sábado, 2 de julho de 2016

Investidas contra Cristina Kirchner e Lula

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Já tratamos disso neste blog. No entanto é preciso voltar ao assunto. Os jornais estampam em manchetes gritantes: “Polícia revista imóveis de Cristina e Justiça fecha cerco a ex-presidenta”. O libreto é o mesmo. Lá e cá. Ali, Cristina e Axel, aqui, Lula e Dilma. Lá, Clarin, cá, Globo. O “Partido Judicial” junto à Polícia Federal e os meios de comunicação hegemônicos intensificam a campanha de perseguição e difamação. O objetivo central – e já não escondem – é impugnar a volta de Cristina e Lula. E desde já distrair a população do ajuste certamente contra o interesse dos trabalhadores e da debacle econômica que logo mais se agudizará.

“O indígena, aquele que deve morrer”

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A questão indígena é um problema que nunca foi equacionado nas políticas públicas brasileiras. Grande parte foi exterminada, desde o tempo da colonização e hoje compõem apenas 0,4% da população o que equivale a 817 mil pessoas constituindo 300 povos. Vivem muito concentrados em apenas 200 municípios entre os mais de cinco mil existentes no Brasil.

Praticamente eles não contam. Só a partir de 1991 que começaram a entrar no censo populacional efetivado pelo IBGE.

Querem calar a nossa voz

Do site Carta Maior:

Uma das primeiras medidas do governo interino – e ilegítimo – de Michel Temer, iniciado em 12 de maio de 2016, foi o cerceamento da mídia alternativa no Brasil. Copiando o governo Maurício Macri, na Argentina, em apenas sete dias, o Planalto determinava a suspensão, em cima da hora, do patrocínio pela Caixa Econômica Federal (CEF) do 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, em Belo Horizonte.

Conclusão do Ibope: Temer tem que sair já!

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Calamidade é uma boa palavra para definir o desempenho de Temer na pesquisa CNI-Ibope que acaba de sair.

Uma taxa de aprovação de 13% em tão pouco tempo de governo, e sob o apoio maciço da mídia, é o retrato de um governo morto ainda no berço.

Outro número devastador: dois terços dos brasileiros não confiam em Temer.

Haddad veta 'Dia do Combate à Cristofobia'

Da Rede Brasil Atual:

“A proposta revela-se oposta ao interesse público e aos princípios constitucionais basilares, vale dizer, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a redução das desigualdades sociais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, e a prevalência dos direitos humanos”. Assim, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), justificou o veto ao Projeto de Lei 306, de 2015, que propunha a criação do Dia de Combate à Cristofobia na cidade, a ser comemorado em 25 de dezembro.

"Governo Temer": Lumpesinato no poder

Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:

“Ouvi aqui: ‘O Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar.’ Conversa! Fui secretário de Segurança Pública duas vezes em São Paulo e tratava com bandidos. Sei o que fazer no governo e saberei como conduzir”, declarou o presidente interino Michel Temer, em 24 de maio, ao cumprir os primeiros 12 dias de governo, logo após a renúncia de Romero Jucá da pasta do Planejamento.

Dando ênfase às suas palavras, Temer dá um murro na mesa, para mostrar que ele sabe, mesmo, governar. Estabelece, portanto, uma equiparação, um sinal de igualdade, uma identidade entre “governar” e “tratar com bandidos”. Nada e ninguém poderia definir de modo mais preciso e exato o que significa a entrada de Temer no Planalto.

A rejeição de Temer e o Bolsa Família

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ministro Eliseu Padilha, segundo o jornal Valor, disse agora à noite que a popularidade “não é o mais importante”, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre o resultado da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta manhã.

Embora Padilha fique naquela posição da raposa que disse que as uvas estavam verdes, é popularidade o maior desejo do Senhor Michel Temer para legitimar a sua ilegítima presença na Presidência.

Temer manobra para abafar Lava Jato

Do blog Viomundo:

Michel Temer tem 13% de ótimo e bom na pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira, 1.

É pouco mais que Dilma Rousseff (10%) em março.

53% desaprovam a maneira do interino de governar.

66% não confiam nele.

23% consideram Temer melhor que Dilma, 25% pior.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Conexões tucanas na Operação Saqueador

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma das prisões realizadas hoje pela operação O Saqueador, da Polícia Federal, deve estar preocupando alguns tucanos. É a do empresário Adir Assad, condenado pela Lava Jato que cumpria prisão domiciliar desde dezembro. Ele tem uma conhecida conexão com Paulo Vieira de Sousa , o Paulo Preto, tido como operador financeiro do PSDB paulista. A Operação prendeu também o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mira também o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, que está fora do país.

Fraude do impeachment e corrupção de Temer

Por Glenn Greenwald, no blog The Intercept:

Desde o começo da campanha para impedir a presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff, a principal justificativa era de que ela havia se utilizado do artifício conhecido como “pedaladas” (“peddling”: atraso ilegal de pagamentos aos bancos estatais) para mascarar a dívida pública. Mas nesta semana, enquanto o Senado conduz o julgamento do impeachment, esta acusação foi suprimida: o relatório de peritos do Senado concluiu que “não há indício de ação direta ou indireta de Dilma” em nenhuma destas manobras orçamentárias

Como colocou a Associated Press: “Auditores independentes contratados pelo Senado brasileiro disseram em relatório divulgado na terça-feira que a presidente suspensa Dilma Rousseff não agiu na modificação da contabilidade de que foi acusada no julgamento de seu impeachment”. Em outras palavras, os próprios técnicos do Senado esvaziaram o primeiro argumento na defesa de que o impeachment era outra coisa que não um golpe.

O jatinho de Eduardo Campos e a quadrilha

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

Quase dois anos após a queda do avião, em Santos, que levou à morte Eduardo Campos, candidato à Presidência em 2014, novas investigações apontam que a aeronave integrava um esquema de empresas de fachada suspeitas de lavar cerca de 600 milhões de reais. Na terça-feira 21, foram presos quatro suspeitos, entre eles Eduardo Freire Bezerra e João Carlos Lira.

A apuração começou após a Polícia Federal tentar identificar o verdadeiro dono da aeronave na qual Campos viajava em companhia de outros seis passageiros, todos mortos no acidente. Ao realizar a quebra de sigilo dos donos do avião modelo Cessna Citation, os investigadores descobriram empresas que só existiam no papel para a realização de operações de fachada.

A trincheira de combate da CPI da Merenda

Por Henrique Domingues, no site da UJS:

O combate a corrupção no Brasil virou uma espécie de norte estratégico para o povo. O recente acirramento político impulsionado pela atuação da mídia teve em seu epicentro os recentes casos de corrupção, com foco no governo federal e na esquerda brasileira. Setores conservadores e reacionários se valeram do sentimento de indignação popular com o desrespeito aos bens comuns e aplicaram um duro golpe à constituição cidadã de 1988 e ao Estado Democrático de Direito: impediram uma presidenta democraticamente eleita e sem crimes de responsabilidade de concluir o mandato.

Cultura do estupro: romper o silêncio!

Por Érika Kokay, na revista Teoria e Debate:

A cada dois minutos uma mulher é vítima de estupro no Brasil, segundo dado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O chocante dado foi praticamente ignorado até recentemente, quando dois casos de estupros coletivos, um no Piauí e outro no Rio de Janeiro, mereceram atenção e repúdio de brasileiros e estrangeiros. Casos extremos, que romperam o tradicional silêncio sobre a violação de mulheres em nosso território, em grande medida devido ao fato de um dos crimes ter sido filmado e divulgado em redes sociais pelos próprios autores, que se vangloriavam da barbárie cometida por trinta homens contra uma menina de 16 anos, desacordada, em uma favela carioca.

Igualdade, desenvolvimento e luta sindical

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

A luta sindical tem o objetivo de transformar o mundo e criar as possibilidades para que haja justiça social e todos tenham melhores condições de vida. Com muito custo, houve avanços, mas, facilmente, haverá retrocessos. A distância é longa para ver esse sonho, essa utopia se tornar realidade. A caminhada é árdua e é preciso reunir forças com aliados dispostos a fazer as mesmas apostas.

Construir convergência é um desafio que requer agentes institucionais capazes de criar um referencial comum. Na América Latina, a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), vem atuando de maneira exemplar.

Temer e a nova agenda conservadora

Por Leonardo Avritzer, no Jornal GGN:

A crise que conduziu a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma crise dos três poderes, mas é fundamentalmente uma crise do poder executivo e da forma como ele produziu a governabilidade no período 1994-2015. Essa forma, produziu uma governabilidade cujos custos não foram medidos e acabaram levando a uma disputa muito mais ampla sobre o projeto de estado que irá vigir no Brasil nos próximos anos. Os primeiros 45 dias do presidente interino, Michel Temer mostram os principais elementos deste projeto na concepção dos atores conservadores: um controle absoluto do Congresso, em especial da Câmara dos Deputados sobre a pauta da presidência que levou a incorporação de uma agenda anti-direitos pelo executivo. O segundo é um controle corporativo e patrimonialista sobre a agenda de governo expressa no tipo de reformas do estado que o governo propõe e que buscam fortalecer carreiras corporativas no estado e cortar políticas sociais. Permitam-me elaborar de forma mais ampla os dois elementos do projeto conservador.

Lei Rouanet: Como ir além do Fla-Flu

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Publico artigo escrito, para este blog, por João Brant, secretário executivo do Ministério da Cultura na gestão Juca Ferreira (2015-2016), tendo como ponto de partida a operação “Boca Livre'', da Polícia Federal – que revelou fraudes e desvios relacionados a projetos e empresas beneficiados pela Lei Rouanet. Ele trata dessas questões e de outras, como a discussão sobre como deve ser a destinação dos recursos de renúncia fiscal para o fomento à cultura, hoje concentrado nas mãos das empresas.

As greves invisibilizadas pela mídia

Ato em 16/5/16. Foto: Adunesp
Do jornal Brasil de Fato:

Mobilizações de setores universitários e servidores públicos reivindicando pautas salariais, política de cotas raciais e contrários à precarização das condições de trabalho no país, não têm ganhado atenção da grande mídia no país. As paralisações e greves nas instituições públicas tiveram início entre os meses de maio e junho e outras devem se iniciar nos próximos meses.

No Rio de Janeiro, servidores do Rio Previdência decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (29), após uma assembleia realizada na tarde de terça-feira. Com salários atrasados, é a primeira vez na história da autarquia, criada em 1999, que os trabalhadores decidem entrar em greve. A categoria demanda a regularização do pagamento dos salários, para que sejam efetuados em dia e de forma integral.

Como governo e mídia tentam destruir a EBC

Por Carolina Ribeiro e Leandro Melito, no site Outras Palavras:

Nas últimas semanas, circularam pela imprensa muitas informações desencontradas sobre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pintando cenários que vão desde o fechamento total da empresa até a extinção de parte dela por meio de uma Medida Provisória.

Nesta sexta-feira (24), o relator especial interamericano para a Liberdade de Expressão da ONU, Edison Lanza, manifestou sua preocupação com os posicionamentos de algumas autoridades brasileiras que sugeriram o fechamento da empresa.

Cadê a indignação com a gastança de Temer?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    

Dez entre dez golpistas traziam na ponta da língua o discurso de que era preciso enfrentar o desarranjo das contas públicas. O chamado "mercado" e seus representantes no mundo da política e da mídia não se cansavam de acusar a presidenta Dilma e o governo do PT de pouco rigor fiscal.

Não importava se, diante da crise internacional que chegou forte ao Brasil, a opção de Dilma tenha sido a de priorizar minimamente a manutenção de empregos e salários em detrimento de alguns fundamentos caros ao neoliberalismo.