quinta-feira, 16 de abril de 2015

A cara-de-pau do demo Agripino Maia

Do blog Viomundo:

O Brasil ingressou esta tarde em um novo capítulo na História da cara-de-pau, quando líderes da oposição receberam no Congresso representantes dos movimentos que promoveram as manifestações de 15 de março e 12 de abril.

Estavam presentes os presidentes do PSDB, Aécio Neves, do Solidariedade, Paulinho da Força, do PV, Luiz Penna, do PPS, Roberto Freire e o representante do PSB, ex-deputado Beto Albuquerque.

Há uma ditadura judicial no Brasil

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Prisão é um castigo. Um dos mais duros. Mesmo que seja uma prisão “especial” que não tenha condições subumanas de confinamento, privar alguém da liberdade é um castigo que, pela crueldade, só deveria ser aplicado contra quem é possível provar que ou ameaçou a sociedade ou praticou atos que dificultem ou impeçam que essa pessoa seja investigada.

As certezas férreas de Dilma Rousseff

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nas próximas semanas, deverá ocorrer uma descompressão do quadro político e econômico.

A indicação do vice-presidente Michel Temer para a coordenação política deverá acalmar a base de apoio do governo.

Gradativamente a Petrobras vai sumindo do noticiário, a não ser nos ecos da Lava Jato. A aprovação do balanço deverá colocar um ponto final nas dúvidas sobre a empresa, embora persistam as ações judiciais nos Estados Unidos.

Terceirização: Cunha sofre derrota

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Pressionada por protestos de rua e pelas redes sociais da internet, a Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira 15 adiar a conclusão da votação da Lei da Terceirização. Uma nova tentativa será feita na próxima quarta-feira 22. Com os parlamentares sentindo-se acuados, porém, é possível que uma nova polêmica leve a outra postergação, talvez até mesmo ao abandono da proposta.

A crueldade na rádio Ku Klus Pan

Por Altamiro Borges

A rádio Jovem Pan – que hoje é um antro de direitistas furiosos e até foi rebatizada de rádio Ku Klus Pan – demitiu nesta semana um dos seus jornalistas mais respeitados. Cláudio Carsughi trabalhava na emissora há quase 60 anos e era conhecido por seus comentários esportivos. De forma truculenta, ele foi dispensado sob o argumento de redução de custos. Poucos dias antes, porém, a rádio Ku Klus Pan anunciou a contratação do provocador Danilo Gentile. Ela já havia incorporado a sua "equipe" outros dois fascistas notórios – Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade. A crueldade contra Carsughi gerou uma onda de revolta entre os ouvintes e de críticas de outros profissionais da imprensa.

Mais um tucano escapa da cadeia!

Por Altamiro Borges

Enquanto a mídia promove um baita show com a prisão ilegal de João Vaccari, tesoureiro do PT, os tucanos gordos seguem totalmente impunes. Segundo matéria do UOL desta quarta-feira (15), que não ganhou manchete no jornalão golpista ou comentários hidrófobos nas emissoras de tevê e rádio, o deputado Barros Munhoz (PSDB-SP) acaba de se livrar de qualquer punição pelos seus crimes. Ele foi denunciado por apropriação indevida e desvio de recursos públicos quando foi prefeito de Itapira, no interior paulista, entre 1997 e 2004. Mas o seu processo caducou na Justiça de São Paulo – totalmente controlada pelos tucanos – e ele seguirá distante da cadeia e dos holofotes midiáticos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Atos contra terceirização. Cadê a Globo?

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por Altamiro Borges

Balanço parcial do dia nacional de luta contra a terceirização, realizado nesta quarta-feira (15), indica que esta mobilização só tende a crescer no país. Ocorreram paralisações parciais, passeatas e atos públicos em 23 Estados e no Distrito Federal. Várias categorias aderiram aos protestos, convocados pela CUT, CTB, NCST, Conlutas e Intersindical e com o apoio de inúmeros movimentos sociais – como o MST, o MTST e a UNE. A jornada de luta acabou repercutindo na Câmara Federal, que adiou a votação das emendas ao projeto de lei (PL-4330) que amplia a barbárie do trabalho terceirizado. A TV Globo, que investiu pesado na divulgação das marchas golpistas do domingo passado (12), não deu maior destaque à mobilização dos trabalhadores. O “Jornal Nacional” concedeu apenas quatro minutos e 26 segundos para o protesto e ainda manipulou a cobertura.

Eduardo Galeano e a revista do esgoto

Por Altamiro Borges

A revista Veja se transformou, de fato, em um pasquim hidrófobo e rancoroso da extrema-direita. Ela não respeita sequer os mortos. Ao noticiar em seu site o falecimento do genial Eduardo Galeano, ela vomitou o seu veneno. “O escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, autor de ‘As Veias Abertas da América Latina’, livro seguido pela esquerda mais festiva do continente, morreu na segunda-feira, em Montevidéu”. Para a revista do esgoto, o premiado escritor foi apenas um “ídolo bolivariano”. O texto lacônico ainda tenta fazer intrigas com a “esquerda tradicional”, desconhecendo suas relações solidárias com as revoluções cubana e venezuelana e com a “revolta dos indignados” na Espanha.

Bolsonaro: punido e pendurado na brocha

Por Altamiro Borges

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que teve sua candidatura presidencial “lançada” pelos fascistóides que ocuparam a Avenida Paulista no domingo passado (12), sofreu dois baques nesta semana. Por decisão da juíza Luciana Santos Teixeira, da 6ª Vara Cível do Rio de Janeiro, ele foi condenado a pagar R$ 150 mil por danos morais em decorrência das suas declarações homofóbicas no programa CQC, da Band. Para piorar, ele viu o seu “sonho presidencial” ficar mais distante. Na convenção nacional do PP, realizada na terça-feira (14) em Brasília, ele solicitou a desfiliação da legenda, mas sem perder o mandato. Queria manter a boquinha. A sigla, porém, não atendeu ao apelo.

Golpistas partem para a cartada decisiva

Por Altamiro Borges

A direita partidária, composta por PSDB, DEM, PPS e SD e outros legendas de menor expressão, parece que decidiu partir para uma cartada final na ofensiva golpista iniciada logo após as eleições presidenciais de outubro passado. Derrotada pela quarta vez consecutiva nas urnas, ela já pediu recontagem de votos – e foi desmoralizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –, questionou as contas da campanha vitoriosa – e também foi derrotada pela Justiça – e tentou impedir a posse de Dilma Rousseff. Na sequência, ela ajudou a convocar e participou das marchas organizadas por agrupamentos fascistóides. Diante do fracasso destas investidas, agora o consórcio PSDB-DEM-PPS-SD anuncia que pedirá formalmente o impeachment da presidenta reeleita pela maioria dos brasileiros e há até quem proponha a cassação do registro do PT.

Sonegadora é condenada... na França

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (13), a Justiça da França condenou a três anos de prisão a ricaça Arlette Ricci, herdeira do negócio de moda e perfumes Nina Ricci. Ela foi acusada por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro após ser revelado que mantinha contas na unidade do HSBC na Suíça, no caso que ficou conhecido como SwissLeaks. Segundo as investigações do fisco francês, a bilionária desviou US$ 22 milhões usando contas e empresas "offshore" baseadas principalmente no Panamá. Ela também foi condenada a pagar US$ 1,1 milhão em multas e terá confiscadas quatro propriedades, avaliadas em US$ 4 milhões.

Cuba, Irã e os midiotas nativos

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A notícia mais importante da quarta-feira (15/4), em toda a imprensa mundial, é a oficialização da iniciativa do presidente americano, Barack Obama, de retirar Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. Trata-se de uma decisão corajosa e ao mesmo tempo pragmática, que, como registrou a revista Época na reportagem de capa que circula nesta semana, faz de Obama um personagem destacado da História contemporânea. Assim, o segundo mandato do atual presidente dos Estados Unidos vai se caracterizando como um período de distensão, o que inclui a perspectiva de uma reconciliação com o Irã.

Sair das cordas e partir para o ataque

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Agora que a histeria golpista das manifestações da direita dá sinais nítidos de arrefecimento, está mais do que na hora de o governo Dilma romper o cerco em que se encontra, tomar a iniciativa do combate e acuar o adversário. Todos sabemos que é difícil ganhar por nocaute, mas por pontos ainda é possível. Basta um mínimo de coragem política. No day after do fracasso dos coxinhas, Dilma foi bem. Pela primeira vez, criticou com a contundência necessária a redução da maioridade penal. Pensei em dez ações com potencial para fazer com que o governo vire a página dos terríveis primeiros 100 dias, refaça as pontes com quem a elegeu e imponha baixas ao inimigo.

Terceirização e o silêncio de Dilma

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora a campanha pelo veto ao projeto de lei 4330 já tenha chegado às redes sociais, num movimento que inclui um video de Camila Pitanga e Wagner Moura, a presidente Dilma Rousseff evitou assumir um compromisso a respeito. "Não adianta me perguntar agora porque não vou dizer o que pretendo fazer", reagiu a presidente, hoje de manhã, no Planalto, quando falou sobre o assunto durante uma entrevista a um grupo de blogueiros, a qual o 247 estava presente.

Dilma e o filho de Miriam Leitão

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ao final da entrevista que a presidenta Dilma concedeu a blogueiros na manhã de ontem, a jornalista Cynara Menezes perguntou o que ela tinha achado de um post do blogueiro de O Globo, Ricardo Noblat, que descrevia uma briga entre Lula e a presidenta.

A presidenta que já estava começando a se levantar para sair perguntou aos seus assessores do que se tratava e enquanto Cynara começava a explicar, em tom indignado, disse: “É aquela história da Jane, né? Eles não desistem. Na eleição, tentaram comprar isso. Não vou dizer quem foi, mas foi um jornalista que tentou comprar a dona Jane durante a eleição.”

A prisão de Vaccari e o 'show' de Moro

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Tem-se de reconhecer: o “timming” do Dr. Sérgio Moro é digno dos melhores diretores de filme policial.

Não permite que o ritmo caia, cria a todo momento fatos que alimentam o clima de tensão permanente.

Gente que está há meses com seu sigilo bancário quebrado, com todas as suas movimentações financeiras expostas faz tempo vão sendo presas em doses, mantendo a “chapa quente” e um clima de apreensão e gritaria da mídia.

Um analfabeto político mirim: Kataguiri

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

É simplesmente inacreditável a quantidade de pseudoluminares de direita que o Brasil vem produzindo nos últimos anos.

A qualidade é desprezível. Onde alguém como Nelson Rodrigues, ou Roberto Campos, ou Mario Henrique Simonsen?

Em nenhum lugar, lamentavelmente.

Em compensação, a tropa não para de ganhar novos soldados rasos. Rasos nos debates, rasos nas formulações, rasos nos textos. Rasos em tudo, em suma, verdadeiros recrutas zeros do reacionarismo.

Trabalhar mais e ganhar menos

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A palavra é feia, mas ainda não inventaram outra melhor para expressar o que ela significa: sistema de aluguel de mão de obra para reduzir os custos das empresas, aumentando a carga de trabalho e diminuindo os salários dos empregados.

Em resumo, é isso. Enquanto todo mundo se distrai com as ações de Levy na economia e Temer na política, a Lava-Jato e os novos rumos dos movimentos pelo impeachment da presidente Dilma, nossos deputados, discretamente, sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estão armando aquilo que o sociólogo Ruy Braga chamou de "maior derrota dos trabalhadores desde o golpe de 1964".

Dilma joga a crise para o Congresso

Foto: Cristhyana Abreu/ CTB
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Metida em um blazer vermelho com brincos da mesma cor, a presidenta Dilma Rousseff chegou lépida e fagueira à sala de reuniões do terceiro andar do Palácio do Planalto às 10h30 de hoje para um bate-papo com blogueiros. “Lépida e fagueira” não é força de expressão: com muitos quilos a menos, Dilma está mais leve até mesmo na linguagem corporal. Parece mais… coquete.

Dilma e a crise política

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

A presidenta Dilma Rousseff carregou para o seu segundo mandato um acúmulo de desajustes econômicos e também uma crise política advinda de um longo “terceiro turno”, em que as forças políticas derrotadas investiram em formas pouco convencionais de embargo à candidatura vencedora. “Logo depois das eleições, veio o inusual pedido de recontagem de votos”, lembrou Dilma, em entrevista exclusiva à Carta Maior e outros jornalistas da mídia alternativa, nesta terça-feira. Foi atípica, segundo ela, porque o país tem um sistema de votação eletrônico eficiente e nunca foi questionado pelas partes em disputa. Em seguida, veio uma pressão para a rejeição de contas de campanha, rejeitada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O estresse eleitoral se prolongou até a posse.