quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cuba, Irã e os midiotas nativos

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A notícia mais importante da quarta-feira (15/4), em toda a imprensa mundial, é a oficialização da iniciativa do presidente americano, Barack Obama, de retirar Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. Trata-se de uma decisão corajosa e ao mesmo tempo pragmática, que, como registrou a revista Época na reportagem de capa que circula nesta semana, faz de Obama um personagem destacado da História contemporânea. Assim, o segundo mandato do atual presidente dos Estados Unidos vai se caracterizando como um período de distensão, o que inclui a perspectiva de uma reconciliação com o Irã.

Sair das cordas e partir para o ataque

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Agora que a histeria golpista das manifestações da direita dá sinais nítidos de arrefecimento, está mais do que na hora de o governo Dilma romper o cerco em que se encontra, tomar a iniciativa do combate e acuar o adversário. Todos sabemos que é difícil ganhar por nocaute, mas por pontos ainda é possível. Basta um mínimo de coragem política. No day after do fracasso dos coxinhas, Dilma foi bem. Pela primeira vez, criticou com a contundência necessária a redução da maioridade penal. Pensei em dez ações com potencial para fazer com que o governo vire a página dos terríveis primeiros 100 dias, refaça as pontes com quem a elegeu e imponha baixas ao inimigo.

Terceirização e o silêncio de Dilma

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora a campanha pelo veto ao projeto de lei 4330 já tenha chegado às redes sociais, num movimento que inclui um video de Camila Pitanga e Wagner Moura, a presidente Dilma Rousseff evitou assumir um compromisso a respeito. "Não adianta me perguntar agora porque não vou dizer o que pretendo fazer", reagiu a presidente, hoje de manhã, no Planalto, quando falou sobre o assunto durante uma entrevista a um grupo de blogueiros, a qual o 247 estava presente.

Dilma e o filho de Miriam Leitão

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ao final da entrevista que a presidenta Dilma concedeu a blogueiros na manhã de ontem, a jornalista Cynara Menezes perguntou o que ela tinha achado de um post do blogueiro de O Globo, Ricardo Noblat, que descrevia uma briga entre Lula e a presidenta.

A presidenta que já estava começando a se levantar para sair perguntou aos seus assessores do que se tratava e enquanto Cynara começava a explicar, em tom indignado, disse: “É aquela história da Jane, né? Eles não desistem. Na eleição, tentaram comprar isso. Não vou dizer quem foi, mas foi um jornalista que tentou comprar a dona Jane durante a eleição.”

A prisão de Vaccari e o 'show' de Moro

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Tem-se de reconhecer: o “timming” do Dr. Sérgio Moro é digno dos melhores diretores de filme policial.

Não permite que o ritmo caia, cria a todo momento fatos que alimentam o clima de tensão permanente.

Gente que está há meses com seu sigilo bancário quebrado, com todas as suas movimentações financeiras expostas faz tempo vão sendo presas em doses, mantendo a “chapa quente” e um clima de apreensão e gritaria da mídia.

Um analfabeto político mirim: Kataguiri

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

É simplesmente inacreditável a quantidade de pseudoluminares de direita que o Brasil vem produzindo nos últimos anos.

A qualidade é desprezível. Onde alguém como Nelson Rodrigues, ou Roberto Campos, ou Mario Henrique Simonsen?

Em nenhum lugar, lamentavelmente.

Em compensação, a tropa não para de ganhar novos soldados rasos. Rasos nos debates, rasos nas formulações, rasos nos textos. Rasos em tudo, em suma, verdadeiros recrutas zeros do reacionarismo.

Trabalhar mais e ganhar menos

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A palavra é feia, mas ainda não inventaram outra melhor para expressar o que ela significa: sistema de aluguel de mão de obra para reduzir os custos das empresas, aumentando a carga de trabalho e diminuindo os salários dos empregados.

Em resumo, é isso. Enquanto todo mundo se distrai com as ações de Levy na economia e Temer na política, a Lava-Jato e os novos rumos dos movimentos pelo impeachment da presidente Dilma, nossos deputados, discretamente, sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estão armando aquilo que o sociólogo Ruy Braga chamou de "maior derrota dos trabalhadores desde o golpe de 1964".

Dilma joga a crise para o Congresso

Foto: Cristhyana Abreu/ CTB
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Metida em um blazer vermelho com brincos da mesma cor, a presidenta Dilma Rousseff chegou lépida e fagueira à sala de reuniões do terceiro andar do Palácio do Planalto às 10h30 de hoje para um bate-papo com blogueiros. “Lépida e fagueira” não é força de expressão: com muitos quilos a menos, Dilma está mais leve até mesmo na linguagem corporal. Parece mais… coquete.

Dilma e a crise política

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

A presidenta Dilma Rousseff carregou para o seu segundo mandato um acúmulo de desajustes econômicos e também uma crise política advinda de um longo “terceiro turno”, em que as forças políticas derrotadas investiram em formas pouco convencionais de embargo à candidatura vencedora. “Logo depois das eleições, veio o inusual pedido de recontagem de votos”, lembrou Dilma, em entrevista exclusiva à Carta Maior e outros jornalistas da mídia alternativa, nesta terça-feira. Foi atípica, segundo ela, porque o país tem um sistema de votação eletrônico eficiente e nunca foi questionado pelas partes em disputa. Em seguida, veio uma pressão para a rejeição de contas de campanha, rejeitada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O estresse eleitoral se prolongou até a posse.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Dilma está muito segura. Preocupante!

Por Altamiro Borges

Na manhã desta terça-feira (14), na sala de reuniões do quarto andar do Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff concedeu uma entrevista exclusiva para um grupo de blogueiros. Participaram da coletiva Maria Inês Nassif, Cynara Menezes, Paulo Moreira Leite, Renato Rovai e Luis Nassif. A conversa foi franca, elucidativa e bem descontraída. Durou cerca de uma hora e meia e ainda teve mais outros 40 minutos de conversa informal – que incluiu literatura, filmes de preferência e algumas amenidades. No geral, a presidenta se mostrou muito segura, convicta das ações do seu governo e confiante no futuro. Confesso, porém, que sai bastante preocupado da entrevista em Brasília.

Homenagem à TV Globo foi na medida

Foto: Maryanna Oliveira / Câmara dos Deputados
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

A Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene nesta terça-feira (14) em homenagem à TV Globo, que no próximo dia 26 completará 50 anos de fundação. A sessão fez justiça à emissora fundada por Roberto Marinho: aconteceu sem povo, foi autoritária e medíocre.

As galerias estavam vazias e o plenário a meia bomba. Sessões solenes, em geral, são abertas ao público, desta vez a entrada só foi permitida para convidados. A Globo fez questão de manter o povo à distância. Na plateia, funcionários da empresa, incluindo antigos atores como Tônia Carrero, Milton Cunha e Juca Oliveira. Comandando a homenagem não poderia haver pessoa mais representativa do que significa o sistema Globo do que o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A entrevista de Dilma aos blogueiros

Por Cíntia Alves e Luis Nassif, no Jornal GGN:

"Muito do que se considera crise ocorre sistematicamente no Congresso", avaliou Dilma Rousseff (PT), na manhã desta terça-feira (14). Apesar de os jornais noticiarem diariamente problemas com aliados políticos, resistência ao ajuste fiscal, manifestações de direita contrárias ao governo e até os pedidos de impeachment, a avaliação de Dilma diante do cenário é de que esse clima de terceiro turno deve ser encerrado em breve. "A chegada de [Michel] Temer na negociação política vai dar um grande salto. Nao é uma mágica qualquer, é uma negociação", ponderou.

A violência na "homenagem" à Globo

As fofocas do "jornalista" Noblat

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Há cerca de um ano, o colunista e blogueiro das Organizações Globo Ricardo Noblat falou a um curso de jornalismo sobre “Como criar um blog”. Em vídeo divulgado na internet, afirmou que “um blog jornalístico” tem que “respeitar as regras universais do jornalismo”.

Segundo o autor dessa opinião, um blog jornalístico tem que respeitar a “questão da ética”, tem que “dar voz a várias pessoas envolvidas numa eventual notícia”, “tem que respeitar a lei da correção, tem que corrigir, tem que checar a informação”.

Dilma explica ajuste fiscal a blogueiros

Da revista Fórum:

Na manhã desta terça-feira (14), a presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista de aproximadamente uma hora e meia a seis blogueiros. Estiveram presentes na coletiva Altamiro Borges, do Centro Barão de Itararé; Cynara Menezes, do Socialista Morena; Luis Nassif, do Jornal GGN; Maria Inês Nassif, da Carta Maior; Paulo Moreira Leite, do Brasil 247, e Renato Rovai, do Blog do Rovai e revista Fórum.

Confira abaixo a primeira parte da entrevista, na qual a presidenta fala sobre a situação econômica do país e defende a necessidade do ajuste fiscal.

O luta contra "maldades" do Congresso

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Cinco centrais e sindicatos de diversas categorias preparam para amanhã (15) manifestações, protestos e paralisações em todas as regiões do país. O foco é o Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, mas os dirigentes chamam a atenção para a sequência de iniciativas de inspiração conservadora que surge no Congresso – e também cobram reviravolta na agenda do Executivo.

Prisões no ato contra a Globo na Câmara

Do blog Escrevinhador:

Um grupo de militantes de organizações de juventude e do movimento de democratização da comunicação foi reprimido pela Polícia Legislativa, em sessão solene em homenagem aos 50 anos da Rede Globo, na Câmara dos Deputados, na manhã desta terça-feira.

Três ativistas tentaram estender uma faixa no auditório com a frase “A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”, quando foram detidos pela Policia Legislativa. Depois da sessão, foram liberados.

A bancada BBB domina o Congresso

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Após algumas sessões marcadas por protestos, bate-bocas e intensa troca de acusações, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou na terça-feira 31 a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal no Brasil. Agora, a discussão caminha para uma comissão especial, que terá cerca de três meses para debater iniciativas similares e consolidar um relatório a ser votado no plenário. Entre as sugestões, há toda sorte de “soluções”, da responsabilização de adolescentes apenas em caso de crimes contra a vida à espantosa proposta de baixar o limite de idade para 12 anos.

Lava Jato: o espetáculo continua

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Agora entendo porque os procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro “pediram a mídia” para pressionar as instâncias superiores do Judiciário a julgar tudo muito rápido.

O espetáculo não pode parar. E tem de ser rápido, para confundir a opinião pública, produzindo um clima de caos.

A mídia sempre gostou de coisas rápidas e confusas, que ela controla em função das enormes equipes que só ela consegue mobilizar para manter o controle sobre esse tipo de narrativa.

A operação Datafolha e o impeachment

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de terça-feira (14/4) ainda faz o rescaldo das manifestações realizadas no domingo anterior, e os principais diários de circulação nacional tentam compor um quadro no qual a cena central é o movimento da própria imprensa em favor do impeachment da presidente da República.

O conteúdo das reportagens sobre a crise política, editoriais, artigos e até algumas notas daquelas colunas de inconfidências e fofocas convergem para uma ideia estapafúrdia: justificar um pedido de interrupção do mandato da presidente com base numa pesquisa Datafolha. A lógica dessa manobra depõe não apenas contra a honestidade intelectual dos autores da ideia e dos editores que a abrigam, mas chega a lançar uma sombra de dúvida sobre a sanidade das mentes que conduzem as decisões editoriais da mídia tradicional.