domingo, 22 de fevereiro de 2015

Lava-Jato e a dança dos bilhões

Por Mauro Santayana, na Rede Brasil Atual:

O Ministério Público Federal acaba de propor que se multe as empresas envolvidas com a Operação Lava Jato em mais de R$ 4 bilhões, quando o dinheiro efetivamente desviado comprovadamente ainda não chegou a R$ 400 milhões. Querem criar a figura de danos morais coletivos, além de multas, para chegar a mais ou menos R$ 10 pagos pelas empresas para cada real desviado. 

O bem comum foi enviado ao limbo

Por Leonardo Boff, em seu blog:

As atuais discussões políticas no Brasil em meio a uma ameaçadora crise hídrica e energética se perdem nos interesses particulares de cada partido. Há uma tentativa articulada pelos grupos dominantes, por detrás dos quais se escondem grandes corporações nacionais e multinacionais, a midia corporativa e, seguramente, a atuação do serviços de segurança do império norte-americano, de desestabilizar o novo governo de Dilma Rousseff.

O alvo de Moro é Lula. E, talvez, mais

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na coluna de Monica Bergamo, na Folha, a declaração de quem sabe – porque está recebendo as perguntas e as propostas de acordo da Polícia Federal, do Ministério Público, com a cobertura do Juiz Sérgio Moro, que estende indefinidamente a duração da prisão dos acusados – o objetivo do método “vai ficar preso até que diga o que queremos que você diga”.

Solidariedade plena à Venezuela

http://aporrea.org/
Editorial do site Vermelho:

A Venezuela está mais uma vez às voltas com uma ameaça de golpe de Estado, fruto da ação das oligarquias locais, representadas por forças que optaram pela violência e a ilegalidade, com o apoio aberto dos Estados Unidos, em mais uma tentativa de ingerência e desestabilização. A ação golpista se desenvolve em meio à guerra econômica e ao terrorismo midiático

Os pecados de Dilma Rousseff

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Adhemar de Barros levou para casa as urnas marajoaras do museu. Ernesto Geisel, os vasos chineses presenteados por autoridades estrangeiras em visita oficial. Exemplos daquele patrimonialismo que o ministro Levy parece desconhecer. Mas há formas piores.

O presidente da Petrobras aos tempos da ditadura do acima citado Geisel, Shigeaki Ueki, foi o primeiro grão-mestre da corrupção na empresa criada por Getúlio Vargas. Certo Barusco de quem muito se fala é destacado executivo da Petrobras desde meados dos anos 90, aquele período abençoado pela mídia deliciada, em que reinou Fernando Henrique, quando ainda não havia comprado os votos para conseguir no Congresso o seu segundo mandato, debaixo dos aplausos midiáticos.

A indústria de mentiras contra Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todos sabem qual foi a primeira grande mentira pública sobre Lula. No segundo turno da campanha eleitoral à Presidência de 1989, Miriam Cordeiro, ex-namorada do então candidato do PT à Presidência, Lula, apareceu no programa eleitoral de seu adversário, Fernando Collor, para acusar o pai de sua filha Lurian de supostos defeitos morais.

Acabou o Carnaval: agora é guerra!

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Não vai ter refresco nem para curar a ressaca do Carnaval. Em plena Sexta-feira de Cinzas, Dilma e Aécio reapareceram em público, ao mesmo tempo, em Brasília, para dar uma amostra do clima de guerra que nos aguarda neste ano de 2015.

Dilma, mais magra e falante, atacou primeiro:

As delações contra o demo Agripino Maia

Por Daniel Dantas Lemos, no blog De olho no discurso:

Abril de 2012. O empresário paulista Alcides Barbosa está preso, em São José do Rio Preto, desde a deflagração da Operação Sinal Fechado em novembro de 2011.
 
Assistido por advogados pagos pelos demais envolvidos, Alcides percebe que a sua defesa, na verdade, não o defende e seu objetivo é mantê-lo encarcerado para garantir o seu silêncio.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Agiotas tentam estrangular a Grécia

Por Altamiro Borges

Não é só no Brasil que a direita não aceita a derrota nas urnas e tenta impor o seu programa rejeitado pelos eleitores. Na Grécia rebelde, que deu uma guinada à esquerda no pleito de janeiro passado, as forças do capital também se articulam para emparedar o governo do Syriza. Depois de uma longa negociação, concluída nesta sexta-feira (20), os chefões da zona do euro conseguiram impor o seu calendário de pagamento da draconiana dívida externa do país. Pelo acordado, os gregos terão quatro meses para garantir o resgate financeiro. O novo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, reivindicava um prazo maior, mas teve que ceder sob a chantagem da exclusão da Grécia da zona do euro e da implosão econômica no país.

Lava-Jato e o terror econômico

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Determinados acontecimentos históricos tem uma reconhecida capacidade de iludir seus contemporâneos.

O mais recente envolve a multa de R$ 4,47 bilhões que o Ministério Público pretende aplicar contra seis empresas envolvidas na Operação Lava Jato. O MP também pretende impedir que participem de licitações, que recebam benefícios fiscais e juros subsidiados em seus investimentos.

A solidariedade a Miguel do Rosário

Por Fernando Brito, no blog O Cafezinho:

Miguel do Rosário, por um post em O Cafezinho, foi condenado, já em segunda instância, a indenizar por Ali Kamel, que, como se sabe, tem conseguido diversas condenações a blogueiros.

Não entro no mérito – porque, ao que parece, não se pode mais discutir o que dizem juízes – e tento não abrir o flanco a processos judiciais deste senhor, é evidente. Razão pela qual este posts não será aberto a comentários, pois não disponho de uma equipe para triá-los todos e no que sair nas intervenções dos leitores, pode-se explorar uma eventual co-responsabilidade do autor, ainda que seja nenhuma, nestes tempos de redes sociais.

Por que os jornalistas não reagem?

Por Fabio Lau, no jornal Correio do Brasil:

A atitude do jornalista inglês do The Daily Telegraph, Peter Oborne, que pediu demissão por não concordar com a linha editorial do jornal na cobertura do escândalo Swissleaks/HSBC, não repercutiu na mídia tradicional brasileira. Nas suas páginas, telas ou ondas de rádio, naturalmente. Mas no meio profissional, nas rodas de conversa, o caso foi debatido – aos sussurros – durante todo o dia.

A graça da não-notícia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A leitura crítica dos jornais brasileiros pode produzir momentos interessantes, não propriamente pelo que dizem, mas principalmente pelo que tentam esconder. O hábito de analisar criticamente o conteúdo da mídia tradicional produz calos no cérebro, e eventualmente o observador passa a enxergar não mais a notícia, mas a não-notícia, ou seja, aquilo que o noticiário dissimula ou omite.

Mexeu com o Cafezinho, mexeu comigo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Miguel do Rosário, autor do blogue O Cafezinho, foi condenado em segunda instância, sem possibilidade de recurso, a pagar R$ 20 mil de indenização ao diretor-geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel. Com os custos judiciais, o blogueiro terá que desembolsar algo em torno de R$ 30 mil.

O episódio é simbólico por vários motivos. Rosário fez uma crítica política ao jornalista global por conta da sua função, e os adjetivos mais pesados utilizados por ele foram “sacripanta” e “reacionário”. Nada perto do que se escreve a respeito de Lula e Dilma, por exemplo, na mídia tradicional. É bom lembrar, aliás, que a Globo de Kamel emprega em um de seus canais um jornalista cuja principal obra literária se chama “Lula é minha anta”.

A primeira grande batalha da Grécia

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Precisamente no instante em que este texto for ao ar – às 12h de sexta-feira, 20/2 – começará em Bruxelas a primeira grande batalha entre o novo governo grego e os 19 ministros das Finanças da zona do euro, aflitos por enquadrá-lo. Será um encontro de algumas horas e enormes implicações globais. Desde 2009, a União Europeia é o território em que a aristocracia financeira – o 1% ou 0,1% de super-ricos do planeta – foi capaz de impor melhor sua resposta à crise econômica aberta um ano antes.

Globo cavou sua própria sepultura

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Se o caos precede a ordem e o vácuo a nova era, a situação brasileira está como os sociólogos gostam.

Tem-se um governo Dilma decididamente sem rumo e uma oposição medíocre, alimentando-se apenas de golpismo; um Congresso entregue nas mãos do pior negocismo; um sistema partidário fragmentado.

E, finalmente, grupos de mídia enfrentando de forma inglória um fim de ciclo, um período em que reinaram absolutos no universo da opinião pública, e que está prestes a se encerrar.

Caso HSBC e a "independência" da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quanto há de independência real na imprensa que os suspeitos de sempre gostam de chamar, peitos estufados, de “independente”?

O episódio da estrepitosa demissão de um colunista do jornal britânico Daily Telegraph joga luzes sobre este assunto.

Peter Oborne disse que saía porque a cobertura do jornal do caso HSBC é uma “fraude contra os leitores”.

Viração diz 'não' ao dinheiro da Globo

Da revista Fórum:

Depois de um amplo debate com os seus colaboradores, a ONG Viração Educomunicação, que desenvolve projetos para jovens de todo o Brasil voltados para a área da comunicação, resolveu recusar a oferta de doação da Rede Globo no valor de R$130 mil.

Desde 2003 a ONG fomenta e divulga processos e práticas de educomunicação para jovens, adolescentes e comunicadores, tendo encabeçado inúmeros projetos e publicado cartilhas e revistas ao longo desse tempo. Neste sentido, a organização se posiciona favoravelmente à regulação e democratização da mídia, o que serviu de mote para a recusa da doação.

A mão da democracia na rua

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A Islândia é uma nação diminuta perto do Brasil, uma espécie de Santa Catarina de gelo, com população menor que a de Jundiaí. Apenas 320 mil habitantes.

Se é possível dizer que essas características lhe dão flexibilidade para soluções impensáveis aos ‘baleias’ - viver de turismo e pesca, por exemplo - também é verdade que o seu poder de barganha é infinitamente menor.

Guiar-se pelo imperativo dos mercados seria o previsível no seu caso, deixando-se levar de forma mais ou menos passiva pela maré dos interesses graúdos que dominam a cena global.

Quando juízes viram censores

Por Audálio Dantas 

A Constituição Federal de 1988, uma conquista do povo brasileiro, garante plena liberdade de expressão no país. No entanto, a censura que garantiu a permanência da ditadura civil-militar por mais de vinte anos, durante os quais foram praticadas as mais graves violações dos Direito Humanos, ainda não foi totalmente eliminada.