes do capital financeiro, andaram difundindo que o pior da crise já estava passando na Europa. Na GloboNews teve até gente que elogiou a conduta “técnica” do primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, ex-agente do Goldman Sachs, que ocupou o posto sem sequer passar por eleições democráticas. Um golpe dos bancos!

Mendonção aplaude leilão de aeroportos

Por Altamiro Borges

O ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros, também conhecido como Mendonção nos meios empresariais e políticos, adorou o resultado do leilão de três dos mais rentáveis aeroportos do país, realizado ontem na Bolsa de Valores de São Paulo. O motivo da sua alegria é mais ideológico, no campo da luta de idéias.

Matarazzo e o medo do Pinheirinho

Por Altamiro Borges

No final de janeiro, na inauguração do Museu de Arte Contemporânea, Andrea Matarazzo, pré-candidato tucano às eleições da capital paulista famoso por suas “abotoaduras de ouro”, quase saiu no tapa com ativistas que criticavam a violenta desocupação do Pinheirinho. O elitista descontrolado foi contido por seus cabos-eleitorais, mas a foto foi amplamente divulgada nos jornais e nas redes sociais.

Banqueiros lucram na crise dos EUA

Por Altamiro Borges

Fechado o balanço financeiro de 2011, uma conclusão revoltante sobre o capitalismo nos EUA – nação tão endeusada pelas mentes colonizadas. Enquanto o desemprego bate recordes históricos e milhões de famílias moram em trailers, os seis maiores bancos do país elevaram os seus lucros no ano passado.

Segundo informações da mídia ianque, JPMorgan Chase, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Bank of America acumularam mais de US$ 50 bilhões em ganhos líquidos, o que representa um crescimento de cerca de 10% em relação aos resultados anunciados em 2010.

Dilma e os movimentos sociais

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

A presidenta Dilma Rousseff acredita que ela e o governo “exageraram” no rigor com movimentos sociais no ano passado e quer remediar a situação em 2012. Menos afeita do que o antecessor a conversar diretamente com os movimentos, Dilma está disposta a tentar abrir-se mais daqui para frente. E não pretende mais colaborar com a demonização deles pelo governo, como aconteceu em 2011 a partir de escândalos a envolver organizações não-governamentais (ONGs).

O livro "Latifúndio midiota"


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CUT: “Privatizar é coisa de tucano”

Por Leonardo Severo, no sítio da CUT:

“Dilma, eu não me engano, privatizar é coisa de tucano”, entoaram nesta segunda-feira (6) manifestantes concentrados em frente à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), contrários ao processo de privatização dos aeroportos.

O protesto reuniu militantes do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Pátria Livre (PPL), que se pronunciaram contra a entrega do patrimônio público nacional. A privatização dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, de Viracopos, em Campinas, e Juscelino Kubitschek, em Brasília, que juntos respondem por 30% da movimentação dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema brasileiro foi denunciada como um “crime de lesa-Pátria”.