quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A solidão de Eduardo Cunha no Congresso

Por Jean Wyllys, em sua página no Facebook:

Ainda estamos aqui em plenário (eu cheguei aqui na Câmara às 8h e nem consegui sair pra almoçar; fiz lanche por aqui mesmo). Estamos votando o projeto de lei sobre repatriação de recursos evadidos. Aproveito que está rolando um discurso soporífero de Mendonça Filho (DEM), para lhes contar algo significativo:

Quando Cunha estava em alta (ou seja, antes das denúncias), não havia um dia em que ele não estivesse cercado de puxa-sacos do DEM, do PSDB e do baixo clero em sua mesa de presidente.

"Lei antiterrorismo": para quem?

Por Guilherme Leite Gonçalves, na revista CartaCapital:

Em meio às perplexidades ao redor do projeto de lei antiterrorismo (PL 2016/2015), chama a atenção o fato de que o texto de propositura tenha a assinatura dos ministros José Eduardo Cardoso e Joaquim Levy. Que o Ministério da Justiça se ocupe da matéria, nada de novo. Mas desde quando a “guerra ao terror” virou tema da Fazenda?

A surpresa se desfaz com a leitura da justificativa, na qual se aponta o dever de combater o financiamento ao terrorismo para cumprir “acordos internacionais firmados pelo Brasil, sobretudo em relação a organismos como o do Grupo de Ação Financeira (GAFI)”. Há muitos compromissos desse tipo que não se tornaram direito interno. Por que tamanha atenção com os acordos do grupo?

O que Cachoeira e Moro têm em comum

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há mais pontos em comum entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o justiceiro Sérgio Moro - o juiz que rompeu com os limites jurídicos na Operação Lava Jato - do que possa supor a vã leitura dos clássicos criminais: ambos dividem a mesma musa.

Na canção “Umas e Outras”, de Chico Buarque, Moro seria “umas”.

Se uma nunca tem sorriso

É pra melhor se reservar

E diz que espera o paraíso

E a hora de desabafar

A vida é feita de um rosário

Que custa tanto a se acabar

Por isso às vezes ela pára

E senta um pouco pra chorar

Que dia! Nossa, pra que tanta conta

Já perdi a conta de tanto rezar


Paulinho da Força quebra o decoro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É um escândalo, leitor. O que está acontecendo na política brasileira é felliniano, bizarro, digno de um Teatro do Absurdo. À luz do dia, sem um mínimo de pudor, grupos políticos promovem barbaridades como a que se ensaia, neste momento, no Conselho de Ética da Câmara.

Revisemos enredo que um Federico Fellini não engendraria melhor.

Tucanos deveriam tomar cuidado com Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “quero o divórcio” do PSDB para Eduardo Cunha não é bem assim.

A tentativa de “limpar a cara” tucana vai ter mais efeitos que se pensa, e péssimos para eles

Primeiro, porque está evidente para a opinião pública que o fazem porque Cunha perdeu sua função, a de ser o instrumento para derrubar Dilma.

MST assina convênio no Maranhão

Por Juliana Adriano, no site do MST:

O alto índice de analfabetismo no Maranhão é uma das marcas do estado que tem o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados brasileiros.

Na população com mais de 15 anos, 20,8% são analfabetos. Essa situação se agrava no meio rural, onde o índice sobe para 40,3%. Trata-se de um contexto onde mais da metade dos municípios do estado possuem baixo IDH, e a cultura política é hegemonizada pelas oligarquias atreladas ao poder econômico. Mais de 20% da população vive na extrema pobreza.

O papel da mídia segundo Sérgio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Qual o papel da mídia na Lava Jato?

Esta é a questão que caberá a Sérgio Moro responder num encontro neste final de novembro da associação dos editores de revistas, a Aner.

Soube disso por Paulo Henrique Amorim, e só não fiquei espantado porque já vi tantos absurdos que perdi o direito de me surpreender.

Ofensa não é liberdade de imprensa

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Ainda não inventaram nada melhor que a imprensa para garantir a circulação da pluralidade de informações. Não se sabe de melhor insumo para a vida social autônoma que a capacidade de agir de forma consciente e bem informada. O direito à informação livre é uma conquista e expressão das sociedades democráticas.

Protesto estudantil vira caso de polícia



Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Por esta reação o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), provavelmente não esperava ao “reorganizar” na marra a rede pública de ensino do Estado.

Desde a manhã dessa terça terça-feira 10, estudantes da Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, Zona Oeste da capital, ocupam-na para protestar contra o fechamento de 94 escolas e a desestruturação de outras 782 unidades. À Rua Pedroso de Moraes, ela fica bem próxima de áreas classe A, como Jardins, Avenida Faria Lima, Alto de Pinheiros. Há uma quadra dali, na esquina de Teodoro Sampaio com Simão Álvares, uma cobertura custa R$ 14 milhões.

O Globo e o jornalismo 'roleta russa'

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Najla Passos, no site Carta Maior:

A Operação Lava Jato inaugurou no Brasil não apenas uma nova forma de se conduzir investigações criminais, com prejuízos para o amplo direito de defesa e o devido processo legal, como denunciam os juristas. Cunhou também uma nova forma de se fazer jornalismo, no qual o compromisso ético com a veracidade das informações prestadas fica condicionado ao acaso das probabilidades matemáticas.

Trata-se de um ‘fazer jornalístico’ que funciona como uma espécie de ‘roleta russa’, aquele jogo de vida ou morte em que se coloca apenas uma bala no revólver, gira o tambor e dispara contra a têmpora, com resultados imprevisíveis.

Ajuste tucano afeta milhares na educação

Por Cida de Oliveira, na Revista do Brasil:

A pretexto de pre­parar es­co­las para atender a “demandas específicas” conforme as faixas etárias, e em tese melhorar o ensino na rede pública, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), resolveu fechar 94 escolas em 36 municípios distribuídos pela Região Metropolitana, litoral e interior, e extinguir o ensino noturno, inclusive dedicado à suplência, no conjunto da rede. Isso sem consultar quaisquer setores da sociedade, apenas algumas diretorias de ensino. A salvação dessas unidades está agora nas mãos de prefeitos. A decisão de Alckmin prevê que parte da lista já está liberada para ser assumida por prefeituras – se isso não acontecer, a escola será fechada.

"Musa da direita" foi parar no cabaré

Por Marcus Vinicius, em seu blog:

Conhecida como “Musa da Direita”, após mostrar os seios nas manifestações “coxinhas” de março deste ano na Avenida Paulista (SP), a empresária do ramo de fitness, Juliana Isen, vai se apresentar nesta quinta-feira, 12/11/2015, em Goiânia, na Estância MM, uma das mais antigas casa de shows e streep-tease da capital. A proprietária, Maria Machadão (MM) dá nome ao local, que é famoso pela circulação de scort-girls (garotas de programa). A consumação (ou couvert) para assistir ao show de Ju Isen é de R$ 55,00, com entrada a partir das 14h.

Tragédia em Mariana e a cobertura da mídia


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Alckmin esconde até os cadáveres

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin, que realizou cultos da seita fascista Opus Dei em pleno Palácio dos Bandeirantes, não gosta da transparência pública. Recentemente, descobriu-se que ele havia tornado "ultrassecretos" os documentos sobre as obras do metrô - talvez temendo as apurações do escândalo do "trensalão tucano", que a mídia chapa-branca batizou de "cartel dos trens". Na sequência, soube-se que ele também tornou "sigilosos" os relatórios sobre a falta de água em São Paulo - que a imprensa amiga chama de "crise hídrica". Agora, para espanto até do mais abestalhado midiota, descobre-se que ele oculta inclusive os cadáveres das chacinas executadas pela Polícia Militar.


A mídia e o denuncismo sem provas

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Jandira Feghali

Lembro de uma entrevista do repórter Caco Barcellos ao iniciar esse artigo. O jornalista era um dos entrevistados na Globo News, quando rebateu ao vivo a prática do chamado “jornalismo declaratório” para o denuncismo sem provas, o suprassumo da imprensa brasileira. Caco desagradou diversos colegas com a declaração, principalmente aqueles que dividem o trabalho no mesmo canal. A prática de acusar ou expor figuras públicas ao bel prazer da indústria de manchetes, muitas vezes a serviço da oposição política, causa estragos irremediáveis.

Lula que o diga.

PSDB ainda finge romper com Cunha?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O PSDB perdeu duas vezes ao aliar-se a Eduardo Cunha para alcançar o impeachment da presidente Dilma: o derretimento moral de Cunha inviabilizou o impeachment e a aliança desgastou os tucanos junto à sua base social e política. Hoje o partido anunciou o desembarque e foi chamado de desleal pelo presidente da Câmara. Mas para redimir-se e remover as desconfianças, terá de provar que o desembarque é para valer.

Lama de Mariana engole o jornalismo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Dez breves considerações para uma autocrítica necessária sobre a cobertura do rompimento das barragens de rejeitos de mineração, em Mariana (MG), ocorrido na última quinta (5). Ressalto que há coberturas muito justas sendo realizadas pelas imprensas tradicional e alternativa. Ou seja, o objetivo não é generalizar, mas convidar à reflexão:

1) Onde você escreve apenas “Samarco'', como responsável pela catástrofe da barragem de Mariana, acrescente “Vale'' e “BHP''. Diga ao seu chefe para esquecer que a Vale é grande anunciante do seu veículo pelo menos desta vez.

A pedofilia e o consumismo infantil

Por Lais Fontenelle, no site Outras Palavras:

No ultimo mês, um triste episódio sobre abuso sexual infantil invadiu as mídias e nos fez parar para refletir sobre o olhar que a sociedade atual, adoecida e machista, tem para mulheres e meninas. Demorei a decidir se escreveria ou não sobre o ocorrido. A demora se deu, talvez, por um desejo de preservar um pouco mais a menina, ou simplesmente porque o tempo demorou a passar para a digestão do fato. Contudo, como mulher, mãe de menina e ativista pelos direitos da infância, não poderia me omitir. Poderia parecer uma aceitação tácita dos fatos, e eu não aceito os fatos. Não podemos mais fechar os olhos para a falta de valores e de limites da sociedade de consumo contemporânea – em que tudo, até as meninas, transformam-se em mercadoria.

As políticas sociais em uma encruzilhada

Banco do Brics pode se contrapor ao FMI

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

Na noite desta segunda (9), o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães ressaltou a importância do Banco do Brics como contraponto ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, “que são instrumento das grandes potências para impor políticas econômicas”, defendeu. O economista Luiz Gonzaga Belluzzo não só destacou o papel do banco, como propôs que ele seja utilizado para capitalizar a Petrobras.