sábado, 27 de dezembro de 2014

Alckmin tenta ressuscitar Roberto Freire

Por Altamiro Borges

Saiu na coluna Painel da Folha desta sexta-feira (26):

Geraldo Alckmin (PSDB) estuda uma maneira de contemplar os presidentes nacionais de dois partidos aliados ao finalizar a montagem de seu secretariado: Roberto Freire (PPS) e José Luiz Penna (PV). O tucano busca um desenho que permita à dupla, que não se reelegeu, assumir a Câmara Federal em 2015. O movimento tem em vista as eleições de 2018: amarrando os dois, Alckmin amplia sua influência nacional sobre os aliados, o que facilitaria a construção de sua candidatura à Presidência... Para que Freire assuma o mandato, o tucano precisa chamar para seu secretariado quatro parlamentares da chapa, composta por PSDB, DEM e PPS.

Aécio nota zero. "Veja" rifa o playboy!

Por Altamiro Borges

Não é para menos que o cambaleante Aécio Neves anunciou, em entrevista à Folha nesta semana, que "já cumpri meu papel" e que o governador Geraldo Alckmin deve ser o candidato do PSDB em 2018. Além da sua dupla derrota – na corrida presidencial e na manutenção do governo de Minas Gerais –, o senador sabe que não conta com a simpatia da oligarquia nativa. Ele é visto como um playboy sem condições de governar o país. A elite até o apoiou, no seu ódio ao lulopetismo, mas ele "já cumpriu o seu papel" e pode ser descartado. O "Ranking do Progresso", publicado nesta semana pela "Veja", sinaliza que ele já virou bagaço. Passado o pleito, ele recebeu nota zero do panfleto da direita nativa.   

De uma guerra fria a outra?

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Por Emir Sader, no site Carta Maior:

“Os últimos soldados da guerra fria” seriam, segundo o título do livro do Fernando Morais, os cinco cubanos que agora se reuniram em Cuba, depois da espetacular operação diplomática de normalização das relações com os EUA. Teria sido virada a última página da guerra fria.

O papa Francisco e a China

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

O papa Francisco negou-se agora, nesse dezembro de 2014, a receber em audiência o Dalai Lama. O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, explicou que a audiência “poderia causar problemas entre a China e o Vaticano”.

A diplomacia chinesa imediatamente saudou a notícia. No dia seguinte ao seu anúncio, publicado em 15/12/2014, pelo órgão de imprensa Religión Digital, o porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Quing Gang, em coletiva à imprensa, animado, disse confiar que “o Vaticano possa continuar defendendo princípios relevantes e trabalhar na mesma direção que a China para melhorar as relações bilaterais” entre a China e o Vaticano.

A piada do bolivarianismo patronal

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A demissão de João Paulo Cunha, editor de cultura do jornal Estado de Minas, publicação de maior circulação naquele estado, ajuda a colocar um traço de realismo ao debate sobre liberdade de imprensa no Brasil.

É uma piada pronta, que ajuda a lembrar que vivemos um regime que deveria ser definido como bolivarianismo patronal.

Um ano de muitas lutas e vitórias

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Chegamos ao fim de mais um ano comemorando, em 12 de dezembro, o sétimo aniversário da CTB, com a consciência do dever cumprido. 2014, um ano de muitas lutas, terminou coroado com a quarta grande vitória do povo brasileiro nas eleições presidenciais. A reeleição de Dilma Rousseff afastou o risco de retrocesso neoliberal e garantiu a continuidade do novo ciclo político inaugurado com a posse de Lula em 2003.

Quando Dilma irá acalmar a esquerda?

Por Breno Altman, em seu blog:

Abundam analistas e protagonistas elogiando as escolhas da presidente para o ministério, as medidas anunciadas nas últimas semanas e o discurso que tem predominado desde a reeleição.

A ideia-força que atrai estes aplausos é a da pacificação. Seria lance político de brilhantismo um conjunto de concessões destinadas a desarmar o clima de enfrentamento da disputa presidencial.

A luta pela reforma agrária em 2015

Por José Coutinho Júnior, no site do MST:

Em entrevista ao Jornal Sem Terra, Jaime Amorim, da coordenação nacional do MST, analisa a conjuntura política de 2014. Do 6° Congresso do MST ao período eleitoral, abre-se um espaço para um novo ciclo de lutas pela Reforma Agrária.

Para ele, o ano de 2015 será de extrema importância “para fazer ocupações de latifúndios, retomar o processo de massificação da luta pela terra, exigir do governo questões fundamentais para o desenvolvimento da Reforma Agrária Popular, dos assentamentos e para a desapropriação de terras”.

Dilma reeleita: Desafios e expectativas

Por Vagner Freitas, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Depois de doze anos, o projeto de desenvolvimento econômico e sustentável com inclusão social iniciado pelo ex-presidente Lula, em 2003, e consolidado pela presidenta Dilma Rousseff nos últimos quatro anos é o centro de uma das disputas mais renhidas das últimas décadas. Os conservadores perderam a eleição, mas querem impor suas pautas.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Metrô e as falsas promessas de Alckmin

Por Altamiro Borges

O Estadão informa nesta sexta-feira (26) que o governador Geraldo Alckmin entregará apenas duas das nove estações do Metrô e da CPTM prometidas para 2015. Durante a campanha, ele manipulou dados sobre o sistema de transporte e jurou que ele seria ampliado. Agora, garantida a reeleição – graças à ajuda generosa do Estadão e do restante da mídia tucana –, ele confessa que as obras estão atrasadas e ainda tem o cinismo de afirmar que "elas não ficam prontas em 24 horas". O PSDB está no comando do Estado há duas décadas e São Paulo tem uma das mais baixas extensões do Metrô no mundo – o que provoca superlotação e panes constantes. O Estadão, que adora questionar a reeleição de Dilma, não poderia indagar também sobre o "estelionato eleitoral" do grão-tucano?

Venina: “Heroína” da mídia é uma fraude?

Por Altamiro Borges

No seu falso moralismo, os barões da mídia costumam escolher mal seus heróis. A revista Veja, por exemplo, já elegeu o ex-senador Demóstenes Torres como “mosqueteiro da ética”. Pouco tempo depois, o líder dos demos foi cassado devido às suas íntimas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Emissoras de tevê, jornalões e revistonas também bajulavam o governador José Roberto Arruda, o “vice-careca” do tucano José Serra, até que ele foi cassado no Distrito Federal pelo desvio de milhões dos cofres públicos. Agora, a mídia já tem a sua nova heroína: Venina Velosa. Após 27 minutos de exposição no Fantástico da TV Globo, com direito a choro e a muito melodrama, ela virou a musa dos udenistas. Aos poucos, porém, as verdades sobre a ex-diretora da Petrobras aparecem e setores da imprensa até já ensaiam descartá-la como bagaço.

10 piores casos de complexo de messias

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O fim do ano é o momento em que nos lembramos do messias JC, mas é impossível deixar de lado os malas sem alça que possuem o complexo de messias. O ano de 2014 foi pródigo em megalomaníacos com fórmulas infalíveis para a salvação do Brasil e, em última análise, do universo.

Alguns tentaram nos livrar de uma ditadura comunista, outros ameaçaram seus discípulos se não seguissem seu voto - em comum, todos incapazes de admitir qualquer erro e eternamente tentando encaixar os fatos em sua visão de mundo. O tipo de gente que estraga qualquer festa de réveillon.


A xenofobia cresce na Europa

Por Gianni Carta, na revista CartaCapital:

Dois eventos na segunda-feira (15) não poderiam ser mais colidentes. Em Paris, o presidente François Hollande finalmente inaugurou o Museu da Imigração, criado sete anos atrás. Em Dresden, na Saxônia, o Pegida, sigla para “Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente”, aglutinou 15 mil manifestantes, entre eles vários jovens neonazistas. Em uníssono, a multidão gritava: “Basta com a Sharia (lei islâmica) na Europa”. Detalhe: na Saxônia há 2,1% de estrangeiros, dos quais 0,1% é de muçulmanos.

Serenidade é a melhor decisão para 2015

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A realidade exige da gente, tanto quanto firmeza, lucidez para não confundirmos o circunstancial e o essencial.

E o essencial é que, dentro das regras democráticas, o Brasil garantiu mais quatro anos de um governo de coalizão progressista.

Rádios de Aécio garfaram R$ 1 milhão

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ok, Aécio repassou R$ 1 milhão para suas próprias rádios, enquanto era governador.

Depois nós é que somos os “blogueiros sujos, patrocinados pelo governo federal”.

Ah, como é bom ser tucano!

Ministério de Dilma e o papel da esquerda

Por Valter Pomar, em seu blog:

O ministério até agora divulgado pela presidenta Dilma Rousseff provocou reações variadas entre os que apoiaram sua reeleição.

Há desde elogios rasgados, passando por críticas ponderadas, até ataques duros contra certas escolhas e/ou contra o conjunto da obra.

2014, um ano marcado pela intolerância

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Na Austrália, ainda está para ser esclarecido o que de fato aconteceu. Como um homem perto de seus 50 anos, com uma alentada ficha criminal, conseguiu uma arma – e ao que parece porte de arma – para fazer reféns quase 30 pessoas num café de Sidney, levando à catástrofe que se seguiu, com três mortos – uma mulher mãe de três filhos e o gerente de café, além do agressor.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Espanha impõe censura e proíbe protestos

Por Altamiro Borges

A onda conservadora, que mostra a sua face no Brasil com os recentes protestos pela volta ao poder dos militares, está promovendo uma violenta regressão democrática no mundo. Na semana retrasada, o parlamento da Espanha - controlado pelo direitista Partido Popular (PP) - aprovou a chamada "Ley de Seguridad Ciudanana", que impõe a censura aos órgãos de imprensa, limita os protestos populares e aumenta a repressão aos imigrantes - em especial aos africanos que chegam ao país europeu através do Marrocos. A nova legislação relembra o período sombrio do franquismo - o regime fascista que imperou na Espanha por quatro longas décadas.

A deterioração da linguagem jornalística

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A uma semana do encerramento deste que foi um dos anos mais intensos do jornalismo no Brasil, é preciso colocar em discussão uma questão que a imprensa evita o quanto pode: a linguagem jornalística dá conta de decifrar adequadamente a realidade?

A nova Lei da Mídia no Uruguai