sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Roberto Marinho e a cultura racista da Globo

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Meu amigo Manuel Enriquez lembrou, a respeito do imbroglio William Waack, que a Globo tem um passivo racista “complicado” - Enriquez gosta dessa palavra.

Pedro Bial narra em sua biografia autorizada que Roberto Marinho usou pó de arroz até o fim da vida em razão de um desconforto com a cor da pele.

O eufemismo esconde que o “doutor Roberto” não queria parecer mulato.

Para além da fofoca, isso demonstra a maneira como o dono da emissora encarava os negros. A empresa é o dono.

O MBL e sua rede de ódio fascista

Por Demian Melo, no site da Fundação Maurício Grabois:

Há alguns anos comecei a me interessar pelo estudo das novas formas de organização da direita brasileira, levantando algumas informações sobre o Instituto Millenium. Impressionava-me o grau de penetração na grande mídia, a coluna de intelectuais que abrigava, tanto no quadro permanente quanto entre os convidados, além dos vínculos com o setor mais internacionalizado do capitalismo brasileiro, o que inclui a própria mídia.

Venda do pré-sal é um desastre para o Brasil

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

No leilão do pré-sal realizado na sexta-feira 27, a Petrobras e o Brasil perderam, mas multinacionais como a Statoil fizeram o negócio do século. O presidente da empresa, Pedro Parente, mostrou um desconhecimento espantoso sobre o setor petrolífero e ajudou concorrentes com informações estratégicas, acusa o renomado geólogo Luciano Seixas Chagas.

O resultado desastroso evidencia o enorme dano ao País resultante da retirada da obrigatoriedade de participação daquela estatal em todos os ativos do pré-sal, diz Chagas.

O anúncio fúnebre do PSDB

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Olhar para as capas dos jornais de hoje é ver que o mais importante pilar do tucanato ruiu.

A grande mídia mostra o seu antigo grande amor enlameado, roto, histérico.

A massa cheirosa, onde Aécio já fedia, agora estiola-se em praça pública.

As brasas, que ardiam faz tempo nos bastidores, viraram chamas – labaredas de fogo, dizia o pleonástico poema de Michel Temer – com o balde de gasolina que o artigo de Fernando Henrique, domingo, lhe atirou.

O "suposto" racismo de William Waack

Judith Butler e a nação de tapados

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

É indescritível a vergonha alheia que sinto diante da filósofa norte-americana Judith Butler. Uma das principais pensadoras do feminismo contemporâneo e da teoria queer, professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, ela foi convidada para dar uma palestra no Sesc Pompeia, em São Paulo, no seminário Os fins da democracia. Foi o suficiente para reaças que jamais leram um livro dela e não têm a mais remota ideia sobre o que Judith pensa organizarem um abaixo-assinado para proibir sua fala. Até agora, 367 mil tapados assinaram.

Internet obriga a Globo a "limar" Waack

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Brasil acaba de colher uma vitória com o afastamento de William Waack, alguém que se tornou conhecido na Globo por seu comportamento antissocial, por seu racismo explícito, que era praticado diante de colegas.

Que ninguém se engane: apesar de algumas teorias conspiratórias que até devem ser verdadeiras, como a de que a própria Globo vazou o vídeo do ex-âncora do Jornal da Globo, o fato é que o racismo e o comportamento antissocial de Waack são tolerados pela emissora há décadas.

Gramsci e a Revolução Russa

Por Alvaro Bianchi e Daniela Mussi, no Blog da Boitempo:

Oitenta anos atrás, em 27 de abril de 1937, Antonio Gramsci morreu depois de passar sua última década numa prisão fascista. Reconhecido postumamente por seu trabalho teórico em seus cadernos do cárcere, as contribuições políticas de Gramsci começaram durante a Guerra Mundial, quando ele era um jovem estudante de linguística na Universidade de Turim. Mas mesmo naquela época, seus artigos na imprensa socialista desafiavam não apenas a guerra, mas a cultura italiana liberal, nacionalista e católica.

Barão fecha o ano com festa de apoio

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Anote em sua agenda: no dia 6 de dezembro, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove um verdadeiro bota-fora para o duro ano de 2017. A festa acontecerá no restaurante Feijão do Norte, na Galeria Metrópole (Avenida São Luiz, 187), em São Paulo, a partir das 18 horas. A ideia é comer, beber e estreitar laços para marcar o fim de uma temporada de muita luta contra graves retrocessos e já recarregar as baterias para 2018.

Quem nomeou o novo diretor da PF? Quem?

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O caso Waack e o tempo de fogueiras

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O caso William Waack não se encerra com seu afastamento do Jornal da Globo. Diante da tempestade na Internet, nas próximas horas a emissora deve apresentar uma solução definitiva para o problema criado pela divulgação do vídeo em que ele parece ter proferido frases racistas.

Ele foi afastado, diz a nota da TV Globo, “até que a situação seja esclarecida”. Não faltam recursos técnicos que permitam o esclarecimento. Confesso ter dúvidas sobre o que ele realmente disse, em função da baixa qualidade do áudio, embora quando a cena é apresentada com legendas, o reforço da leitura labial sugere que foi aquilo mesmo. “É preto. É coisa de preto”.

O que são os Paradise Papers e o que revelam

Por Nick Hopkins e Helena Bengtsson, no site Outras Palavras:

O que são os Paradise Papers?

O nome refere-se a um vazamento de 13,4milhões de arquivos, que abrangem o período de 1950 a 2016. A maioria dos documentos – 6,8 milhões – é relativa a um escritório de advocacia e um provedor de serviços corporativos que operavam juntos em 10 jurisdições sob o nome de Appleby. Ano passado, o braço “fiduciário” do negócio foi submetido a uma compra de ações e agora chama-se Estera.

M.Officer é condenada por trabalho escravo

Da Rede Brasil Atual:

A M5 Indústria e Comércio, dona da marca M.Officer, voltou a ser condenada ontem (7) por submeter trabalhadores a condições análogas à de escravidão. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2014 e teve ontem sentença confirmada em segunda instância pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-2), mantendo a condenação de primeira instância.

A grife terá de pagar R$ 4 milhões de indenização por danos morais coletivos e mais R$ 2 milhões por dumping social (quando uma empresa se beneficia dos custos baixos resultantes da precarização do trabalho para praticar a concorrência desleal). Além disso, terá de cumprir uma série de obrigações trabalhistas. As informações são do site do MPT.

Jornalistas repudiam racismo de Waack

Do site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), por meio da Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial e das Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial e Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros dos sindicatos, vem a público manifestar total repúdio aos comentários racistas do jornalista William Waack, registrados em vídeo viralizado na internet.

De maneira ultrajante e entre risos, o jornalista atribui má-conduta a uma pessoa negra, buscando falsa justificativa na negritude. Waack atenta contra leis e normas, entre elas a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, expressamente no artigo 6º:

O orçamento de 2018 e a luta de classes

Por David Deccache, no site Vermelho:

É assustador olhar o impacto da PEC do fim do mundo (PEC 241, agora EC 95) na prévia do orçamento de 2018. No próximo ano sentiremos na pele a loucura que é o teto dos gastos no primeiro ano em que ele “funcionará para valer”, revelando sua face mais cruel.

Digo isso porque em 2017, apesar do ajuste fiscal ter sido enorme e com efeitos perversos sobre a dinâmica econômica, houve elevação de 7,2% (IPCA acumulado em 12 meses até junho de 2016) das despesas primárias em um ano em que a inflação fechará abaixo de 3%, ou seja, tivemos uma pequena expansão real dos gastos primários. Mesmo assim, em 2017, a pequena elevação das despesas primárias não foi suficiente para acomodar a elevação das despesas obrigatórias e acabou por esmagar os gastos discricionários, basicamente investimentos públicos.

Audiência em defesa dos bancos públicos

A cruzada rentista contra o crédito público

Por Marcelo P. F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Sejamos diretos. A equipe econômica do governo Temer age em diversas frentes para liquidar com o crédito público no país. Primeiro trataram de acabar com a TJLP (taxa de juros de longo prazo) que era aplicada nos empréstimos concedidos pelo BNDES para financiar os investimentos produtivos no país. Sob o argumento de que o diferencial da TJLP (mais baixa) para a Selic (extremamente alta) resultava em custo fiscal excessivo, eliminaram a primeira, deixando pendurado no pincel todo aquele que pretender realizar algum investimento de longo prazo no Brasil – sem subsídio, diante da volatilidade dos juros de mercado e sujeito a um horizonte pra lá de opaco, não há cálculo econômico capaz de induzir qualquer atividade capitalista lícita que não seja de curto prazo ou que não esteja amparada por financiamento externo.

Waack e a hipocrisia desmascarada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ocupando um dos mais destacados postos da televisão brasileira, a queda de Willian Waack após a divulgação de comentários de óbvio sentido racista está destinada a marcar uma fronteira na cultura brasileira.

Hoje o principal aparelho ideológico de preservação da ordem política vigente – que tem na manutenção da segregação dos afrodescendentes um de seus pilares essenciais – a TV Globo faz da hipocrisia um recurso ideológico particular.

William Waack foi vítima de fogo amigo?

Por Renato Rovai, em seu blog:

A Globo já afastou William Waack da apresentação do Jornal da Globo, numa decisão tão contundente quanto rápida. Na nota, disse que “é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações”.

A Revista Fórum se não foi o primeiro veículo a publicar a história, foi um dos primeiros. Porque a história surgiu no Twetter e o redator, Julinho Bittencourt, por um acaso, seguia alguém que teve acesso ao vídeo logo que foi postado.

Globo faz mal à democracia brasileira