segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Governabilidade depende das ruas

Editorial do site Vermelho:

A eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados impacta o quadro político nacional e torna ainda mais turvo o horizonte do desenvolvimento político do país.

Cunha venceu em primeiro turno, com 267 votos, quase o dobro dos 136 sufrágios colhidos pelo petista Arlindo Chinaglia. Chama a atenção que o deputado petista obteve menos votos do que o número de integrantes do bloco que liderava. Uma derrota do governo e das forças progressistas que o apoiam, principalmente do PT. A refletir sobre as causas e, sobretudo, agir para impedir que a instabilidade política que este fato gera dificulte a governabilidade da presidenta Dilma desde o início do segundo mandato.

Eduardo Cunha e um drink no inferno!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, pelo período de dois anos, me ajudou a convencer-me sobre uma necessidade urgente.

Sejamos estoicos.

O estoicismo significa, a grosso modo, aceitar as derrotas, os sofrimentos, os obstáculos, como inerentes à natureza e que devem ser, portanto, suportados com um espírito tranquilo e um coração firme.

Terceirização e o "espírito animal"

Por Altamiro Borges

O ministro Joaquim Levy, famoso por sua visão ortodoxa da economia, venera o "deus-mercado" e considera os direitos trabalhistas um estorvo. Recentemente, ele animou uma plateia de ricaços do Fórum de Davos ao afirmar que o "o modelo do seguro-desemprego está ultrapassado". Só recuou após ouvir críticas de outros integrantes do governo. Já na semana passada, num evento promovido pelo Bradesco, ele convocou o empresariado a resgatar seu "espírito animal" e garantiu que adotará todas as medidas para garantir o ambiente necessário a este resgate. Ele citou o ajuste fiscal como uma das medidas neste sentido. Talvez também quisesse falar sobre o seu empenho pela ampliação da terceirização nas empresas, mas foi mais contido... temendo um novo pito do Palácio do Planalto.

FHC e 'Veja' pregam golpe paraguaio

Por Altamiro Borges

Derrotada nas urnas em outubro passado, a direita está excitada com a possibilidade de derrubar a presidenta Dilma Rousseff através de um golpe "made in Paraguai" – via pedido de impeachment no Supremo Tribunal Federal (STF). Neste final de semana, dois representantes desta corrente deixaram explícita esta tática golpista. Em artigo publicado no Estadão, no domingo (2), o ex-presidente FHC, recalcado com sua abissal rejeição na sociedade, sinalizou com esta hipótese. No mesmo rumo, a criminosa revista "Veja" estampou na capa a manchete "Reação em cadeia", indicando que a sinistra Operação Lava-Jato pode resultar no impeachment de Dilma e na prisão de Lula.

Dez considerações sobre o novo Congresso

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o Congresso Nacional empossado, neste domingo, é conservador socialmente, atrasado do ponto de vista dos direitos humanos, temerário em questões ambientais, liberal economicamente e pulverizado partidariamente.

Sobre isso, reuni algumas considerações oriundas de debates que venho travando, por aqui, há algum tempo:

Eduardo Cunha abre era regressiva

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para entender o alcance da votação de hoje na Câmara de Deputados, convém compreender as propostas do candidato vitorioso, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ao derrotar Arlindo Chinaglia por 267 votos a 136, Eduardo Cunha cravou a vitória em primeiro turno e deu um golpe duro na agenda de medidas progressistas que o país debateu nos últimos anos.

As democracias e o direito à comunicação

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A regulação dos meios de comunicação é algo comum nas grandes democracias do mundo. Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Espanha, entre outros países, há várias décadas estabeleceram regras para o setor. A maioria busca atualizá-las constantemente para alinhar a legislação às inovações tecnológicas e às transformações sociais. Os britânicos, por exemplo, a cada cinco anos, em média, discutem e aprovam no Parlamento novas regras para a mídia eletrônica. E recentemente aprimoraram a regulação para os meios impressos.

O significado da vitória de Cunha

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito presidente da Câmara neste domingo (1), com 267 dos 513 votos, dez a mais do que a maioria absoluta necessária para lhe garantir a vitória em 1º turno. Foi uma derrota importante para o governo da presidenta Dilma Rousseff, que o tem como desafeto e apostou todas as suas fichas na vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Os jornalões e o DNA da História

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de sexta-feira (30/1) destacam, em suas primeiras páginas, o déficit das contas públicas que marca o encerramento do ano fiscal de 2014, a decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de obras e a perspectiva de suspender o pagamento de dividendos aos seus acionistas, além de referências à disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e, claro, novos registros sobre a crise de abastecimento de água na região Sudeste. O desemprego caiu para 4,8% no ano passado, mas apenas a Folha de S.Paulo cita esse fato na primeira página.

Não tentem sufocar a Grécia

Por Nuno Ramos de Almeida, no site Outras Palavras:

O secretário de Estado Henry Kissinger, o poderoso chefe da diplomacia norte-americana nos anos de fogo da revolução portuguesa, que esteve nos governos de Richard Nixon e Gerald Ford, ficou famoso pela sua teoria da vacina. Se Portugal caísse nas mãos dos comunistas – uma espécie de Cuba no velho continente –, isso serviria de exemplo, evitando que outros países do Sul da Europa seguissem o mesmo caminho. Segundo documentos revelados recentemente, numa reunião na Casa Branca em Abril de 75 com o presidente Ford e o conselheiro nacional de segurança Brent Scowcroft, o homem que vaticinava que Mário Soares se tornaria o Kerenski português [primeiro-ministro russo derrubado por Lênin] até arriscou uma previsão: “Em 1980 podemos ter comunistas governando Portugal, a Grécia e talvez Itália.”

O risco forte de recessão no Brasil

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

A situação está difícil, o mundo atravessa uma crise de duração indeterminada e o Brasil vive claramente um risco seríssimo de recessão, hipótese admitida em relatórios elaborados pelos maiores bancos do País. O complicador do quadro é o ajuste fiscal baixado pelo governo em dezembro, complementado na segunda-feira 19 com o aumento de impostos sobre combustíveis, crédito ao consumidor e importações e mudanças no Imposto Sobre Produtos Industrializados para o setor de cosméticos.

Mão na carteira: Cunha é eleito

Do blog Viomundo:

O Congresso brasileiro escolheu neste domingo seus líderes. No Senado, Renan Calheiros venceu Luis Henrique, ambos do PMDB, 49 votos a 31.

Na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) teve 267 votos contra 136 de Arlindo Chinaglia (PT).

As eleições aconteceram sob a sombra da Operação Lava Jato.

PSDB garantiu vitória de Cunha

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A eleição do deputado Eduardo Cunha para a presidência da Câmara em primeiro turno, com 267 votos, aconteceu com a ajuda decisiva do PSDB, que no voto secreto traiu o candidato do PSB, Julio Delgado. Este detalhe apenas reforça a percepção do PT de que, depois de sua eleição, apesar do discurso conciliador ao tomar posse, a vida do governo jamais será a mesma. A derrota do governo foi acachapante. Apesar de todo o empenho, Arlindo Chinaglia teve apenas 136 votos, o que refletiu a grande resistência dos deputados ao governo Dilma.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

A crise da água e o apocalipse da mídia

Por Altamiro Borges

A mídia tucana, que fez de tudo para blindar o governador Geraldo Alckmin durante a campanha eleitoral do ano passado, agora dá sinais de pânico diante do agravamento da crise da água em São Paulo. Os reservatórios do Sistema Cantareira, que abastecem mais de 6,5 milhões de moradores da capital paulista e da região metropolitana, não param de baixar. Nesta semana, apesar das chuvas de verão, eles registraram capacidade inferior a 5%. Vários bairros estão sem água na torneira; estabelecimentos comerciais, como restaurantes e bares, dispensam os funcionários antes do final do expediente; indústrias ameaçam demitir funcionários. O governo tucano, alertado para problema há mais de cinco anos, está prostrado. Diretores da Sabesp já falam em rodízio: cinco dias sem água e dois com. O governador ainda posa de “picolé de chuchu”, como se a grave crise não fosse da sua absoluta responsabilidade. Neste cenário, a mídia tucana passa a pintar um quadro apocalíptico.

Eduardo Cunha derrota Dilma

http://www.guerrilhagrr.com.br/
Por Altamiro Borges

O terceiro turno da eleição presidencial começou e com forte carga inflamável. O lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ) venceu com folga as eleições para a presidência da Câmara Federal na noite deste domingo (1). O peemedebista “rebelde” teve 267 votos; Arlindo Chinaglia (PT-SP) conquistou apenas 136 votos; Júlio Delgado (PSB-MG) obteve 100 votos; e Chico Alencar (PSOL-RJ) beliscou oito votos. Dois deputados votaram em branco. A eleição foi definida em primeiro turno porque Eduardo Cunha garfou mais que a metade mais um dos votos. Todos os 513 deputados votaram no pleito. O renomado lobista exercerá a presidência da Câmara dos Deputados nos dois próximos anos, que prometem ser bem agitados.

Petrobras, Sabesp e a mídia seletiva

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um amigo meu pergunta no Facebook: “O que a Dilma quer? Convencer todo mundo de que a Petrobras tem que ser privatizada?”

Entrei na conversa.

“Acho que a pergunta certa é: o que a mídia quer com esse bombardeio? Compare com a Sabesp, que está prestes a deixar os paulistanos sem água para dar descarga e ninguém fala nada.”

Amplo debate da regulação da mídia

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Do site do FNDC:

Representantes do FNDC defenderam, junto ao ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, a necessidade de o governo liderar um amplo debate sobre o novo marco legal para as comunicações. A organização também apresentou o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para a Comunicação Social Eletrônica, conhecido como Projeto de Lei da Mídia Democrática, e disse que o ministério precisa ter um papel político, e não meramente técnico, para a discussão das políticas públicas de comunicação que garantam pluralidade e diversidade na mídia brasileira. O FNDC solicitou, ainda, abertura de mesa diálogo permanente entre o governo e as entidades da sociedade civil que atuam pela democratização da comunicação.

Séries do cabo devoram novelas da Globo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Assistindo a série "Good Wife" pude entender melhor o fascínio que essas séries da TV a cabo provocam nas minhas caçulas e nos seus coleguinhas. Tempos atrás, essas séries eram o tema único nas reuniões do grupo.

A série, no caso, é sobre a esposa de um Procurador Geral que é temporariamente preso com uma falsa acusação de crime em cima de uma acusação verdadeira de escândalo sexual.

Youssef passou a perna no MP e no STF

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ex-sócio e “laranja do laranja” Alberto Youssef diz, na Folha de hoje, com todas as letras, aquilo que todos já desconfiavam: que o seu “arrependimento” não vai além de cerca de um terço do que roubou – nos negócios das empreiteiras e, provavelmente, nos negócios de evasão de divisas pelo qual já foi “perdoado” pelo juiz Sérgio Moro, no caso Banestado, ainda no governo FHC.

A ofensiva golpista e as mudanças

Editorial do site Vermelho:

A esperada fala da presidenta Dilma Roussef, na primeira reunião ministerial na última terça-feira (27), pode ser considerada como a retomada de uma iniciativa política, que tem o valor de uma contraofensiva ao sistema oposicionista, que reúne os partidos conservadores, a mídia hegemônica e o capital financeiro.