domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cuba, seu povo, seus sonhos

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Podemos discordar do regime político de Cuba, que se mantém sob o domínio de um partido único. Mas é preciso seguir o conselho de Spinoza: não lisonjear, não detestar, mas entender. Entender, ou procurar entender. A história de Cuba – como, de resto, de quase todo o arquipélago do Caribe e a América Latina – tem sido a de saqueio dos bens naturais e do trabalho dos nativos, em benefício dos colonizadores europeus, substituídos depois pelos anglossaxões.

Trabalho escravo nas Lojas Americanas

Do jornal Brasil de Fato:

Uma fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) flagrou cinco bolivianos em condições análogas a de escravo em uma oficina de costura que fornecia roupas às Lojas Americanas. A relação entre a rede de lojas e a confecção era através da empresa HippyChick Moda Infantil (com a etiqueta “Basic+Kids”), ambas funcionam em Americana (SP). A informação foi divulgada pelo MPT na última terça-feira (19).

Juventude se mobiliza por reformas

Do sítio da Rede Brasil Atual:

A Jornada de Lutas da Juventude Brasileira – iniciativa que reúne jovens de organizações estudantis e movimentos sociais – realizou no sábado (23) mais uma plenária preparatória para as manifestações que devem ocorrer entre 25 de março e 1º de abril deste ano em todo o país.

À frente do projeto estão UNE, CUT, MST, Levante Popular, Marcha Mundial de Mulheres, Nação Hip Hop Brasil e Via Campesina, entre outras.

Joaquim Barbosa amoleceu?

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou amolecido, cordato, compreensivo, após o generoso recesso do Judiciário. O tipo “malvadeza durão”, encarnado por ele ao longo do julgamento do chamado “mensalão” petista, esfumou-se. Talvez temporariamente ou, quem sabe, por força das circunstâncias.

Farpas de Aécio contra Eduardo Campos

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Por Altamiro Borges

Em entrevista de quase meia página ao jornal Estadão, Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, mostrou que anda meio descontrolado. Ele resolveu atacar Eduardo Campos, governador de Pernambuco, presidente do PSB e indefinido candidato às eleições de 2014. Afirmou que a legenda do pernambucano é uma “costela do PT” e insinuou que ele deveria fazer uma “terapia”. De imediato, Eduardo Campos reagiu: “[Aécio] sabe que eu estou muito mais tranquilo do que ele. Se eu preciso de um divã, ele precisa de dois”.

Dilma enterra Ley de Medios. Às ruas!

Por Altamiro Borges

Na quarta-feira passada (20), o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, confirmou o que todo mundo já desconfiava: a presidenta Dilma descartou de vez a possibilidade de o seu governo apresentar uma proposta de regulação democrática dos meios de comunicação. A Ley de Medios, como foi batizada na Argentina, foi enterrada no Brasil, um dos países mais atrasados do mundo neste debate estratégico. A notícia decepcionante foi postada primeiramente pelo sítio Tela Viva News:

Mídia enche a bola de Yoani Sánchez

Por Mário Augusto Jakobskind, no sítio Direto da Redação:

Conforme se previa, a blogueira Yoani Sánchez tem ocupado grandes espaços midiáticos e provocado furor nas hostes conservadoras. Diariamente, O Globo, por exemplo, dá chamadas de primeira página para “informar” as atividades da cubana anticastrista. Arnaldo Jabor faz análises históricas muito próximas da ideologia do Departamento de Estado norte-americano e assim sucessivamente. Tudo que o Instituto Millenium queria.

A direita e os governos Lula e Dilma

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Editorial do sítio Vermelho:

A oposição de direita e neoliberal oscila entre o patético e o lamentável na reação à comemoração dos dez anos da série de governos democráticos e populares iniciada com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e continuada por Dilma Rousseff desde 2011.

A mídia conservadora e os parlamentares da oposição na Câmara dos Deputados e no Senado tentam impingir o caráter de lançamento da candidatura da presidenta Dilma à reeleição à festa realizada em São Paulo na última quarta-feira (20) para comemorar os dez anos que mudaram o Brasil.

Por que a nossa tevê é tão ruim?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E é anunciada a segunda temporada do seriado escandinavo The Bridge. Os ingleses ficam felizes. A série passa na tevê britânica com legendas.

O fato: Bridge pegou.

Crise da mídia: nadando na superfície

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O título do seminário, realizado quinta-feira (21/2) em São Paulo, era “Caminhos da sustentabilidade: como as novas tecnologias estão impactando o modelo de negócio da imprensa, o fazer jornalístico e o relacionamento com o mundo empresarial” – uma iniciativa da consultoria Mega Brasil.

Na plateia, jornalistas, diretores de empresas e instituições encarregados das relações com a imprensa e representantes de assessorias de comunicação. Encarregados dos debates, dirigentes dos três diários de circulação nacional e do principal jornal de economia e negócios do país.

Dirceu rechaça manipulação de O Globo

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Por José Dirceu, em seu blog:

Nota de esclarecimento sobre a reportagem publicada ontem, sexta-feira, no jornal O Globo com declarações minhas sobre a Lei da Ficha Limpa:

Isoladas e sem o devido contexto, minhas declarações reproduzidas na reportagem tendem a induzir eventuais equívocos em sua interpretação.

Mais um partido “prêt-à-porter”

Por Léo Lince, no sítio Correio da Cidadania:

A ex-senadora Marina Silva, ao lançar o partido pelo qual pretende disputar a presidência da República, repetiu letra por letra a mesma declaração feita por Gilberto Kassab ao anunciar o seu próprio ajuntamento partidário. A mesma localização espacial indefinida em relação aos governos: “nem situação, nem oposição”. A mesma ideologia da “desideologização”: “o novo partido não será de esquerda, nem de direita, estamos à frente”.

Frank, Yoani e liberdade de expressão

Por Vilson Vieira Jr., no blog Mídia Aberta:

Yoani Sanchez e Frank de La Rue. Dois personagens que protagonizaram fatos distintos recentemente no Brasil, mas que fazem parte de um mesmo contexto: a liberdade de expressão. Os dois estiveram no país, e esse foi o assunto que permeou a passagem de ambos por aqui. Mas os holofotes da grande mídia não foram iguais para os dois. Na verdade, nada que lembre uma cobertura equilibrada e imparcial, como exigem as regras do bom jornalismo. Vejam o porquê!

Sodré e os crimes da imprensa

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Nelson Werneck Sodré publicou, em 1966, um livro intitulado A História da Imprensa no Brasil, que também poderia se chamar a História Negra da Imprensa brasileira. Infelizmente, é um livro esgotado, apesar de tão fundamental para a compreensão da nossa história política. Pode ser baixado, no entanto, neste site.

Sugiro a leitura do último capítulo, a Crise da Imprensa, do qual reproduzo e comento alguns trechos:

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Yoani e a diplomacia da desintegração

Por Beto Almeida

A gira da blogueira cubana Yoani Sánchez pelo Brasil tem se revelado, até o momento, uma exitosa campanha de ‘over’ exposição midiática dela, numa tentativa de distorcer a gigantesca função histórica libertadora da revolução cubana e, também, numa fracassada operação da diplomacia da desintegração. Trata-se de uma ação geopolítica da direita para tentar impedir a crescente presença política de Cuba na América Latina e Caribe por meio de vários projetos de cooperação, mas, sobretudo, pela criação da Celca (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), da qual Cuba é hoje presidente e onde foram derrotados pelos povos da região todos os esforços da agressiva política dos EUA para isolar a ilha caribenha. Começo por reivindicar 1% do espaço midiático dado a ela, para discutir este outro ponto de vista.

Clinton e os falsos moralistas

Por Altamiro Borges

Os discursos moralistas geralmente servem para acobertar as sujeiras dos políticos imorais. Que o diga Demóstenes Torres, o “mosqueteiro da ética” da Veja que foi cassado no Senado por suas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Outro caso grotesco surge agora nos EUA. O ex-senador republicano Pete Domenici, que pediu o impeachment de Bill Clinton por causa das suas relações amorosas com Monica Lewinsky, assumiu nesta semana que manteve em segredo um filho fora do casamento por mais de 30 anos.

Greve dos portuários e o ódio da mídia

Por Altamiro Borges

A greve dos portuários na sexta-feira, que mobilizou cerca de 30 mil operários em 36 portos de 12 estados, fez com que o governo recuasse na sua posição de acelerar a aplicação da Medida Provisória 595, que cria um novo marco regulatório para o setor. Após reunião em Brasília, os sindicatos anunciaram o fim imediato da paralisação. Em troca, o governo se comprometeu, finalmente, a negociar alguns pontos polêmicos do MP. A mídia patronal, que destilou ódio contra os grevistas, não deve ter gostado do desfecho.

Lula desafia FHC: vamos comparar?




Por Altamiro Borges

O infográfico acima, publicado no Valor Econômico na quinta-feira (21), explica porque o ex-presidente FHC anda tão amargurado. Ele foge como o diabo da cruz das comparações entre o seu triste reinado e as gestões de Lula e Dilma. Sabe que isto é fatal para o sonho tucano de retornar ao poder em 2014. Por isto ele se antecipou à festa dos dez anos do PT no governo e divulgou um vídeo criticando as comparações. Para FHC, isto é “picuinha”, é “coisa de criança”. Na prática, ele parece uma criança mimada – ou um senil rejeitado!

O que Aécio faria no Brasil de hoje?


Encarregado de fazer o contraponto à la carte para a mídia, Aécio Neves sequer roçou a grande pergunta embutida no feixe de avanços sociais e econômicos reunidos pela Fundação Perseu Abramo, para o evento da última quarta-feira, '10 Anos do PT'.

A pergunta é:

'Se voltasse ao poder, o que o conservadorismo faria do Brasil que temos hoje?'

Celac e a luta contra o neoliberalismo

Por Ángel Guerra Cabrera, no sítio da Adital:

Os países da América Latina e do Caribe fizeram história ao acordar na Rivera Maya, México (2010), a constituição da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Significava que os 33 Estados da região se reuniram por primeira vez em uma organização sem a presença dos Estados Unidos nem do Canadá e que, em sua grande diversidade, falaram em uma única e soberana voz no concerto mundial de nações. Sua trajetória até hoje, os pronunciamentos de sua Cúpula em Santiago do Chile (28/1/13) e a eleição unânime de Cuba para encabeçá-la até a II Cúpula de Havana (2014) demonstram isso. Essa posição, ao indicar a Washington o apoio latino-caribenho a Cuba e os protestos que Obama teve que escutar sobre a ‘argentinidade’ das Malvinas e contra o bloqueio e a ausência da ilha na chamada Cúpula das Américas, de Cartagena (2012) assinalam o crucial giro político da América Latina e do Caribe.