segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Clã Bolsonaro enriqueceu no poder público

Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Dono de pautas genéricas e de apelo popular como “combate à corrupção”, defesa dos “valores cristãos” e de leis mais rígidas para punir criminosos, Jair Bolsonaro é ídolo de uma massa pouco instruída politicamente e revoltada com o que ele chama de “políticos tradicionais”.

Contudo, uma análise nas últimas declarações de bens do deputado federal indica que o maior compromisso do patriarca do clã político Bolsonaro é com a própria saúde financeira.

De acordo com dados do TSE, entre os pleitos de 2010 e 2014 a renda do parlamentar subiu 97%, já levando em consideração os efeitos da inflação sobre o valor declarado em 2010.

Lava-Jato paga propina milionária à mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A entrevista do consultor Mario Rosa já foi reproduzida em vários sites. Eu tinha que dar um título mais impactante, e ao mesmo tempo mais verdadeiro, porque é disso que se trata. Rosa faz uma denúncia óbvia, que está a vista de todos.

Imagina se o Ministério do Desenvolvimento “vazasse” informações sobre comércio exterior apenas para jornalistas que falassem bem do governo? Não seria um escândalo? Não seria considerado corrupção?

A tragédia do reitor e a de todos nós

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Em meados de 2013, um ano antes do deslanche da Lava Jato, o assim chamado juiz Moro julgou outro processo, ou melhor, um outro evento político mal-travestido de judicial, a operação Agro-Fantasma. Sob alegação de irregularidades no Programa de Aquisição Alimentar, um grande numero de agricultores familiares foram presos. Mas foram declarados inocentes agora, em 2017. Fez-se a justiça, dirão alguns. Será? Afinal, com esses 4 anos de martírio, o processo mambembe destruiu a vida deles e sabotou o próprio programa.

Alexandre Frota e a Justiça às avessas

Por Frei Betto

O ator de filmes pornô, Alexandre Frota, declarou em programa de TV, em 2015, que estuprou uma mãe de santo até ela desmaiar. Como era de se esperar, Eleonora Menicucci, então à frente do Ministério das Mulheres, repudiou a apologia ao crime.

Em maio de 2016, o ministro da Educação do governo Temer, Mendonça Filho, recebeu em audiência Alexandre Frota, para ouvir propostas para a educação básica e defender o projeto “Escola sem partidos” (exceto os conservadores).

Dilma vai pedir anulação do impeachment

Do site da Dilma:

1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a afastou da Presidência da República é nulo, em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment.

O preço do impeachment e o valor do STF

Por Jeferson Miola

Lúcio Funaro adicionou novas informações sobre o preço que Cunha, Temer, Padilha, Geddel e outros golpistas peemedebistas e tucanos pagaram para a aprovação do impeachment fraudulento.

O operador da organização criminosa revelou que Eduardo Cunha lhe pediu R$ 1 milhão para comprar o voto de alguns deputados a favor da fraude, quando o processo já tramitava na Câmara.

Além deste valor, e antes disso, outras dezenas de milhões de dólares foram investidas na conspiração que derrubou a Presidente Dilma – sabe-se hoje, uma cifra bastante superior àquela “sobra”/“troco” de R$ 51 milhões guardados num apartamento pelo ex-ministro Geddel:

O que o povo faz nas ruas para sobreviver

Delação de Funaro escancara papel de Temer

Ilustração de Cláudio Aleixo
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os dez anexos da delação de Lúcio Bolonha Funaro só não convencem quem não quer ser convencido - como o relator na CCJ da Câmara, Bonifácio Andrada - de que Michel Temer e seus comparsas do PMDB e alhures formaram uma organização criminosa para “arrumar dinheiro”, e de que nela o ocupante do Planalto tinha um papel preponderante. A Orcrim, sua estrutura, seus integrantes e seus crimes são descritos com uma exuberância que produz gastrite no final da leitura.

Eles só pensavam naquilo. Relativamente ao crime de organização criminosa, é na delação de Funaro, e não nas gravações de Joesley Batista, que se baseia fundamentalmente a acusação contida na segunda denúncia de Rodrigo Janot. Por ser tão clara a demonstração da acusação, os deputados que votarem contra a denúncia, ajudando Temer a escapar, não escaparão do castigo dos eleitores e muito menos do julgamento da História. Terão votado sabendo exatamente o que faziam.

Danilo Gentili e a demissão na 'Folha'

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam veementemente a perseguição contra o jornalista Diego Bargas, por incitação do humorista Danilo Gentili, e, em seguida, a sua demissão do jornal Folha de S.Paulo.

A demissão ocorreu poucas horas depois de Gentili, em rede social, ter incitado a perseguição ao jornalista, após a publicação de matéria assinada por Bargas, “Comédia juvenil ri de bullying e pedofilia”, sobre filme concebido e estrelado por Gentili. A matéria foi publicada na última sexta-feira (13), na Folha de S.Paulo. Após a publicação, no início da tarde, o humorista reagiu incitando o ódio na internet e estimulando seus mais de 15 milhões de seguidores no Twitter a perseguir Bargas. O jornalista passou a sofrer ofensas e xingamentos em todos os seus perfis em rede social.

domingo, 15 de outubro de 2017

Folha tem medo da guerrilha trabalhista

Por Altamiro Borges

A Folha de S.Paulo, que sempre teve o rabo preso com os patrões, está preocupada com as anunciadas reações à chamada reforma trabalhista, que entrará em vigor em 11 de novembro. As centrais sindicais prometem protestos em todos os Estados e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) acaba de aprovar em seu congresso uma resolução orientando juízes, procuradores e advogados a se insurgirem contra as ilegalidades da “deforma”, que elimina 100 direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Temendo a resistência, o jornal publicou neste sábado (14) editorial, intitulado “Guerrilha trabalhista”, em que ataca os que se contrapõem à regressão em curso. A famiglia Frias não tergiversa na defesa dos seus interesses de classe.

Reprovada na USP, Janaina tem grana do PSDB

Por Altamiro Borges

Em entrevista ao jornal Estadão nesta quarta-feira (11), a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, afirmou que está sendo vítima de perseguição política. O motivo da lamúria foi a sua reprovação, em último lugar, em um concurso para professora titular na Universidade de São Paulo (USP). Magoada, a estridente musa da direita afirma que entrará com recurso contra o resultado do exame. Dá até vontade de chorar! A sorte é que ela ainda deve ter alguma sobra daqueles R$ 45 mil que o PSDB lhe pagou para sabotar a democracia nativa. Ela até pode usar parte desta grana – sem entrar no mérito da origem do dinheiro investido pela turma da mala do cambaleante Aécio Neves – para anular o concurso.

Geddel some da TV e o irmão foge da internet

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (12), a revista Época postou uma curiosa matéria sobre o irmão de Geddel Vieira, um dos homens de confiança de Michel Temer que está na cadeia. Diz a notinha bem minúscula: “Os seguidores do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) nas redes sociais sentem falta de suas postagens descontraídas. Ele está sumido há mais de um mês. O sumiço coincide com a apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento atribuído, pela Polícia Federal, a seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, no dia 5 de setembro, em Salvador. Geddel está preso na Papuda, em Brasília. A sua última postagem pública foi no Twitter no 8 de setembro, quando discutiu com um seguidor que o provocou sobre as malas de dinheiro”.

Dia do Professor e os golpes de Temer

Lava-Jato, o reitor e a banalização do mal

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Assim como o ministro Luís Roberto Barroso, o reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo, da Universidade Federal de Santa Catarina, era advogado. Como Barroso, também era professor. E, da mesma maneira que Barroso, defendia a Lava Jato.

Havia diferenças. As opiniões de Cancelier eram restritas ao seu entorno; as de Barroso ecoam pelo país e servem de ração vitaminada para o fortalecimento da convicção dos pittbulls do direito, de que todos os abusos serão perdoados.

A caçada ao Lula custa caro ao Brasil

João Doria no Réveillon do Alckmin…

Por Renato Rovai, em seu blog:

João Doria é aquele cara que você convida pra passar a festa de Réveillon na sua casa junto com amigos e familiares.

Ele chega conquistando a todos com presentes e palavras elogiosas. Pra cada um tem uma boa história pra contar.

De repente ele vai se embriagando com o sucesso e começa a tomar uns uísques.

Antes do jantar já está falando alto, abraçando todo mundo e de repente começa a falar mal do anfitrião pelos cantos.

Fundamentalismo religioso não é por acaso

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O professor e juiz de Direito Rubens Casara o disse bem, nos bastidores de uma entrevista com o Viomundo: enganam-se os que acreditam que vivemos um período de exceção, que logo será superado pela “normalidade”.

Todos aqueles que citam a ‘democracia liberal’ como parâmetro - ou princípios que a norteiam, como separação entre os poderes e estado laico, por exemplo - não se deram conta de que entramos numa nova fase, a da pós-democracia.

Foi o que me fez revisitar uma viagem que fiz ao Paquistão, para uma série de reportagens.

Juízes resistem à "reforma" trabalhista

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A melhor novidade política deste final de ano é a ampliação da resistência à reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em 12 de julho, numa disputa dramática na qual um grupo combativo de seis senadoras tomou a mesa no Senado numa tentativa desesperada para impedir a votação final.

Ao lado dos protestos sindicais previstos para 11 de novembro, data para a lei 13467 entrar em vigor, a resistência de um setor chamado a desempenhar um papel estratégico na consolidação ou fracasso da reforma ganha impulso cada vez maior – os juízes do trabalho. Eles enxergam contradições insolúveis entre a 13467 e pelo menos três artigos da Constituição Federal – o I, o III e o VII. Também apontam para incoerências da nova lei e tratados internacionais de que o Brasil é signatário e obrigado a cumprir.

Anatomia de um golpe naufragado

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Todo golpe de estado fala em “salvar” alguma coisa: a pátria, a nação, a família, a propriedade, o sistema, a economia (os bancos), a tradição, a moralidade e os bons costumes etc.

Pela primeira vez estamos diante de um golpe que não se propõe a salvar nada. Ao contrário, se propõe a destruir tudo: empregos, investimentos, a educação, a saúde, a Petrobras, o pré-sal (aqui não é destruir, é vender), a capacidade de auto-defesa, a tecnologia e a indústria nacionais, o futuro, a política, as eleições o futuro…

Doria virou ração para cachorro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como prefeito, deixo aos paulistanos avaliarem – e parece que a avaliação é cada vez pior.

Mas como marqueteiro, permitam-me, João Doria é uma besta, destes caras que só conseguem ser tão bestas de tão bestas que são de pretender ignorar a história.

Ao inventar o factóide de sua “ração para pobre ” – perdão, alimento liofilizado a partir de comida inviável ao comércio – o botóxico prefeito acabou de por a lápide em cima de sua candidatura.