domingo, 14 de agosto de 2016

Ana Amélia e a alegria dos golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na semana passada, na Sessão do Senado destinada à discussão do parecer que analisava a procedência ou improcedência do impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, proferiu uma frase infame que precisa ser rebatida em nome da verdade, da Justiça e do respeito à veracidade da história brasileira.

Ana Amélia disse ter “muita alegria” de “ser golpista ao lado de ministros do STF”. Disse isso porque o presidente do Supremo, Ministro Ricardo Lewandowski, preside o processo de impeachment de Dilma Rousseff. A senadora gaúcha tentou confundir o público transformando a presença dele em plenário em aval ao processo de impeachment.

O jornalismo, do colapso à fraude

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Assistimos ao colapso do jornalismo comercial brasileiro. Nunca antes na história deste país o nível ético de jornais, rádios e TVs esteve tão baixo. Na ânsia de derrubar a qualquer custo um governo eleito democraticamente, as empresas de comunicação mandaram às favas princípios e valores jornalísticos consagrados internacionalmente. Causaram espanto em quem viu esse processo com olhar estrangeiro. O jornalista estadunidense Glenn Greenwald, radicado no Brasil, arregalou os olhos. Primeiro surpreendeu-se com a unanimidade da mídia tradicional brasileira na defesa dos mesmos interesses, sem espaço para divergências.

Cartaz contra a Globo é proibido na Rio-16

Da revista Fórum:

Um segurança abordou um grupo de pessoas que segurava um cartaz contra a Rede Globo de Televisão e mandou elas abaixarem o cartaz contra a emissora.

“Temer vocês podem erguer a vontade. Nada que tiver Globo. Não pode!”, disse.

A cena aconteceu durante a partida de futebol feminino entre a seleção brasileira e a Austrália no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG), quando o Brasil bateu as australianas nos pênaltis.

Golpe de Temer é escancarado ao mundo

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

As Olimpíadas são sobre esportes, mas também sobre política. Nos Jogos Olímpicos da Alemanha de 1936, tornou-se célebre o momento em que o atleta negro campeão Jesse Owens foi saudado por Hitler, fazendo o líder alemão se curvar a alguém que considerava um inimigo.

E em 1968, no México, dois atletas norte-americanos levantaram os punhos no pódio representando os Panteras Negras, que estavam lutando contra discriminação racial nos EUA. Em Munique, nos Jogos de 1972, jovens palestinos pegaram como reféns atletas israelenses, para denunciar a guerra contra seu país.

A reforma da previdência volta à cena

Por Milko Matijascic, no site Brasil Debate:

A reforma da previdência voltou à cena do debate público brasileiro. Até o momento, as regras de elegibilidade para a pensão por morte e aposentadoria por tempo de contribuição – ATC – já sofreram alterações e o presidente interino enfatizou que a continuidade do processo será uma prioridade.

O cenário atual se assemelha ao dos anos 1990, professando que as regras sociais previstas pela Constituição Federal impedem o crescimento econômico sustentável, em virtude dos riscos para as finanças públicas. O governo Fernando Henrique Cardoso – FHC, entre 1995 e 1998 patrocinou uma ampla reforma com esse viés, atingindo a previdência social, complementar e os regimes dos servidores públicos. A estratégia era desconstitucionalizar as regras, mas ela foi rechaçada pelo Congresso Nacional.

Deus e o Diabo na Terra de Tio Sam?

Por Hugo Albuquerque e Edemilson Paraná, no site Outras Palavras:

As eleições para a presidência dos Estados Unidos em 2016 agitam o mundo. Não apenas por decidirem os rumos do país mais poderoso da Terra, mas também pelas forças supostamente antagônicas em disputa. Hoje, a novidade é a ascensão da direita populista via Donald Trump, o candidato ungido dos republicanos, em uma disputa pintada em tons maniqueístas contra a ex-senadora, ex-primeira dama e ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Existe um esquematismo maniqueísta pronto, não muito diferente de 2008. Mas o polo forte da questão, desta vez, é o medo de Trump e não a esperança em um Obama.

Nenhum direito a menos

Por Luiz Sérgio, na revista Teoria e Debate:

O Brasil vive um surto conservador gestado como contraposição aos avanços sociais e às conquistas progressistas alcançadas a partir da chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder, com Lula, em 2003. A composição do Congresso Nacional, saída das urnas em 2014, reflete essa realidade. De acordo com levantamento realizado pela CUT-Brasília (Cartilha O Maior roubo de Direitos dos Trabalhadores), há em tramitação nas duas Casas Legislativas mais de sessenta projetos cujos objetivos, em linhas gerais, são retirar direitos dos trabalhadores, reverter conquistas sociais e eliminar as políticas afirmativas. Desde maio, com o avanço do golpe parlamentar e o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, essa representação conservadora ampliou seu espaço e ganhou musculatura para acelerar sua pauta nefasta. Hoje, a realidade é que o Palácio do Planalto passou a ser o quartel-general do retrocesso. Michel Temer, o presidente interino e golpista, é a encarnação do atraso.

Centrais vão às ruas contra o retrocesso

Do site da CUT:

A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam em 16 de agosto o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.

Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.

Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.

Temer mira no 13º salário e nas férias

Por Joanne Mota, no site da CTB:

Desde que Michel Temer tomou, de assalto, o Palácio do Planalto, os direitos sociais e trabalhistas correm sérios riscos de desaparecerem. Em pouco mais de 90 dias de gestão interina, Temer tem ameaçado, sem pudor, a classe trabalhadora com reformas que não têm outro objetivo senão implementar uma cartilha ultraliberal e atender aos interesses do capital financeiro nacional e internacional.

Em ampla matéria publicada no jornal O Globo, a gestão interina tenta emplacar uma reforma trabalhista que prevê flexibilização de diversos direitos. Estão no alvo de Temer direitos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como o 13º salário, férias, adicional noturno, licença-paternidade e salário mínimo.

sábado, 13 de agosto de 2016

Rede Globo: O golpe se vê por aqui

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Da manipulação ao ocultamento da informação, o Jornal Nacional (JN) resolveu partir para o escárnio na última semana. Do principal jornal do país, em pleno horário nobre, ouviu-se um silêncio “retumbante” frente às delações dos empresários da Odebrecht na Operação Lava Jato.

A delação de Marcelo Odebrecht, estampada no panfleto Veja, apontava R$ 10 milhões em propina pagos pela construtora ao PMDB, em 2014, a pedido de Michel Temer, o presidente ilegítimo e interino. Na Folha, destaque para as denúncias de um repasse de R$ 34,5 milhões ao caixa dois da campanha de Serra, em 2010.

Por que Moro não mexe com Cláudia Cruz?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sérgio Moro tem medo de Eduardo Cunha.

Esta é a única explicação razoável para a inoperância patética da Lava Jato em relação a Cláudia Cruz, a mulher de Cunha.

A desculpa de que não foi possível notificá-la por não saber seu endereço é uma das coisas mais ridículas da história da Lava Jato e do golpe.

Operação “Cozinhem o Galo” com Cunha

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A esta altura, nem a mídia consegue disfarçar as evidências de que está em curso um plano para protelar até o indefinido a cassação do mandato de Eduardo Cunha.

A Folha, candidamente, registra hoje que…

O discurso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que haverá quorum alto na votação do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no dia 12 de setembro, uma segunda-feira, contraria a praxe na Casa.

Sérgio Moro tem obsessão pelos EUA

Gilmar Mendes e a quebra da legalidade

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

O presidente do TSE, o inefável ministro Gilmar Mendes, após inexplicado café da manhã com a cúpula do PSDB, determinou a abertura de processo com vistas à cassação do registro do Partido dos Trabalhadores (PT), o partido da atual presidente da República e do ex-presidente Lula, enfim, partido que ganhou as quatro últimas eleições presidenciais.

A proscrição de um partido politico não é fato trivial em uma democracia. Na República inaugurada em 1946, no governo do Marechal Dutra e no auge da Guerra Fria, foi cassado o registro do Partido Comunista do Brasil que emergiria após mais de uma década de clandestinidade elegendo pouco mais de uma dezena de deputados federais e um senador (Prestes).

Fidel Castro, rosto e alma da revolução

Foto: Liborio Noval
Editorial do site Vermelho:

Um grupo de jovens dirigiu a luta contra o regime corrupto e despótico de Fulgêncio Batista, em Cuba, de 1953 até a vitória final, em 1º de janeiro de 1959.

Aquele grupo incluía revolucionários notáveis - Camilo Cienfuegos, Célia Sanchez, Ernesto Che Guevara, Haydê Santamaria, Raul Castro – jovens cujo líder foi um moço loquaz e, apesar da pouca idade, já veterano no embate contra o imperialismo e a tirania que oprimia a ilha: Fidel Castro. Ele tinha somente 32 anos mas já era o comandante inconteste da revolução da qual, nas décadas seguintes, seria o rosto e a alma: a revolução cubana.

Corrupção e a hipocrisia dos golpistas

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

O impeachment quase consumado de Dilma Roussef só foi possível graças a um trabalho diuturno de manipulação da opinião pública pela mídia oligopolizada.

Praticamente desde que Lula assumiu a presidência o PT é pintado nos grandes meios de comunicação como o partido mais corrupto de todos.

Primeiro com a ajuda do STF, no mensalão, no qual petistas foram condenados sem provas com base na teoria do domínio do fato, cujo próprio autor criticou a forma como foi usada no julgamento.

PT ajudou o MPF a se tornar um partido

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Primeiro Movimento – o nascimento do ativismo judicial

A Constituinte de 1988 foi montada em cima de um retrovisor: o regime militar que se encerrava.

A relatoria da Constituinte tinha subcomissões. A do Ministério Público e do Judiciário foi relatada por Plinio de Arruda Sampaio, do PT. Do lado do MP, recebia assessoria de Álvaro Augusto Ribeiro Costa, Sepúlveda Pertence, Eugenio Aragão, Wagner Gonçalves e Aristides Junqueira, futuro Procurador Geral da República de Itamar Franco.

O Judiciário estava na defensiva. O PT questionou a presidência da Constituinte por Moreira Alves, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e foi apoiado por Ulisses Guimarães;

Agenda golpista e a encruzilhada do país

Por Walter Sorrentino, em seu blog:

Estão em curso duas grandes batalhas, ambas muito desafiadoras e difíceis para a jornada democrática e progressista no Brasil.

Uma é aquela relativa ao julgamento de Dilma Rousseff no Senado, em duas semanas. Por mais que se considere invencível, a denúncia de uma ruptura institucional golpista é importante como marco de resistência das forças democráticas para o que vem a seguir, pelo que se deve manter a mobilização até o último round.

O jogo sujo para entregar o pré-sal

O país que não pode votar

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém precisa ficar surpreso com a insistência exibida por Michel Temer para dizer que não é candidato à eleição presidencial de 2018. Não é esperteza nem fingimento. É uma questão de sobrevivência.

No Brasil de hoje, a única certeza duradoura é a desvalorização do voto popular. Tornou-se uma mercadoria de alto risco.

Querer ocupar o poder através das urnas, método banal de toda democracia digna deste nome, tornou-se sinônimo de oportunismo e irresponsabilidade. Sinaliza falta de compromisso real com as reformas estruturais que foram cozinhadas pelo empresariado que bancou Eduardo Cunha e seus aliados na campanha de 2014 e anunciadas por Temer quando tomou posse de sua interinidade e agora são apontadas como caminho indispensável para a redenção do país.