segunda-feira, 13 de julho de 2015

Dilma reagiu tarde aos golpistas

Por Antonio Barbosa Filho

O Blog do Miro publicou excelente texto do blogueiro Bepe Damasco, do qual ousarei discordar, ou melhor, ao qual oporei alguns reparos que julgo pertinentes. Discordo de uma de suas premissas: “Bastou a presidenta Dilma enfrentar pela primeira vez os golpistas na entrevista à Folha de S. Paulo, para a atmosfera golpista ficar um pouco menos carregada”.

CTB-RS debate comunicação

Do site da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (Fecosul):

Foi realizado na última quinta-feira (9/07) o 2º Encontro de Comunicação da CTB-RS, que reuniu cerca de 50 pessoas, entre jornalistas e representantes de sindicatos de todo o Estado. O 2º Encontro aconteceu no auditório da Fecosul e teve como objetivo avançar na integração entre a comunicação dos sindicatos filiados à central sindical e a valorização da comunicação estratégica da comunicação como ferramenta nas lutas dos trabalhadores.

Brasil e Equador: semelhanças golpistas


Por Altamiro Borges

Nem bem o papa Francisco deixou o Equador e as marchas de setores golpistas pelo impeachment do presidente Rafael Correa voltaram a ocupar as ruas de Quito e Guayaquil na quinta-feira (9). Com o apoio ostensivo da mídia privada e de políticos da velha oligarquia, os manifestantes berraram "Fora Correa" e "O Equador não é a Venezuela". O motivo principal dos protestos foi o projeto apresentado pelo governo que eleva em até 77% dos impostos sobre grandes heranças. A iniciativa desagradou as elites, refratárias a qualquer tributação, e agitou os setores médios que servem de massa de manobra.

Dilma deve reagir aos crimes de Lobão

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Qual a diferença entre um adesivo em que Dilma aparece de pernas abertas e chamá-la de Dilma Bandida?

Nenhuma.

Por isso mesmo, a reação deve ser a mesma. Enérgica, exemplar, imediata.

Lobão achou que tinha sido muito criativo ao transformar, num show vazio em São Paulo, Vida Bandida em Dilma Bandida.

Suicídios, uma epidemia global

Por Graham Peebles, no site Outras Palavras:

Recentemente um amigo me chamou para um café. “Tenho más notícias”, disse em sua mensagem. Um conhecido comum, com cerca de 50 anos, havia tirado a própria vida no dia anterior. Jack tinha se enforcado na árvore de um parque público na periferia de Londres; foi a quarta tentativa. Ele tinha quatro filhos. Foi o segundo amigo de meia idade a cometer suicídio em seis meses.

PF não sabe distinguir doação de propina

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O ponto essencial da Lava Jato ainda está para ser esclarecido, informa editorial da Folha intitulado "Doação ou Propina," publicado há dois dias.

Questão essencial numa investigação que teve início em 2006, o problema é tentar distinguir quem agiu dentro da lei e quem cometeu crimes. Não se sabe disso, ainda – nove anos depois das primeiras investigações da Lava Jato.

Programas policialescos e a barbárie

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

“87% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal” - Datafolha, 24 de abril de 2015

“A ROCAM está em cima! Atira meu camarada! É bandido!” - Cidade Alerta, 23 de junho de 2015

“Livres para matar: Redução da maioridade penal é rejeitada por cinco votos” - Brasil Urgente, 1 de julho de 2015

“Esses são os estupradores. Dos cinco, três são menores de idade, com 14, 15 e 16 anos” - Brasil Urgente, 3 de julho de 2015

“Brasil tem um linchamento por dia, não é nada excepcional” - El País, 8 de julho de 2015


Já passou da hora de os setores efetivamente democráticos da sociedade repudiarem com seriedade aquilo que, todos os dias, invade nossa casas e nos expõe ao que há de mais bárbaro na programação da televisão brasileira: os chamados programas policialescos. Por horas a fio, ao vivo, durante o dia, assistimos a um desfile de cadáveres, agressões, suspeitos achacados em delegacias, vítimas expostas e, invariavelmente, discursos contrários aos direitos humanos e em defesa da violência policial, dos justiçamentos e, claro, da redução da maioridade penal.

A respeito da gravidade da crise

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

É claro que a evolução da conjuntura grega nos oferece um mais-do-que-justificado entusiasmo momentâneo. Uma espécie de desabafo a todos os que insistimos, há muito tempo, na tese de que é possível um outro caminho para a superação de nossa crise tupiniquim. No entanto, infelizmente parece estarmos longe da adoção de tal mudança de rumo. Ao que tudo indica, permanece a falta de vontade e de coragem políticas para operar tal alteração na essência da política econômica. Ao optar pela entrega completa da condução de tais decisões nas mãos de um representante legítimo do financismo privado, o governo perde toda a capacidade de voltar-se na direção dos setores mais penalizados pela estratégia do arrocho e do austericídio.

União Europeia arrocha a Grécia

Do site Vermelho:

Ignorando o 'Não' no referendo do dia 5 de julho, nesta segunda-feira (13), a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande, o premiê grego Alexis Tsipras e o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk apresentaram o chamado acordo de compromisso sobre a questão da dívida grega na cúpula da zona do euro após negociações durante o domingo (12), em Bruxelas.

Juventude unida para barrar o golpismo

Por André Tokarski, no site da UJS:

Nas últimas semanas a luta contra a redução da maioridade penal tem mobilizado em todo o país milhares de jovens e construído uma importante ferramenta de combate: a ação unitária entre uma ampla gama de organizações, entidades e movimentos que convergem com a defesa da democracia e dos direitos da juventude e entoam a palavra de ordem: “Redução não é a solução!”.

domingo, 12 de julho de 2015

Altos salários e regalias do Judiciário

Por Altamiro Borges

Vários especialistas garantem que o Poder Judiciário é o mais hermético dos poderes da República – e também o mais corrupto. Este fenômeno é mundial, mas chega aos extremos no Brasil. No início de julho, numa dobradinha irresponsável que visa apenas desgastar o governo Dilma, o Senado aprovou um projeto que concede ao setor um reajuste salarial que varia de 53% a 79% a depender do cargo na Justiça. A presidenta, que só fala no tal do ajuste fiscal, já anunciou que vetará o aumento. Até na mídia oposicionista houve críticas à generosidade dos senadores. Globo, Estadão e Folha publicaram editoriais e artigos contra a "irresponsabilidade" do Legislativo e as regalias do Judiciário.

Alckmin recua no leite das crianças

Por Altamiro Borges

A Defensoria Pública de São Paulo decidiu nesta semana apurar o corte orçamentário efetuado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no programa "Viva Leite". Antes, ele beneficiava crianças de seis meses a seis anos e 11 meses de idade. A partir de 1º de julho, a Secretaria de Desenvolvimento Social anunciou que ele passaria a atender apenas as crianças de um ano a cinco anos e 11 meses. O drástico corte foi denunciado até pela Folha tucana, gerou duras críticas nas redes sociais e rebateu na Defensoria Pública. Diante do risco de desgaste político, o "picolé de chuchu" – que já está em plena campanha para a disputa presidencial de 2018 – decidiu anular temporariamente a medida impopular.

Paulinho da Força e a propina antigreve

Por Altamiro Borges

A mídia privada segue dando enorme destaque às "delações premiadas" – e premeditadas – de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. No midiático processo da Operação Lava-Jato, que inclui prisões arbitrárias e vazamentos seletivos, o delator é tratado pela imprensa como um herói, um semideus. O interessante, porém, é que alguns dos acusados por ele de envolvimento na corrupção logo somem do noticiário. É o caso do senador Aloysio Nunes, vice derrotado na chapa do cambaleante Aécio Neves, que teria recebido do empreiteiro R$ 300 mil. Outro dedurado – e deletado pela mídia – é o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), um dos mais ativos organizadores das "marchas" golpistas pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A máfia dos bancos e o silêncio da mídia

Por Altamiro Borges

Com o intento de "sangrar" o governo Dilma, a mídia privada promove diariamente a escandalização da política – com base nas prisões arbitrárias, nos vazamentos seletivos e nas "delações premiadas" de notórios bandidos. Este denuncismo, porém, desaparece do noticiário quando envolve algum cacique da oposição demotucana. Já virou até motivo de piada de que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado ou preso no Brasil. A escandalização também inexiste quando atinge poderosos empresários. Na semana passada, pequenas notinhas informaram que vários bancos são suspeitos da formação de um criminoso "cartel do câmbio". A bombástica notícia, entretanto, já sumiu da mídia.

PSDB já não esconde defesa do golpe

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Em um regime democrático, faz parte do jogo político a existência da oposição. Mas, neste momento no Brasil, a oposição, capitaneada pelo PSDB, não segue esse preceito. Isso ficou claro nos discursos da convenção que reelegeu o senador Aécio Neves Cunha como presidente do partido.

Os diversos oradores, entre os quais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o próprio Aécio Neves Cunha, pregaram o golpe abertamente.

A internet e os limites da informação

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

O diário britânico The Guardian realizou, em 1994, um exercício de futurologia. Ofereceu aos leitores, em uma de suas edições, pequenos encartes do que poderia ser o jornal no ano 2004. Nele estariam selecionadas as notícias de forma personalizada e sintetizada, segundo o interesse de cada leitor. O acesso seria feito através de máquinas, semelhantes aos caixas eletrônicos, onde o interessado, de posse de um cartão magnético, imprimiria o seu exemplar exclusivo. Com uma sofisticação bem inglesa: a impressão seria feita sobre uma resina sintética à prova d’água para permitir a leitura na banheira.

Ibope revela as fragilidades do PSDB

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A recém-divulgada pesquisa Ibope sobre uma hipotética eleição presidencial em segundo turno, encomendada pelo jornal O Estado de São Paulo, revela mais pelo que não diz do que pelo que diz. E a maior novidade que trouxe é surpreendente: o PSDB lucrou muito pouco com o massacre de Dilma, do PT e de Lula que vimos assistindo desde o início do ano.

Gilmar Mendes abre outro flanco golpista

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Matéria da IstoÉ, publicada neste final de semana, mostra direitinho como está sendo preparado o golpe.

Tudo se encaminha para a criminalização da campanha de Dilma Rousseff, visto que este é o flanco preferido dos ataques tucano-midiáticos: a cassação da candidatura, o que evitaria até mesmo o desgaste de um impeachment.

Ibope é autoengano para Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A pesquisa Ibope-Estadão que ocupa as manchetes dos sites dos grandes jornais, agora à noite, faz parte apenas do campo da propaganda.

Não apenas qualquer pesquisa feita mais de três anos antes de eleições já é, por si, pouco reveladora do que podem ser as tendências do eleitor quando chegar este “futuro distante” em matéria eleitoral.

Alckmin mentiu sobre salário de professor

Por Altamiro Borges

Durante a mais longa greve da história dos professores da rede estadual de São Paulo, que durou 89 dias, o governador Geraldo Alckmin contou com a cumplicidade da mídia chapa-branca para difundir mentiras sobre as reivindicações da categoria. Nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê, o tucano alardeou que os docentes não tinham motivos para paralisar as aulas, já que teriam recebido 45% de aumento real dos salários nos últimos quatro anos. Para o governador e seus "calunistas" de plantão, a greve teria motivações políticas e seria irresponsável. Agora, porém, a própria Folha – que sempre blindou o generoso governador – informa que o reajuste da categoria foi de apenas 12,3%.