domingo, 16 de outubro de 2016

Cadê os ‘coxinhas’ do Banco do Brasil?

Por Altamiro Borges

Participei de alguns encontros sindicais dos bancários neste ano. Aproveitei para perguntar como os trabalhadores da base estavam reagindo à cruzada golpista pelo impeachment de Dilma. No geral, segundo os relatos, a categoria estava apática. Tinha duras críticas ao governo petista, mas também desconfiava dos propósitos dos grupos que rosnavam por sua queda. Para minha surpresa, porém, a sondagem indicou que um dos maiores focos de apoio ao golpe se encontrava entre os funcionários do Banco do Brasil. Como será que os “coxinhas do BB”, como eram ironizados, vão se comportar agora diante das notícias de que o covil golpista pretende desmontar esta importante instituição financeira?

Lua de mel de Moro com a mídia está no fim?

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sérgio Moro cruzou o Rubicão com sua carta enfezada para a Folha respondendo ao colunista Rogério Cézar de Cerqueira Leite.

O brilhante artigo de Cerqueira Leite compara Moro ao frei dominicano Girolamo (Jerônimo) Savonarola, moralista que tentou transformar a Florença do final do século 15 num estado cristão.

Foi enforcado e depois incinerado numa fogueira.

“Imaginem só como Moro seria terrivelmente infeliz se não existisse corrupção para ser combatida”, escreveu o professor. “Só vai vosmecê sobreviver enquanto Lula e o PT estiverem vivos e atuantes”.

A velocidade da Receita contra Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Este blog vai publicar um trecho da nota de esclarecimento do Instituto Lula sobre a velocíssima decisão da Receita Federal de cancelar a isenção fiscal do instituto, apenas 24 horas depois de este ter apresentado suas justificativas e documentos.

Antes, porém, deseja, já que o blogueiro é um cidadão comum como o ex-presidente, reivindicar igual presteza nas providências da Receita sobre a notificação em que foi acusado de sonegar R$ 0,06 (seis centavos) que, acrescidos de multa e mora, representaram uma autuação de R$ 0,11 (onze centavos).

A era das grandes turbulências mundiais

Por Ignácio Ramonet, no site Outras Palavras:

Qual o desenho do novo cenário mundial? Quais são suas principais características? Que dinâmicas estão determinando o funcionamento real de nosso planeta? Que características dominarão nos próximos 15 anos, daqui a 2030?

Para analisar este novo cenário e prever seu futuro imediato, vamos utilizar a bússola da geopolítica, uma disciplina que nos permite compreender o jogo geral das potências e avaliar os principais riscos e perigos. Para antecipar, como um tabuleiro de xadrez, os movimentos de cada potência adversária.

E o que nos diz esta bússula?

Prisão de Lula será AI-5 de nova ditadura

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não existindo hoje qualquer base jurídica para uma prisão do ex-presidente Lula nas próximas horas, se confirmada a intensa boataria da noite desta sexta-feira, estará consumada, sem disfarces, a ruptura com o Estado de Direito e o mergulho na ditadura. Uma postagem de Eduardo Guimarães em seu “Blog da Cidadania” deixou em estado de alerta o vasto campo lulista, que ultrapassa as fronteiras do PT. Guimarães afirmou ter ouvido de fonte segura e fidedigna que a prisão de Lula já está decidida, podendo acontecer na segunda-feira ou em dias seguintes, com espetaculoso aparato e cobertura da mídia, que já estaria preparada para a eventualidade.

Lava-Jato, classe média e Estado

Por Armando Boito Jr., no site da Fundação Maurício Grabois:

A operação Lava-Jato é um fenômeno complexo e multideterminado. A sua análise exige que recorramos a sutilezas da teoria do Estado capitalista e das classes sociais, que tenhamos conhecimento das instituições do Estado capitalista brasileiro e das classes sociais atuantes na política brasileira contemporânea. Neste artigo, em parte ensaístico, tentaremos mostrar que os dirigentes da operação LavaJato agem, ao mesmo tempo, como integrantes e como representantes políticos da fração superior da classe média e, também, como burocratas do Estado inseridos num ramo específico desse aparelho cuja função particular é a de zelar pela manutenção da ordem capitalista.


Não tem arrego: UNE convoca paralisações

Por Cristiane Tada, no site da UNE:

Diante do quadro de recrudescimento dos direitos dos estudantes e trabalhadores, a diretoria executiva da União Nacional dos Estudantes se reuniu na última quarta-feira, 12 de outubro, com objetivo de planejar as ações do movimento estudantil que irão combater os retrocessos. O encontro, em São Paulo, na sede das entidades estudantis, reuniu diretores de todos os Estados e aprovou uma agenda de luta importante para os próximos dias.

O processo kafkaniano contra Lula

Do site Lula:

“Não é da nossa incumbência darmos-lhe explicações. Volte para o seu quarto e aguarde. O processo já está em andamento, o senhor será informado de tudo na devida altura.” O Processo - Franz Kafka

Na última segunda-feira (10), o advogado Cristiano Zanin Martins apresentou à imprensa nacional a peça que protocolou na Justiça em resposta à acusação dos procuradores da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Temer tira a grande imprensa do vermelho

Por Pablo Antunes, no site do Observatório da Imprensa:

Há anos, cientistas políticos alertam que o pior de um presidencialismo de coalizão é a pulverização de favores a líderes políticos de diversos partidos em um troca-troca que envolve ministérios, secretarias e cargos de chefia em estatais em favor de apoio nas casas parlamentares e no aparelhamento do Estado.

A esse tenebroso cenário se soma uma outra coalizão que em nada respeita o direito do cidadão à informação e à liberdade de expressão. Desde que assumiu a presidência da república, interinamente, depois definitivamente, o governo Michel Temer elevou, sem qualquer constrangimento, as verbas publicitárias para a grande mídia oligárquica que produz as manchetes que informam e desinformam a maior parte da população brasileira. Essas empresas são: as Organizações Globo, as editoras Abril e Caras, os grupos Folha/UOL, Estadão e Band.

sábado, 15 de outubro de 2016

Como Hillary Clinton cooptou Marcelo Tas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Para quem trata como “teoria conspiratória” as denúncias sobre estratégias norte-americanas de utilização das redes sociais, aí vai o telegram de Hillary Clinton (http://migre.me/veOfu), divulgado pelo Wikileaks.

Os telegramas deixam uma pista relevante sobre a forma de atuação do Departamento de Estado.

O e-mail menciona um café entre Hillary e Marcelo Tas, na época bastante atuante nas redes sociais. Algumas anos antes, Tas havia sido alvo de um ataque gratuito da Veja, por suspeitas de suas inclinações políticas. Rapidamente mudou de posição e, nas redes sociais, em vez do comunicador light e bem-humorado, tornou-se um ativista agressivo, endossando posições à direita.

Moro e Gilmar Mendes: eles podem tudo?

Do blog: A Justiceira de Esquerda
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Em 2014 foi possível, na última instância, a eleição de Dilma Rousseff – uma vitória precária, saber-se-ia depois –, mas, com ela, elegeu-se um Congresso exemplarmente reacionário, em condições de reescrever o discurso da soberania popular ditado no pleito presidencial.

Fica para outra oportunidade a discussão sobre a distância ideológica do voto majoritário em face do voto para as casas legislativas. Desta feita, essas considerações se cingem a uma de suas consequências: a brutal perda de legitimidade e representação do Poder Legislativo, posta de manifesto em face do quadro real da sociedade brasileira, contrastando com sua composição.

O retrocesso civilizatório em São Paulo

Por João Quartim de Moraes, no site Vermelho:

As manipulações da operação policial-judiciária dita “Lava Jato”, obviamente dirigidas prioritariamente contra o PT, exerceram efeito desmobilizador sobre o eleitorado brasileiro. Não era exatamente o que Moro e consortes pretendiam: queriam quebrar a esquerda, oferecendo ao “senso comum” o cadáver moral dos principais dirigentes petistas.

Acabaram fazendo estragos maiores. É próprio aos preconceitos generalizar para um grupo amplo, heteróclito e de contornos mal definidos a torpeza atribuída a uma de suas parcelas. O descrédito gerado pelos duvidosos métodos de “delação premiada” acabou afetando os “políticos” em geral, embora não nas mesmas proporções. O cartel dos donos da notícia incumbiu-se de proteger os participantes do golpe de abril 2016, maquilando de “estadistas” alguns dos mais imponentes e contumazes saqueadores de fundos públicos. Os golpistas também se beneficiam de crises agudas de amnésia que acometem a Polícia Federal, a Promotoria e os Juízes, com Moro à frente, cada vez que alguma de suas bandalheiras cai no radar das famigeradas delações premiadas.

Dia dos Professores: Não há o que comemorar

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Para os professores da rede pública estadual paulista, os desafios de sempre, como salas superlotadas, baixos salários e uma jornada longa – em três períodos e em escolas diferentes, na maioria dos casos –, sem tempo para correção de provas ou preparação de aulas, têm tudo para serem agravados com o avanço de propostas do governo Temer ou que já receberam seu apoio.

É o caso da PEC 241, que restringe os investimentos públicos na educação e afeta o trabalho docente; a Medida Provisória (MP) 746, que fragmenta e altera profundamente o ensino médio; a proposta de Escola sem Partido, que criminaliza o debate: e o corte de vagas na rede federal de ensino. A análise, nada animadora, é da presidenta do Sindicato dos Professores na Rede Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel. "Como já acontece há anos, os professores não têm nada a comemorar em seu dia."

Sindicato: Jogar na defesa ou no ataque?

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Nos anos 1990, o movimento sindical jogou na defesa, enfrentando baixo crescimento, hiperinflação, arrocho salarial, desemprego, pobreza, precarização, informalidade, desigualdade, entre outros problemas.No jogo social, somente a tática da defesa não transforma a realidade.

Em meados da década passada, o jogo mudou e o ataque passou a fazer parte da tática. Os resultados foram crescimento econômico, geração de emprego, aumento dos salários, redução de desigualdade e informalidade etc. Vitórias importantes foram conquistadas, como a política de valorização do salário mínimo ou o reconhecimento das Centrais Sindicais, entre tantas outras.

Moro é o maior cabo eleitoral da direita

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Pelos vazamentos seletivos e prisões cinematográficas, o "justiceiro" Sergio Moro já recebeu vários prêmios da mídia tradicional. Globo e Veja, entre outros veículos, são gratos pela escandalização da política que garante aumento das tiragens e das verbas publicitárias. No mesmo rumo, os partidos da direita nativa também deveriam homenagear o chefão da Lava-Jato. Afinal, ele foi determinante para o crescimento das siglas conservadores nas eleições de domingo retrasado. Em boa medida, a derrota do PT e de outras legendas de esquerda se deve a atuação partidarizada deste juiz, que se transformou no maior cabo eleitoral das forças reacionárias e neoliberais do país. Como um relógio suíço, as suas ações cronometradas de boca-de-urna tiveram efeitos destrutivos no pleito municipal.

A concentração midiática e a liberdade

Por Lidia Baltra, no site Carta Maior:

Os meios de comunicação de direita martelam todos os dias a ideia de que são as únicas vozes imparciais e objetivas quando se tratar de apresentar la realidade dos fatos que acontecem em cada país e no mundo. Porém, o que fazem, na verdade, é propalar o seu modelo de vida e de sociedade como os únicos possíveis, discurso que é reforçado em períodos de eleições. Esta sim é uma situação que limita gravemente a liberdade de expressão.

Uma reforma política sem golpe!

Por Daniel Almeida, no blog de Renato Rabelo:

A ofensiva golpista se espalha pelo Congresso com o objetivo de sustentar a qualquer custo o presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB) e seu governo sem voto popular. A próxima iniciativa reacionária é a tentativa de uma reforma política excludente para eliminar vozes dissonantes no jogo democrático.

Em 9 de novembro, o Senado deve levar à votação uma proposta de emenda à Constituição com cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais. Isso restringe o direito de os cidadãos terem ampla representação no Legislativo.

Oposição, resistência e confronto

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Não adianta mais tentar a disputa de argumentos em torno da PEC 241, mais conhecida como PEC da Morte. As mais respeitadas vozes, universidades e instituições de pesquisa – além do questionamento do próprio Ministério Público sobre a constitucionalidade do projeto – já demonstraram o que a aprovação definitiva da medida vai significar. Retrocesso social, concentração de renda, diminuição do salário mínimo, sucateamento de políticas públicas, inviabilização de padrões mínimos de serviços essenciais. Um cenário em que recursos da educação e saúde serão drenados para o sistema financeiro, numa curva que aponta para baixo os investimentos enquanto a população cresce e envelhece, os serviços de saúde se tornam mais onerosos e o novo padrão da sociedade e da economia do conhecimento exige mais qualidade de formação e informação das pessoas.

Alckmin e a propina para o “Santo”

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Sob muitas críticas pelo tom político de suas operações, a Lava Jato terá mais uma oportunidade de tentar desfazer essa imagem. A nova janela abriu-se durante a 35ª fase, denominada Operação Omertà e deflagrada na segunda-feira, 26, que culminou com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci.

Além do conteúdo que envolve o petista e a Petrobras, documentos obtidos pela Polícia Federal revelam uma série de e-mails que tratam de propinas em dezenas de grandes obras da construtora Odebrecht pelo País.

Todas os e-mails com indícios de supostos esquemas de corrupção com participação da companhia são de seus funcionários e datados a partir de 2003. A maioria é do chamado Setor de Operações Estruturadas da empresa, intitulado pela Polícia Federal como “departamento de propina”.

Quem vai sair do vermelho é a mídia