segunda-feira, 17 de junho de 2013

Viva a primavera da juventude!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Há tempos eu não encontrava um assunto tão desafiador como esses levantes da juventude. De início, fiquei chocado, negativamente, com algumas cenas: jovens queimando a bandeira do Brasil; um outro vestido com as cores dos EUA exibindo uma bandeira do Brasil pichada com a palavra Lixo; depredação da sede de um partido político; destruição de patrimônio público, ônibus, agências…

domingo, 16 de junho de 2013

Mídia engatilha a arma da PM

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Depois de incitar a violência policial contra jovens que têm se manifestado nas ruas em defesa de um transporte público e de qualidade, os dois maiores jornais do país viram serem agredidos, alvejados e presos alguns jornalistas. A Folha de S. Paulo mudou o tom, depois de, juntamente com o Estadão, ter defendido em editorial ações mais contundentes para conter os protestos. Na quinta-feira, antes da manifestação que terminou em atitudes policiais que remetem diretamente aos anos da Ditadura Militar, Folha e Estadão publicaram editoriais que falaram, respectivamente, em “hora do basta” e “retomar a Paulista”.

"Cancelei minha assinatura da Folha"

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Por Regina Desiree, no blog Maria Frô:

Ontem cancelei a minha assinatura da Folha de S.Paulo (que já era só aos fins de semana) assim que li o editorial onde eles exigiam a cabeça dos manifestantes ao governo do estado. Mandei uma carta para a ombudsman e hoje recebi uma resposta dela e do sr. Marcelo Leite, editor do Caderno Opinião.

Lendo, tive a certeza de que o dinheiro que vou economizar com a assinatura será muito melhor empregado nem que seja comprando figurinhas da Copa pra encher um álbum.

A luta contra o aumento das passagens

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Mais uma vez o valor das passagens do transporte público tem seu aumento. Geralmente eles ocorrem todos os anos e sempre com o argumento da inflação dos custos do setor e reajustes salariais dos trabalhadores. Há casos de que o intervalo do acréscimo do preço é maior, mas é raro.

Quem começou foram eles

Os protestos e a lógica capitalista

Por Fábio Salem Daie, no sítio Opera Mundi:

No sentido de uma crise generalizada do contexto sócio-econômico nacional e mundial, podemos afirmar que as manifestações iniciadas contra o aumento das passagens de ônibus, em diversas cidades do Brasil, são “políticas”. No entanto, parece não ser este o sentido outorgado a elas, ao menos pelos gestores estaduais. Alarmados com a força demonstrada pela articulação popular (iniciada pelo Movimento Passe Livre), os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB), apressaram-se em tachar os protestos, na última quinta-feira, de “políticos”: querendo significar, entretanto, que se tratam na verdade de estratégias partidárias e não de “mobilizações espontâneas”.

O AI-5 do governador Alckmin

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Igor Felippe, no blog Viomundo:

Guardo na memória alguns episódios do governo de Mário Covas, que considero um político importante na história, que fazia política com convicção e sangue nas veias. Líder mais autêntico da história do PSDB, Covas foi governador de São Paulo e sofreu uma pressão muito forte por conta do crescimento dos índices de violência.

A revolução será mal televisionada

Por Camila Petroni e Gustavo Menon, no jornal Brasil de Fato:

Damos o pontapé inicial em nosso texto fazendo um trocadilho com o título do documentário irlandês, de 2002, dirigido por Kim Bartleyle Donnacha O'Briain, que retrata a derrubada sofrida por Hugo Chávez na Venezuela, em abril do mesmo ano. Em "A revolução não será televisionada", os diretores abordam o caráter golpista dos grandes canais televisivos venezuelanos, que aliados à burguesia do país, efetivamente, protagonizaram um verdadeiro Golpe de Estado em Caracas. Nenhum título para o nosso texto caberia melhor, no momento - lembrando que corremos o risco de sermos acusados de vândalos pelo uso da palavra “pontapé”, acima.

Muito além dos 20 centavos

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

Os dois principais jornais paulistas amanheceram na quinta-feira (13/6) com editoriais que conclamavam a polícia à ação: “Retomar a Paulista”, pedia a Folha de S.Paulo; “Chegou a hora do basta”, enfatizava o Estadão, apelando ao “maior rigor” na repressão aos protestos contra o aumento das tarifas de ônibus.

Ao fim daquele dia, tiveram o que pediram: a polícia esmerou-se no que melhor sabe fazer e distribuiu seus coices indiscriminadamente, atingindo inclusive jornalistas, alguns dos quais feridos com gravidade por balas de borracha no rosto. Um deles, um fotógrafo, corre o risco de perder a visão.

Jovens voltam às ruas em SP

Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

Está marcado para esta segunda (17), às 17 horas, novo manifesto dos jovens contra o aumento de tarifas do transporte coletivo da região metropolitana de São Paulo. O ato ocorrerá no Largo da Batata, em Pinheiros, por onde circulam muitos ônibus.

Os jovens mostram disposição em continuar as manifestações pacíficas com a palavra de ordem que mais se ouviu no ato de quinta-feira (13): “Sem violência”.

sábado, 15 de junho de 2013

Um retrato dos jovens agitadores

Do sítio: http://www.advivo.com.br/luisnassif
Por Luis Nassif, em seu blog:

O artigo “Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar”, do nosso comentarista André Borges Lopes, entrará para a história do ativismo online brasileiro como um marco. Hoje de manhã bateu em 202 mil leituras. A divulgação se deu exclusivamente através das redes sociais e liberou o grito engasgado na garganta de milhares de jovens por todo o país.

Dei-me conta do fenômeno alertado por minha filha de 15 anos, que soube por colegas de várias partes do país, através de sua página do Facebook.

Lula e Dilma acertam o tom

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Um vez, ouvi de Luiz Carlos Prestes, comentando alguns episódios na China, a frase: “Governo que não se defende merece cair”.

Embora não se esteja tratando de queda de Governo - afinal, apesar da polícia de Alckmin, estamos numa democracia - é inegável que o governo brasileiro andou apanhando feio na luta que, querendo ou não, tem de travar com a mídia que pratica o “terrorismo informativo” ao qual se referiu a Presidenta Dilma Rousseff, ontem, na Rocinha.

Uma homenagem a Dynéas Aguiar

Arnaldo Jabor não vale 20 centavos!



Por Altamiro Borges

Arnaldo Jabor, o serviçal da famiglia Marinho, detesta os movimentos sociais brasileiros. Em seus textos nos jornais e nos seus comentários nos telejornais das Organizações Globo, ele ataca com rancor o sindicalismo, o MST, as lutas da juventude. Saudoso do reinado neoliberal de FHC, ele defende os interesses das elites. Frequentador assíduo dos convescotes do Instituto Millenium, que reúne os barões da mídia golpista, ele tem um ódio doentio das forças de esquerda. Seu último "teatrinho" contra os protestos de jovens em São Paulo confirma que Arnaldo Jabor "não vale nem 20 centavos"!


Como evitar bandidos precoces

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Já que o assunto é redução da maioridade penal, tenho uma sugestão que, com certeza, facilitará, e muito, a prevenção à criminalidade.

Supondo que reduzir de 18 para 16 anos é mero paliativo juridicês, tendo em vista que há assassinos com menos de 16 anos, deve-se encontrar uma solução para que, em breve, não haja nova campanha para criminalizar pivetes de 14, 12 ou 10 anos de idade. Sei inclusive de casos em que o criminoso tinha 6 e 5 anos. O que fazer?

O vinagre e a ação ridícula da PM

Por José Nabuco Filho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A detenção de manifestantes que portavam vinagre e a prisão em flagrante de outros por crime de quadrilha são atos ilegais e uma clara tentativa de criminalizar os movimentos sociais.

É difícil um autoritário praticar um ato de opressão e não resvalar no ridículo. Na ditadura militar, por exemplo, a par da violência, agentes da repressão, não raro, expunham-se ao ridículo com sua ação estúpida. Basta lembrar a proibição pela censura da música “Torturas de amor”, de Waldick Soriano. Talvez esse seja o ponto em comum dos reacionários: eles perdem o senso do ridículo.

Folha e Estadão exigiram repressão

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

“Folha” e “Estadão” são velhos defensores da ordem. Em 64, defenderam uma “ordem” curiosa: em nome da Democracia, era preciso atentar contra a Democracia. A gloriosa imprensa nacional implorou pelo golpe. E foi atendida. Nos anos seguintes, jornalistas foram presos, torturados. Na época, a maioria dos jornalistas tinha noção exata de que o interesse do patrão não era o interesse do jornalista. Os dois não se confundiam.

Policiais se infiltraram nos protestos

http://desmotivaciones.es
Por Dermi Azevedo, no sítio Carta Maior:

As organizações sociais que participam do Movimento Passe Livre, que luta em favor dos direitos civis e contra os aumentos dos passes de transportes públicos, denunciam a presença nas manifestações de policiais infiltrados que estimulam os manifestantes a destruírem bens públicos e particulares.

Segundo apurou Carta Maior, os policiais civis e militares provêm das segundas sessões, como são oficialmente denominados os serviços reservados das forças repressivas.

A rede de espionagem dos EUA

http://www.cartoonmovement.com
Editorial do sítio Vermelho:

As acusações do governo dos EUA à China, segundo as quais partem do país asiático ciberataques contra redes de computadores norte-americanas, são meras cortinas de fumaça para ocultar ações cometidas contra o governo e o povo chineses. É o que se pode concluir das revelações feitas pelo ex-agente da CIA, Edward Snowden sobre o vasto esquema de espionagem eletrônica, com sede nos EUA – e acobertado pelo governo de Washington – para bisbilhotar usuários de computadores e redes sociais em todo o mundo. E visando em especial, alvos localizados na China.

Protestos de rua: Ode à baderna!

Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Um dos discursos mais comuns à direita brasileira é esse: peçam o que quiserem, digam o que quiserem, mas não façam baderna. E, sobretudo, não atrapalhem o trânsito. Não por outra razão, qualquer cobertura da mídia nacional sobre passeatas, manifestações e grandes movimentações de massa acabam, sempre, em manchetes de trânsito. Os camponeses foram a Brasília pedir reforma agrária? Atrapalharam o trânsito. As mulheres da Marcha das Margaridas invadiram as Esplanada dos Ministérios para pedir saúde e educação no campo? Provocaram engarrafamentos. A moçada parou São Paulo para reclamar do aumento da tarifa do transporte público? O promotor mentecapto, parado no trânsito, pede a PM para espancar e matar os manifestantes. Afinal, o filhinho dele está na escola. Mas como chegar para pegá-lo a tempo, se os bárbaros impedem o trânsito?