sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Petrobras e o fator político

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A questão da Petrobras mantém, neste momento, a situação do país em suspenso. Trata-se não apenas de um problema jurídico, mas do futuro da nossa maior empresa nacional e de dezenas de setores da economia brasileira, que vão da indústria naval à química, com implicações de toda ordem e a ameaça de eliminação de milhares de empresas e empregos.
 
Mas os problemas vão além dos casos de corrupção na empresa? Como poderia estar sua situação se não fosse isso?

Zelotes e a indignação seletiva

Por Pedro Estevam Serrano, na revista CartaCapital:

Uma cifra de nada menos que 19 bilhões de reais tem aparecido de forma tímida em também tímidas e diminutas reportagens veiculadas sobre a Operação Zelotes da Polícia Federal. Embora esse vultoso montante seja quase quatro vezes o valor desviado no tão repercutido esquema do “petrolão” – estimado em cerca de 5 bilhões de reais pela própria Petrobras –, não tem produzido na grande mídia e em parte da opinião pública a mesma indignação manifestada em relação a outros casos de corrupção.

Mil mentiras sobre a Venezuela

Por Juliano Medeiros

Nesta quarta-feira, ao ler as matérias das editorias internacionais dos principais jornais do país, me deparei, na seção “mundo” da Folha de São Paulo, com uma notícia que trazia o seguinte título: "Projeto venezuelano prevê restringir eleição de deputados da oposição". Intrigado com a chamada, li o texto atentamente.

A desgraça da terceirização no México

Por Vanessa Martina Silva, no site Opera Mundi:

Um banco inteiro operando sem nenhum funcionário. Foi desta maneira que o espanhol Bancomer (Banco do Comércio) levou a terceirização às últimas consequências em sua operação no México na década passada. Contra práticas semelhantes, o país realizou, em 2012, uma reforma da Lei Federal do Trabalho, regulamentando no país a "subcontratação", nome pelo qual a terceirização é conhecido. Por outro lado, na avaliação da especialista em direitos trabalhistas mexicanos e professora da UAM-X (Universidade Autônoma Metropolitana campus Xochimilco) Graciela Bensúsan, a lei “aumentou a oferta de empregos precários”.

SwissLeaks: uma oportunidade histórica

Por Paulo Pimenta, na revista Teoria e Debate:

Perto de uma centena de milhares de pessoas, empresas, personalidades de todos os setores, traficantes de todas as mercancias, corruptos de todas as estaturas e cerca de US$ 100 bilhões agenciados por uma das maiores instituições bancárias do mundo, que promove transações escusas e se torna facilitadora de crimes financeiros. Esse é o episódio chamado pela mídia internacional de SwissLeaks, que no Brasil é investigado pelas autoridades e negligenciado pela mídia. Um caso que transborda hipocrisia de parte da grande mídia e casuísmo de ampla maioria da sociedade e pode, ao fim, comprovar a seletividade de nosso sistema de justiça penal.

O caminho para barrar o golpe

Editorial do site Vermelho:

Nesta quarta-feira (15) mais de cem mil pessoas, em 23 estados, saíram às ruas para protestar contra o projeto que libera a terceirização (PL 4330). Além das manifestações e passeatas, aconteceram paralisações importantes que mobilizaram outros milhares de trabalhadores.

Um cenário nebuloso, e até então com poucas perspectivas, dada a natureza conservadora do Congresso, começa a dar mostras de que pode desanuviar em relação a batalha em torno da PL 4330, o que é resultado direto da pressão popular.

Terceirização, PL-4330 e o golpe cínico

Por Vitor Araújo Filgueiras, no jornal Brasil de Fato:

Com toda a razão, muito tem sido escrito e falado acerca dos colossais estragos que o Projeto de Lei (PL) 4330, que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa, promoverá contra qualquer espécie de proposta civilizatória para a sociedade brasileira. Contudo, talvez o elemento mais grotesco desse PL aprovado na Câmara dos Deputados no dia 8 de abril, seja a incoerência gritante do discurso sobre terceirização dos empresários e dos seus representantes, em relação à lei que pretendem implementar.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

50 anos da Globo: Vamos descomemorar!

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/

Manifesto

A TV Globo festejará os seus 50 anos de existência no dia 26 de abril. Serão promovidos megaeventos e lançados vários produtos comemorativos. No mesmo período, porém, muita gente está disposta a promover a “descomemoração” do aniversário do império global, um ato de repúdio ao papel nocivo desse grupo de mídia na história do país. Uma palavra-de-ordem que se destaca em todo o Brasil em manifestações recentes é: “O povo não é bobo. Fora Rede Globo”. E motivos não faltam para esta revolta.

Breviário do perfeito midiota

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A base que os defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff chamam de “apoio popular” é formada por cidadãos de perfil extremamente conservador, propensos a acreditar em mitos urbanos e com baixo grau de cultura política. Sob orientação do filósofo Pablo Ortellado, da USP, e da socióloga Esther Solano, da Unifesp, dezenas de pesquisadores organizados pelo núcleo de debates Matilha Cultural, de São Paulo, entrevistaram 571 participantes da manifestação de domingo (12/4), em toda a extensão da Avenida Paulista. O resultado é estarrecedor. E esclarecedor.

Vargas, Jango e Lula. Agora é Dilma


Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A presença de Luiz Inácio Lula da Silva na mobilização contra o PL 4330 só vem demonstrar a necessidade de um debate essencial para o futuro do Brasil. Lula disse que a derrota do projeto é um “ponto de honra” dos trabalhadores.

O caráter impopular do projeto se confirma pelo crescimento dos protestos nos últimos dias. O movimento na base da sociedade se ampliou e levou a UGT, terceira maior central do país, construída no setor de serviços - onde o inferno da terceirização se faz sentir com toda intensidade - a abandonar o bloco favorável ao PL 4330 e exibir suas faixas nos protestos de rua, ontem.

A RBA e a liberdade de expressão

Da Rede Brasil Atual:

Tarde de terça-feira (14), véspera do dia de manifestações de movimentos sociais contra a direita, por mais direitos e contra a terceirização desenfreada permitida pelo texto do Projeto de Lei 4.330. O repórter de um grande jornal telefona para a redação da RBA. Procura o diretor-geral da Editora Atitude, Paulo Salvador, e questiona sobre a menção à empresa nas investigações da Operação Lava Jato. Salvador se diz surpreso, que desconhece o tema, e explica as origens e o funcionamento do empreendimento de comunicação, que tem como produtos a Revista do Brasil, o portal Rede Brasil Atual, edições regionais de um jornal impresso e a produção de conteúdo jornalístico para a Rádio Brasil Atual. Matéria prima: jornalismo.

Terceirização e as fantasias da mídia

Por Vagner Freitas

Os grandes meios de comunicação estão fazendo um grande esforço para dizer à população que o Projeto de Lei 4330 é uma coisa boa para os trabalhadores.

Para tentar passar essa falsa ideia para as pessoas, entrevistaram os já famosos especialistas de sempre. Repararam que são quase sempre os mesmos? Raramente há entrevistas com pesquisadores de centros acadêmicos e institutos de origem ou ideologia trabalhistas, como o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) ou o Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), da Unicamp.

Vaccari, Aécio e os citados na Lava Jato

Por Renato Rovai, em seu blog:

A bomba de hoje da imprensa que sonha com o golpe de noite e tenta transformá-lo em realidade de dia é que os partidos de oposição ao governo federal (PSDB, DEM, PPS, PV e SD) estão se organizando para atuar conjuntamente no pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mesmo sem haver qualquer prova ou indício que a envolva na Operação Lava Jato.

Regulação da mídia: Dilma lança a bola

Por Antonio Barbosa Filho

Na sua recente entrevista aos blogueiros independentes, a presidenta Dilma Rousseff nos convidou (desafiou?) a promover a tão reclamada democratização da mídia, necessidade vital para a própria democracia brasileira. Seria mais fácil dizer que o governo acovardou-se, ou melhor, continua acovardado, neste tema basilar. Prefiro tomar as palavras da presidenta como um desafio e também uma liberação para que nós, jornalistas, blogueiros, consumidores de informação, conduzamos este processo ao nosso modo. A montanha não vai parir nada, a sociedade terá que alcançar a sonhada vitória, talvez até enfrentando a resistência de setores do próprio governo.

Vaccari preso e Perrela solto

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tento me situar nas redes sociais em torno do caso de Vaccari, o tesoureiro do PT preso hoje com o habitual alarido pela Polícia Federal em mais um capítulo da Lava Jato.

Digito Vaccari, no Twitter, e dou no jornalista da Globo Jorge Bastos Moreno.

Num espaço de 140 caracteres, que é de um tuíte, Moreno julgou e condenou em rito sumário Vaccari.

Objetivo é o impeachment e o fim do PT

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Após uma brevíssima trégua, as oposições voltaram com tudo esta semana, unindo partidos e "movimentos de rua" em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Só derrubar o governo, no entanto, já não basta. O objetivo agora é simplesmente defender a extinção do PT, como anunciou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, durante o depoimento na CPI da Petrobras feito semana passada pelo tesoureiro do partido, João Vaccari, que foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira.

As marchas e os leitores reaças da 'Veja'

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:


Uma pesquisa feita por pesquisadores da USP e da Unifesp, com apoio da Fundação Ford, confirma o que todo mundo já desconfiava: quem foi às ruas no domingo foram os leitores de direita e centro-direita da revista Veja, a maioria brancos e de classe média alta. 571 manifestantes foram ouvidos na avenida Paulista, em São Paulo, onde houve a maior aglomeração de pessoas. A margem de erro é de 2,1.

A classe média e o vazio conservador

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A atabalhoada virulência com que o conservadorismo foi ao pote para matar, picar e salgar o quarto mandato progressista conquistado nas urnas brasileiras, começa a revelar a fragilidade inerente ao ímpeto que tem pouco mais a propor ao país do que uma panaceia vingativa: o politicídio do PT.

O esvaziamento das manifestações é o sintoma dessa vossoroca que come o simplismo por dentro.

A frustração de quem foi ludibriado pela promessa de redenção sumária do país pode arrastar cabeças e decepar reputações conservadoras.

A cara-de-pau do demo Agripino Maia

Do blog Viomundo:

O Brasil ingressou esta tarde em um novo capítulo na História da cara-de-pau, quando líderes da oposição receberam no Congresso representantes dos movimentos que promoveram as manifestações de 15 de março e 12 de abril.

Estavam presentes os presidentes do PSDB, Aécio Neves, do Solidariedade, Paulinho da Força, do PV, Luiz Penna, do PPS, Roberto Freire e o representante do PSB, ex-deputado Beto Albuquerque.

Há uma ditadura judicial no Brasil

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Prisão é um castigo. Um dos mais duros. Mesmo que seja uma prisão “especial” que não tenha condições subumanas de confinamento, privar alguém da liberdade é um castigo que, pela crueldade, só deveria ser aplicado contra quem é possível provar que ou ameaçou a sociedade ou praticou atos que dificultem ou impeçam que essa pessoa seja investigada.